Page 36 - Telebrasil - Março/Abril 1980

Em termos de receita global das empresas operadoras para 1980, espera-se cerca de 171 bi­
lhões (dez elevado a nona potência) de dólares, ao passo que a compra de equipamentos no
mundo deverá se situar em torno de 52 bilhões de dólares, ou seja, para cada dólar ganho,
30% serão utilizados na aquisição de equipamentos, segundo estudo de A. D. Little Inc.
A receita operacional devido às telecomunica­
ções. para 1980. será gerada 39% nos Estados
Unidos. 33% na Europa, 23% na Ásia (incluin­
do Japão e Rússia), 2% na America Latina, 2%
na Oceania c 1% na África.
Os mercados regionais, para a década de 80. se
distribuem 49% para a Europa. 28% para os Es­
tados Unidos, 16% para a Ásia. 4% para a
América Latina, 2% para a África e 1% para a
Oceania.
Em termos de previsões de quantidade de tele­
fones para 1990, a Ásia deverá alcançar a Amé­
rica do Norte, com cerca de 135 milhões de
aparelhos, a América Latina alcançará 30
milhões e a Europa disparará para atingir 195
milhões.
Se projetarmos os custos com equipamento, ao
longo da década de 80 irão sei gastos; 32% com
rede local, 25% com equipamento de comuta
çâo, 19% com equipamento de estação, 11%
com transmissão ã longa distância c 10% com
outros equipamentos.
Segundo A B. Kamman, da Little, existem 4
estágios no desenvolvimento das telecomuni­
cações:
o nível fundamental, onde o telégrafo e
importante e o tráfego telegráfico continua
crescendo. O mercado c pequeno e a tecnologia
empregada é do tipo tradicional.
o nível de desenvolvimento, onde o enfoque
é no crescimento de telex e da telefonia local.
DIGIBRÁS convoca
empresas para Feira de
Hannover
No mercado mundial dc eletrônica, estima­
do cm 11.8$ 130 bilhões, em 1980, o Brasil
pretende colocar-se como uma alternativa,
sem a pretensão dc concorrer com as multi­
nacionais que dominam o setor há mais tem­
po. Este é o pensamento da Empresa Digital
Brasileira DIGIBRÁS
tio Itamarati, convocou as empresas brasi­
leiras a exporem seus produtos na Feira de
Hannover, na Alemanha, nos dias 16 a 24 de
abril.
processar à medida que as aplicações utilizando
computadores, vídeo e voz forem se vulgari­
zando e alcançarem gradualmente o mercado
da unidade familiar onde reina hoje — sobera­
no — o telefone.
com ênfase nos equipamentos de comutação
(aplicar-se-ia aqui a regra básica dos negócios A rede digital global, que é o grande sonho dos
internacionais: produzir localmcnte junto aos homens das telecomunicações, pode, portanto,
mercados emergentes). set comparada à Organização das Nações Uni­
das — uma idéia altamente desejável, mas de
— o nível industrial, onde o serviço telefônico complexa efetivação, na prática.
é generalizado a nível de país e sendo conside­
rado o serviço mais importante. A ênfase é na Do lado dos computadores, as 50 maiores em­
comutação e na transmissão digital. presas dos Estados Unidos, só em 1978. repor
tam vendas de 36.1 bilhões de dólares, ao passo
o nível avançado, com serviços sofisticados que as 12 maiores em telecomunicações mundi­
sendo prestados através das redes digitais, está­ ais reporkim vendas em 1977 de 22.7 milhões
gio onde só poucos países já chegaram. de dólares.
O conceito de rede digital é, porém, para a AT As dez maiores empresas americanas de com­
& T. apenas uma dentre as alternativas para se putadores são as seguintes:
alcançar o objetivo maior que é o de uma rede
com controle de programa armazenado (CPA), IBM i 17 bilhões de receita): Borroughs. NCR.
devendo este conceito ser utilizado somente Control Data. Sperry Rand, Digital c Honey-
quando assim for julgado economicamente well (na faixa de 2 I a 1.2 bilhões de dólares):c
conveniente (o sistema Bell já e 30% com técni­ HP. Me more \ e ITEL (cerca dc 500 milhões de
ca CPA). dólares cada). Dentre as empresas não america­
nas de computadores situam-se com receitas,
) âmago de toda discussão sobre redes digitais, em 1978, entre 1.8 bilhão a I bilhão de dólares:
es ide, no entanto, no enfoque econômico com Hitachi. Toshiba, Fujitsu (Japão), Cll — HB
»s devidas conotações sociais c onde se ouve (França) e CL (Inglaterra).
¦om frequência o argumento de que a voz
íurnana e dc caráter analógico e. eonseqücnte As maiores empresas internacionais fabricantes
nente. sempre haverá necessidade da conver de equipamento de telecomunicações são as
>áo de sinais digitajs pura a comunicação entre seguintes; Western, Eletric, ITT. Siemens,LM
dessous. Ericsson, GTE, Northern Electric, Nippon
Electric, Phillips, CGË. Thompson-CSF.GHC
A conversão de redes analógicas para digitais e Plessey.
propiciará, inclusive, quando ocorrer, a con­
vergência entre os conceitos de comutação e de (Pesquisa e Editaria TELEBRASILl
transmissão. Não deve, porém, ser esquecido o
fato de que esta integração digital deverá sc
Apresentaram-se a Cobra, Globus, Digi- estimativas norte-americanas. Desta forma
ponto, Scopus, Dismac e Parks, que expo­ — revelaram fontes da DIGIBRÁS — se o
rão seus minicomputadores, periféricos, Brasil conseguir pegar 1%> deste mercado,
componentes, terminais vídeo, teclados ele­ estará com a possibilidade de vender dez mil
trônicos, impressoras e fitas e faturadoras. terminais, o que, hoje, está acima da produ­
ção de todas as empresas do setor.
Além disso, a Digiponto coloca o seu stand
à disposição das outras empresas que quei­ Na Feira anual de Hannover, estarão em
ram mandar folhetos ou representantes. exposição minicomputadores, periféricos e
componentes da Cobra, terminais vídeo da
Atualmente, os produtos com maior merca­ Scopus, teclados eletrônicos da Digiponto.
do são os mini e microcomputadores e c jus­ impressoras e fitas da Globus e faturadoras :
que, a pedido tamente nesta área que o Brasil pretende da Dismac. Com a possibilidade do fecha­
avançar. Este ano é esperado um consumo mento dc contratos ou simplesmente dc con­
mundial dc 625 mil terminais vídeo e um tatos para futuros negócios, o Brasil náosó
milhão e 100 mil tipos de terminal com exportará, como aumentará sua produção
teclado, vídeo ou impressora, conforme interna.