Page 23 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1978

Comunicação de
1. Introdução
O presente artigo tem por objetivo
apresentar a política atual da Em-
bratel para prestação de serviços
de Comunicação de Dados. Nele
são descritos os serviços que a
empresa está desenvolvendo bem
como o processo de planejamento
que conduziu
desenvolvê-los. Esta descrição re­
monta ao início do ano de 1977,
quando foi tomada a decisão de re­
ver a atuação da empresa face à
sua concessão de exploradora
desses serviços. Compõe-se de
uma análise da situação em janei­
ro de 1977, uma definição de obje­
tivos de serviços, uma descrição
da estratégia de prestação de ser­
viços e dos projetos que materiali­
zam a execução desta estratégia.
2. Análise da Situação em Janeiro
de 1977
2.1. Conceito de Serviço
Em primeiro lugar, para que fosse
possível uma análise panorâmica
da sutuação na época, foi ne­
cessário definir claramente Ser­
viço de Comunicação de Dados.
Por Comunicação
entende-se a transmissão de infor­
mação codificada eletronicamente
dados — um novo
serviço EMBRATEL
JOSÉ LEME LOPES FILHO
Engenheiro de Eletrônica pelo ITA (1964),
atualmente ocupando o cargo de Gerente
de Comunicação de Dados da Embratei.
e também tudo o mais que for ne­
cessário para tornar a informação
apta a ser transmitida, o seu enca­
minhamento através do sistema de
comunicação e sua reconversão à
forma original após chegar ao des­
tino.
A partir
à decisão de conceituou-se então Serviço de
Comunicação de Dados como sen­
do a função desempenhada pela
empresa exploradora, consistindo
em prover um sistema ou conjunto
de elementos, recursos e insta­
lações específicos, sob procedi­
mentos determinados, que aten­
dam às necessidades de Comuni­
cação de Dados dos usuários, con­
ceito este que se adapta perfeita­
mente ao conceito genérico de
Serviço de Comunicações.
Naturalmente, este conceito
abrange não somente os serviços
para comunicações entre compu­
tadores eletrônicos e terminais,
mas também os serviços de comu­
tação de mensagens e fac-símile
digital.
2.2 Desenvolvimento e Conclu­
sões da Análise
de Dados A seguir procurou-se fazer uma
análise da situação existente do
ponto de vista da empresa explora-
MARCO ANTONIO BANDEIRA
Engenheiro de Telecomunicações pelo IME
(1970), atualmente é Assistente do Gerente
de Comunicação de Dados da Embratei.
dora, e chegou-se a várias conclu­
sões. Em primeiro lugar, não se po­
dia afirmar, à luz da definição ado­
tada, que a Embratei oferecesse
algum serviço de Comunicação de
Dados ao público, à exceção de
um serviço bastante modesto en­
tre Rio e São Paulo. Não havia sis­
desta definição, temas, recursos ou instalações es­
pecíficos para Comunicação de
Dados e os procedimentos adota­
dos eram os que haviam sido deter­
minados para outros serviços. O
atendimento era prestado na base
do melhor esforço. Não se podia
nem mesmo afirmar que as neces­
sidades de Comunicação de Da­
dos dos usuários eram realmente
conhecidas, visto que não havia
um sistema que permitisse incor­
porar as necessidades manifesta­
das por ocasião de pedidos ou de
reclamações de usuários aos pro­
cessos de planejamento da empre­
sa.
Acresce que, não apenas nenhum
Serviço de Comunicação de Dados
era oferecido como também os ob­
jetivos de serviço então existentes
não estavam claramente definidos
através de um conjunto de
critérios e padrões tanto técnicos
como comerciais. Faltavam
também à empresa recursos em
quantidade suficiente para supe­
rar a situação. Por recursos