Page 18 - Telebrasil - Julho/Agosto 1975

RAPHAEL ROGER ISAAC DOUEK
Engenheiro Eletricista, ingressou em 1964
na Ericsson do Brasil S.A. onde chefiou o
Setor de Projetos de Centrais Telefônicas
Automáticas de Trânsito Interurbano e foi
chefe da Seção XYd (EMBRATEL — Pro­
jeto) até 1970. Neste ano ingressou na DK
Engenharia da
como engenheiro chefe do escritório regio­
Os problemas
O Sistema Brasileiro de Telecomu­
nicações é sem dúvida um dos mais
diversificados no mundo, do ponto
de vista tipos de equipamentos
existentes e em implantação.
Na área de Comutação Pública Lo­
cal Urbana, por exemplo, são utili­
zados no Brasil nada menos do que
cinco tipos de equipamentos de
barras cruzadas diferentes, enquan­
to a rede francesa com um volume
de terminais existentes quatro ve­
zes maior do que a nossa utiliza
apenas dois tipos de equipamentos.
Esta proliferação de tipos de equi­
pamentos onera os custos opera­
cionais de vários setores das em­
presas operadoras de serviços te­
lefônicos no País, como por exem­
plo:
— Área de Suprimentos: Multipli-
ca-se o número de itens de es­
toque. Citamos por exemplo que
havia até recentemente cinco
tipos de aparelhos telefônicos
homologados no mercado, e que
cada um envolve em média um
número de 100 itens de estoque.
Havia, portanto, 500 itens de es­
toque nos departamentos de
Suprimentos, em vez dos 100
itens que seriam desejáveis.
nal de São Paulo. Em 1972 passou a tra­
balhar na Companhia Telefônica Brasileira
— CTB, onde no ano seguinte assumiu o
cargo de Superintendente Geral do Departa­
mento de Desenvolvimento. É professor da
cadeira de Comunicações por Fio do Curso
Telecomunicações Ltda., de Engenharia Eletrônica c de Telecomuni­
cações da Escola de Engenharia da UFRJ.
Áreas de implantação e opera­
ção: As empresas operadoras
são obrigadas a manter várias
equipes, cada uma delas espe­
cializada num determinado equi­
pamento de Telecomunicações.
No caso da CTB-Companhia Te­
lefônica Brasileira, por exemplo,
para os equipamentos de comu­
tação tipo 7A, Pentaconta 1000,
Pentaconta 32, ARF (Tandem de*
Floriano), NEC 400 e, eventual­
mente, num futuro próximo equi­
pamentos de comutação eletrô­
nica.
Este problema é minimizado por
uma tentativa de padronização
regional (exemplo para centrais
locais: ITT e NEC na área de
fornecedores da CTB e na área
da TELESP, ERICSSON, PLES-
SEY e NEC).
Os possíveis fluxos de materiais
e recursos humanos na hipóte­
se de um “ pico” numa conces­
sionária e um “ vale” numa ou­
tra são todavia dificultados por
esta falta de padronização.
— Área de Engenharia Comercial:
Os projetos de, por exemplo»
sistemas PABX são dificilmente
padronizados devido ao grande
número de tipos de equipamen-