Page 69 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1982

A CPA do exemplo possui o controle centralizado com um pro­

cessador ativo e outro reserva. Todas as informações necessárias

ao processamento de chamadas encontram-se na memória in­

terligada às UCPs.

Um bloco de hardw are faz a interface para varredura nos jun-

tores e acionamehto da rede de comutação e dos relés existentes

nos juntores.

Consideremos a fórmula básica de tráfego.

YtM c . j

m õ Erh “ de

A = tráfego escoado em Erlang

Y = n.° de tentativas de chamadas por hora

‘M = tempo médio de retenção para as Y tentativas, em se­

gundos.

Tomemos, como exemplo, uma central submetida a um tráfego

de 1.000 Erl. Estes 1.000 Erl podem, por exemplo, ser resultado

da combinação abaixo:

v a 18.000 x 200 lmn c . . .
a) A = ------ 36ÕÕ----- = ^ Erl, ou, ainda,

. v A 36.000 x 100 innn c .

b) A = -T 6 Õ Õ -------= 1000 Erl

Nos dois casos, a rede está submetida a um tráfego de 1.000 Erl, Fig. 3 - Componentes da ocupação do processador.

apresentando o mesmo comportamento. O mesmo não ocorre

com o processador, visto, no caso a, processar 18.000 tentativas

de chamada e, no caso b, 36.000. Pode-se afirmar, a grosso

modo, que o processador, na situação b, trabalha o dobro que na

situação a.

3. Distribuição do tempo do Processador

São quatro os com ponentes que ocupam o tempo do

processador:

a) um tempo fixo, chamado overhead ou idle time;

b) um tempo proporcional ao tamanho da central;

c) um tempo de reserva como margem de segurança; e

d) o restante do tempo para processamento de chamada.

A figura 3 apresenta os quatro componentes. Fig. 4 - Capacidade de processamento versu s tamanho da central.

O overhead é o tempo consumido nas funções de controle do

processador. É o tempo consumido pelo sistema operacional do

software da central. Este tempo deve ser o menor possível e está

4. Eficiência na utilização do tempo disponível
atualmente entre 5 e 20% do tempo total.

Consideremos uma central na qual temos um overhead de 10%,
O tempo proporcional ao tamanho da central é o tempo gasto na

execução da varredura dos juntores e dos circuitos de linha dos uma margem para overload de 10% e uma varredura consu­
mindo 10% do tempo disponível. Deste modo, o tempo livre
assinantes. Quanto mais pontos a serem varridos, ou seja,

quanto maior a central, maior é o tempo necessário. Deste para processamento de chamada é de 70%, em 1 hora será:

modo, o tempo disponível para processamento de chamada re­ 3.600.000 ms x 0,7 = 2.520.000 ms

duz-se com o crescimento da central. Também este tempo não é

produtivo, devendo ser o menor possível. Baseado nisto, pon­ O número de tentativas de chamadas que podem ser atendidas

tos não equipados da central, ou pontos equipados, mas não ati­
em uma hora (BHCA) depende basicamente da duração de cada
vados, não devem ser varridos.
atendimento. Se cada atendimento demanda 10 ms do processa­

dor, o BHCA será:
A margem de segurança, da ordem de 5 a 15%, permite que o

processador atenda a eventuais picos de tráfego. Os sistemas

são projetados não para ocupação total do processador e, sim, Y= 2 52i°o000 = 252.000 chamadas/hora

reservando uma margem para eventuais picos na requisição de

processamento de chamadas.

Em uma central em operação, a duração do atendimento de­

Como conclusão de nossa análise, temos a figura 4. pende da complexidade da chamada. Uma chamada interur- ^