Page 3 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1965
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ritimos e ferroviários, na enorme deficiência dos serviços telefônicos,
                  na escassez de energia elétrica.

                        Os Serviços Públicos representam uma produção de tal modo im­
                  portante, pela sua capacidade de multiplicar a renda dos usuários,
                  que o cuidado de instalar um serviço eficiente tem alcance econô­
                  mico muito superior à preocupação de fixar tarifas módicas. Tanto
                  assim que a Constituição Federal declara, taxativamente, em seu Ar­
                  tigo 151, que as tarifas dos serviços explorados por concessão devem
                  “atender às necessidades de melhoramento e expansão desses servi­
                  ços” . De fato, o que importa realmente à sociedade é o custo final
                  e não a aparência de menor custo ao consumidor, uma vez que se
                 a tarifa não cobre diretamente o custo do serviço, a comunidade em
                 geral é que terá de suportá-lo indiretamente.

      Os preceitos acima constituem para nós e para todo o Brasil uma grande
obra, cuja semente lançada em solo generoso no ano de 1957, só agora, toda­
via, neste Govêrno, começa a produzir os primeiros frutos.

      Temos a nítida impressão de que o Brasil caminha, afinal, para a reden­
ção de seus serviços de utilidade pública.

REGRINHAS DO BOM SENSO

                                              Min. ROBERTO CAMPOS

   Em seu livro “ A moeda, o gcvêrno e o      2 — O Estado nada pode dar ao in­
tempo”, publicado recentemente, o Min.     divíduo, que dêle primeiro não tenha
Roberto Campos estabeleceu o que
chamou de “regrinha do bem senso” ,        tirado.
enunciadas em forma acessível mesmo           3 — Antes de se mudar o agente eco­
a cérebros menos preparados para as
boas regras da sã Economia.                nômico, convém verificar se o melhor

   “ 1 — O Estado não sofre de escassez    remédio não é mudar a política econô­
de tarefas, e sim de escassez de recur­    mica.
sos.
                                              4 — É besteira gastar dinheiro para

                                           encampar o que já existe, se o Estado
                                           não cumpriu ainda o dever de criar o

                                           que não existe” .

DESENVOLVIMENTO DO NORTE E DO NORDESTE

                                Os estímulos fiscais e as vantagens que
                                      poderão ser usufruídas pelas pes­
                                      soas jurídicas privadas.

                                                                LUÍS CARLOS DE PORTILIIO

   Colaborando na campanha que a SU­       terceiro ano em que, por sua exclusiva
DENE resolveu empreender, no Sul do        iniciativa, figura em sua lista de assi­
País, no sentido de esclarecer os contri­  nantes o resumo da legislação que con­
buintes do imposto de renda — notada-      cede estímulos fiscais para investimen­
mente as pessoas jurídicas — sôbre as      tos, nas áreas do Norte e Nordeste do
vantagens fixadas na Lei n.° 4.239, no     Brasil e a publicação pretende, precisa­
tocante a investimentos nas áreas do       mente, sensibilizar os contribuintes do
Norte e Nordeste do País, a Companhia      imposto de renda quanto às vantagens
Telefônica de Minas Gerais enviou, por     de tais estímulos, além do sentido de
carta, ao referido Departamento um         brasilidade contido nessa legislação que
exemplar da “Lista Telefônica” de Belo     cumpre prestigiar.
Horizonte, para o ano de 1965, na qual
é dad? o necessário destaque a êsse as­       Ressalta a Cia. Telefônica de Minas
sunto.                                     Gerais a eficiência da “ Lista de Assi­
                                           nantes” dizendo ser a mesma um veí­
   Friza a Companhia Telefônica de M i­    culo publ.Víitário que dura um ano in­
nas Gerais, na sua carta, que é, éste, o   teiro, contando com um público que a
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