Page 27 - Telebrasil - Maio/Junho 1976
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C e n t r a l p a d r o n i z a d a c o m p a c t a :
s o l u ç ã o e c o n ô m i c a p a r a o i n t e r i o r b r a s i l e i r o
A. M. FERRARI
na Ericsson do Brasil até 1969. Gerente
Diplomado cm Engenharia Elétrica e Me do Depto. Técnico de 1970 a 1974 e Su
cânica pela Escola Federal de Engenharia perintendente da Subdivisão Técnica da
de Itajubá (1956). Chefe de treinamento Ericsson desde 1975.
A expansão do serviço DDD e c — Compatibilidade com os re gia crossbar aos recursos huma
aumento do poder aquisitivo nas cursos humanos disponíveis nos disponíveis a curto e médio
localidades do interior brasileiro nos locais para operação e prazo nas áreas a serem equipa
criam condições para sua auto manutenção; das com a central P1.
matização. A interligação à rede — Manutenção centralizada — Estas centrais deverão operar
interurbana automática e o forne uso de “ pool” de dispositi desatendidas, com a manutenção
cimento de serviço no mesmo ní vos de teste e estoque de centralizada em um ponto estra
vel de facilidades que os grandes sobressalentes. Uniformi tégico da área, onde se encon
centros são os principais atrativos dade de componentes e do tram as patrulhas de manutenção.
para o assinante. A Ericsson cumentação na empresa; O uso de “ pool” de instrumentos
desenvolveu uma variante de seu — Modularidade; instalação e e sobressalentes é condição bá
sistema ARF para aplicação eco testes em prazos curtos; sica para reduzir investimentos e
nômica nestas localidades. — Preços e prazos competi racionalizar o pessoal de manu
tivos; tenção. Isto pressupõe, entretanto,
1. Aspectos de padronização — Início imediato da produ uma uniformidade de tecnologia
O desenvolvimento da central ção; e equipamentos aliados às facili
padronizada compacta ARF/ — Minimização de área e via dades especiais de telesupervisão.
SL-P1 processou-se em vin- bilidade de uso de “ con O aspecto da documentação téc
culação direta com os estudos tainers” ou centro pré-fa nica padrão e uniforme foi tam
de padronização efetuados pe bricado; bém considerado.
la TELEBRÁS, durante 1974 e — Suporte local da Ericsson O fato de o Crossbar-Ericsson
1975. Estes estudos conduziram do Brasil para o desenvol ter-se antecipado aos conceitos
à definição de dados de tráfe vimento de produto. atuais de modularidade mecânica
go, padronização de caracte vinculada às funções, facilitou bas
rísticas funcionais e, por últi A carência de mão-de-obra es tante o desenvolvimento. A tecno
mo, a padronização de prédios. pecializada para operação e ma logia crossbar permitia definir o
Estas três definições permiti nutenção mereceu uma atenção projeto segundo várias alternati
ram uma reformulação do “ pa- muito especial. Neste aspecto a vas. Dentro das linhas de centrais
ckaging” dos bastidores do tecnologia crossbar é bem difun crossbar vários módulos ou sub
equipamento ARF/SL. dida no país. Há uma adequada sistemas poderiam servir de base
capacidade de treinamento dentro para o trabalho. O fato dos siste
2. Análise do desenvolvimento das próprias empresas operado mas da família AR (ARF, ARD,
Os requisitos principais para o ras e na indústria. O material di ARK, ARM, ARB)serem todos cons
desenvolvimento da central P1 dático é amplo. Além da possibili tituídos de módulos plugáveis, per
foram os seguintes: dade do ensino formal nos cen mitia um extraordinário grau de
tros de treinamento, há pessoal já liberdade aos projetistas para es
— Tecnologia estável e com capacitado dentro das próprias tabelecer novas combinações.
patível com o local da apli empresas para manter equipa A opção final foi a de usar mó
cação; mentos crossbar ou treinar “ on dulos idênticos ou bem próximos
— Confiabilidade operacional; the job” seus técnicos. É incon aos usados nas centrais ARF 102
— Fabricação nacional; testável a adequação da tecnolo- de média e grande capacidade,