Page 26 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1978

Conhecida a demanda, definidas a
tecnologia e á configuração do sis­
tema, caberia então a um outro
grupo de atividades especificar os
equipamentos a serem adquiridos.
O fornecimento dos multiplexado-
res por divisão de tempo será pro­
veniente de importação, pois sua
tecnologia avançada e a relativa­
mente pequena quantidade a ser
adquirida fariam com que os obje­
tivos de prazo e custo sofressem
Impacto caso se decidisse pela
obrigatoriedade de fabricação na­
cional. Já a tecnologia de equipa­
mentos de linha, como modems,
equalizadores e unidades de deri­
vação, é de absorção mais rápida.
Em conseqüência, foi estabeleci­
da a exigência de que esses equi­
pamentos fossem produzidos no
Brasil.
Definidos os equipamentos, é ne­
cessário estabelecer o objetivo de
desempenho do sistema e prepa­
rar a empresa para alcançá-lo. O
dimensionamento do pessoal de
operação e manutenção, seu trei­
namento, as filosofias de manu­
tenção e reposição serão estabele­
cidas por outro grupo de ativida­
des. Estas atividades também defi­
nirão como se dará o relaciona­
mento do usuário com a empresa
quanto a informações e recla
mações por interrupção dos ser­
viços, quando ocorrerem. Este re­
lacionamento será sempre no sen­
tido de manter o usuário informa­
do das condições do serviço, e
será orientado para eliminar o pro­
blema no menor prazo possível ou
apresentar alternativas para pres­
tar o serviço durante a interrupção.
Em um novo grupo de atividades
estão todas aquelas envolvidas na
comercialização
Transdata. Podem ser menciona­
das, entre outras, o plano de ven­
das, o dimensionamento do pes­
soal para vendas, o treinamento
desse pessoal, o apoio ao usuário
para ativar seus sistemas, a afe­
rição da satisfação do usuário, as
estatísticas, os procedimentos de
venda e ativação e o anúncio do
serviço. O anúncio do Transdata
deverá ser feito com bastante an­
tecedência em relação ao seu
inicio de operação, de modo a faci­
litar o planejamento de seu uso pe­
los interessados No anúncio se­
rão apresentadas as caracteristi-
cas técnicas do serviço, os locais
onde ele será disponível, as tari­
fas, a época de entrada em ope­
ração, e os procedimentos de co­
mercialização.
Finalmente, as atividades ne­
cessárias à obtenção de linhas ur­
banas de qualidade compatível se­
rão todas desenvolvidas dentro do
Projeto DATALOC.
5.2. Proieto DATALOC
A experiência acumulada no uso
de canais de voz e de linhas urba­
nas para transmissão de dados,
tanto pela Embratel como pelos
usuários, demonstra claramente a
necessidade de uma ação objeti­
vando aumentar a qualidade e a
confiabilidade das linhas urbanas,
assim como definir responsabili­
dade e procedimentos de comer­
cialização.
A seqüência desse projeto prevê: a
definição de parâmetros de de­
sempenho das linhas urbanas,
acordados entre as empresas ope­
radoras e a Telebrás; as providên­
cias necessárias e a definição de
responsabilidades para que aque­
les parâmetros sojam alcançados;
rotinas de manutenção de linhas
privativas de Comunicação de Da­
dos; especificação, aquisição e
instalação dos equipamentos ne­
cessários (modems, equalizado­
res, unidades de derivação, etc.);
procedimentos
zação das linhas privativas de Co­
municação de Dados.
Como objetivo, pretende-se, com o
Projeto DATALOC, definir procedi­
mentos e executar ações visando
a oferecer ao usuário de Comuni­
dos serviços cação de Dados, tanto de âmbito
local como através de serviços
Transdata, linhas privativas com
qualidade e confiabilidade ade­
quadas ao desempenho definido
como bom para serviços de Comu­
nicação de Dados.
Como ponto de especial importân­
cia neste projeto deve ser destaca­
da a participação das empresas-
pólo, responsáveis pelo forneci­
mento das linhas, tanto à Embratel
quanto aos usuários diretamente.
Os parâmetros serão estabeleci­
dos entre a
empresas-pólo em função da reali­
dade das empresas e da indústria,
e dos requisitos de mercado. Nu­
merosos testes têm sido e serão
realizados em diversas cidades, de
modo a permitir que aqueles parâ­
metros sejam definidos com base
em resultados concretos de me­
dições e não apenas de forma
teórica.
Os parâmetros de qualidade serão
alcançados pela adição de equipa­
mentos condicionadores, enquan­
to os de confiabilidade o serão pe­
la introdução de rotinas adequa­
das de manutenção e operação, e
de informação ao usuário.
5.3. Proieto RT
A rede telefônica é, universalmen­
te, o meio mais simples e de maior
penetração para transmissão de
dados, principalmente para baixas
velocidades. No Brasil, a rede tele­
fônica não está liberada para a
transmissão de dados. 0 Projeto
RT tem por objetivo levantar todos
os aspectos envolvendo a utili­
zação da rede telefônica. Entre
eles estão o dimensionamento da
demanda (em diversas cidades),
previsão do tráfego de dados, dis­
tribuição dos usuários por central,
impacto no grau de serviço, con­
dições de proteção à rede, equipa­
mentos necessários, procedimen­
tos de comercialização e regula­
mentação do serviço.
de com erciali­ O projeto prevê diversos testes e
medidas, discussões com as
empresas-pólo e apresentação dos
resultados à Telebrás para apro­
vação.
5.4 Projeto Plano Diretor
Este projeto tem por objetivo esta­
belecer as linhas de ação da Em­
bratel nos próximos anos, na área
de Comunicação de Dados.
Dois aspectos assumem especial
importância neste projeto. 0 pri­
meiro deles é a realização de uma
pesquisa de mercadc de apli­
cação, de tendências de tecnolo­
gia, e de potencial industrial no
Brasil através de consultoria espe­
cializada. O segundo é a transfe
rência da tecnologia deste tipo de
pesquisa para a Embratel.
Embratel e as A pesquisa indicará o tamanho d-1
m ercado, quais as suas necesside