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A IN D U STR IA E O PROBLEMA DOS TELEFONES
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Jornal do Comércio — Rio — 10-7-64
1) A despeito da experiência da CETEL, importados, sujeitos a sobretaxas eleva
na Guanabara, da TEBASA, na Bahia, e das, influíram grandemente no custo de
de outras companhias semelhantes, em manutenção, o mesmo acontecendo com
outros Estados, que se instalaram medi os equipamentos de produção nacional
ante o financiamento dos aparelhos pelos que dependem da importação.
próprios usuários — experiências que vêm
obtendo pleno êxito — o fato é que o pro 3) Não obstante isso, a indústria bra
blema dos telefones no Brasil ainda se sileira de materiais telefônicos já atin
constitui em um dos mais sérios dentre giu a sua maturidade, esperando-se que
os que se apresentam aos nossos admi possa contribuir eficiente e decisivamen
nistradores. Existe, como se sabe, em nos te para atenuar ou mesmo solucionar um
so País, apreciável "déficit” de aparelhos dos aspectos mais graves do problema dos
telefônicos e as atuais companhias con telefones no País, que é a falta de equi
cessionárias não parecem estar capacita pamentos especializados para manutenção
das para regularizar essa situação. e renovação dêsses serviços de comuni
cação.
Calcula-se que a recuperação total do
serviço telefônico no Brasil, aos custos 4) Dada a alta complexidade de que
atuais, seria de cêrca de 390 bilhões de se reveste, exigindo uma técnica apura
cruzeiros, o que significaria, grosso modo, da ,bem como um elevado investimento
ao câmbio atual, aproximadamente uns e matérias-primas de primeira qualida
300 milhões de dólares, montante que da de, a fabricação de telefones e equipa
ria para importar equipamentos do ex mentos para telecomunicações e simila
terior destinados à instalação de três usi res constitui um dos mais delicados se
nas siderúrgicas de grande porte, com tores da indústria de material elétrico.
capacidade anual para produzir 500 mil
toneladas de ferro e aço. 5) De qualquer forma, o fato é que a
indústria nacional está aos poucos con
2) Dessa forma, conclui-se que a in quistando novos setores especializados, es-
dústria nacional de equipamentos e ma perando-se que a sua contribuição para
teriais telefônicos representa, sem dúvi a melhoria de nossos serviços telefônicos
da, um dos mais importantes setores^ na e o desenvolvimento das condições gerais
melhoria e na atualização dêsses serviços do setor de telecomunicações em nosso
de comunicação. Êstes, como se sabe, fo país seja bastante valiosa, através do for
ram sobremaneira afetados pelos proble necimento de certos materiais que até en
mas cambiais, uma vez que os materiais tão vinham sendo adquiridos no exterior
MUNICÍPIOS DO NORTE DE MINAS SERÃO INTERLIGADOS
AO INTERURBANO DE MONTES CLAROS
Diário de Minas
Belo Horizonte — 14-6-64
Criada sob o patrocínio da Companhia Inicialmente, o primeiro município a
Norte Mineira de Desenvolvimento a SA- ser beneficiado pela Satel, será Mirabela,
TEL — S/A Telefônica do Norte de Mi onde será instalada uma central distribui
nas, já elaborou projetos técnico e eco dora. Em seguida a Satel servirá Bra
nômico para a interligação telefônica de sília de Minas, São Francisco Varzelân-
vários municípios do Norte de Minas ao dia, São João da Ponte e Januária. Pos
sistema interurbano de Montes ,Claros teriormente os planos incluirão as cida
estando dependendo apenas de aprova des do ramal Montes Claros-Espinosa
ção ou sanção do projeto pelo Govêmo com exceção de Francisco Sá e Burara-
do Estado, uma vez que o órgão técnico ma, já servidos pela Cia. Telefônica de
(Telemig) já o aprovou. Montes Claros.