Page 2 - Telebrasil - Fevereiro/Março
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Em Junho Brasília terá mais quatro mil telefones .................................................. 39
Revisão tarifária é do Plano Trienal ............................... ........................................... 40
CEmalamesitduaddoe ntoevleafôsnoilcuação...p...a..r.a.....s.i.s..t.e..m....a.. .lo•c•a¦l.................................................................................................................................... 41
Poluição da estratosfera pelos gases dos foguetes .................................................. 41
TLeolnedforinnea Kperlelceirsma adne 6m0.a0i0s c..i.n..c..o.....m..•il••t•e•l•e•fo..n...e..s........................................................................................................................ 42
Congresso Nacional dos Telegráficos ......................................................................... 43
Telebel já tem projeto pronto para câmara aprovar .............................................. 43
Inaugurado o nôvo serviço interurbano em U. H. F. com as cidades do Recife 43
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e de Campina Grande ...................................................... .. ..................... ............. 45
Autorizada a Companhia Telefônica de Minas Gerais a celebrar convênio com 45
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a Companhia Telefônica Brasileira ........................................................................ 46
Remessa de balanços ao Centro de Estudos Econômicos.......................................... 47
Nôvo enderêço da Telecentro ...........................................................................................
Expediente ............................................................................................................................
BILHETE AO LEITOR
SERÁ A ESTATIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE
UTILIDADE PÚBLICA A SOLUÇÃO ID EA L?
HUGO SOARES
Poderia parecer pura manifestação de impertinência de nossa parte
o estarmos batendo na tecla de sempre, insistindo em formular a mesma
pergunta que hoje serve de título ao nosso “Bilhete ao Leitor” : — será
a estatização dos serviços de utilidade pública a solução ideal para os
problemas existentes em nosso país, relacionados com a operação de
tais serviços?
Há quem acredite que sim e entre estes alguns bem intencionados!
Segundo alguns, a iniciativa privada, como operadora de serviços de
utilidade pública, tem sido a principal criadora de uma área de atrito
com o capital dito estrangeiro — válvula de escape predileta de que se
têm valido os demagogos profissionais em sua campanha de agitação — e,
acrescentam, melhor seria eliminá-la de vez, passando ao Estada as
responsabilidades antes delegadas aos particulares e, destarte, os ônus
decorrentes da operação de um serviço que tem sido em regra geral al
tamente deficitário, por culpa, mesmo, da pouca inteligente e vesga
política de tarifas adotada pelos Góvemos.
Li, certa feita, em excelente artigo do magnífico mestre Eugênio
Gudin, a definição simplista, mas magistral na forma e na essência,
da corrida para a estatização das emprêsas de serviços de utilidade pú
blica, recentemente encetada, neste país, por sua administração:
Cuidando da solução do problema, apenas lograria o Govêrno alcançai* a
estatização do “déficit”.
Na verdade, não ê crível, nem sequer aceitável, que se pretenda en
contrar a solução do problema das utilidades públicas na estatização
generalizada, estabelecendo-se, desta maneira, a oficialização dos “dé
ficits” operacionais, quando muito mais lógico e racional seria pesqui
sar-se o mal em suas origens, delimitá-lo, combatê-lo e, afinal, eliminá-lo,
com vigor, realismo e justiça.
Esta assertiva não significa qualquer intenção depreciativa siste
mática de nossa parte para com o Govêrno; que objetive desmerecer a