Page 23 - Telebrasil - Junho 1962
P. 23

cidades, estes últimos de 130 qui­      tras estatais, mas tôdas obsole­
lômetros de comprimento. O sis­         tas e quase tôdas falidas».
tema adotado é constituído de li­
nhas com fio de cobre a canais             E mostrou como se poderia en­
de «Carrier». O D AE E exami­           caminhar uma solução, citando
nará, inclusive, a possibilidade de     exemplos ocorridos aqui mesmo.
aceitar, a título de contribuição
por parte das prefeituras, quan­           «R ecife está instalando 20.000
do fôr o caso, instalações, mate­       novas linhas. O usuário subscre­
riais e equipamento que eventual­       ve Cr$ 1.000,00 por cada linha
mente possuam, desde que obe­           e tantas quantas necessárias a
deçam os requisitos técnicos ado­       instalação de seu telefone. O cus­
tados pelo referido DAEE.               to inicial de Cr? 30.000,00 — é
                                        hoje de Cr? 120.000,00 por apa­
   A s distâncias dêsse novo sis­       relho doméstico e de Cr? . . . .
tema são as seguintes: no tron­         130.000. 00 por aparelho comer­
co Estréia D ’Oeste-Fernandópo-         cial, preços alterados pela infla­
lis, 20 quilômetros; Jales-Estrê-       ção. O pagamento das ações
la D'Oeste, 20 quilômetros, San­        subscritas é facultado, pela em-
ta Fé do Sul-Urânia, 35 quilôme­        prêsa que vem executando os
tros; nos ramais. Dolcinópolis-         serviços, em 20 prestações men­
Jales, 23 quilômetros, Populina-        sais.»
Dolcinópolis, 25 quilômetros; Pal­
meira D ’Oeste-Urânia, 35 quilô­            O que fêz o Estado de Per­
metros ; Três Fronteiras-Santa          nambuco reproduz-se também na
Fé do Sul, 40 quilômetros.              Bahia, em Mato Grosso (Cuiabá
                                        e Campo Grande) e em várias
   TELEFONES & TARIFAS:                 cidades de São Paulo (Santo An­
            UMA SOLUÇÃO                 dré, Sorocaba, etc).

              — “ P. N .” de 28/5/62 —      Na verdade, não há tanto o
                                        problema da falta de telefones,
            — Manoel de Vasconcellos —  mas a pouca vontade de resolvê-
                                        lo em bases realistas, mantendo-
   Enquanto se anuncia a forma­         se um custo artificial e puramen­
ção de uma companhia privada            te político. Se as soluções bem
para resolver o problema dos te­        sucedidas em outras cidades não
lefones no Rio de Janeiro, o Sr.        fossem suficientes para compro­
Luiz Cabral de Menezes, deba­           var que o povo está disposto a
tendo o assunto na Associação           pagar o valor exato de um tele­
Comercial do Rio de Janeiro, põe        fone, caberia ainda citar o que
o dedo num dos pontos vitais:           vem acontecendo com a televi­
                                        são. O Brasil já possui, hoje,
    « A celeuma resume-se na pre­       cerca de 850.000 aparelhos re­
cariedade de meios da concessio­        ceptores de televisão. Um dêsses
nária dos serviços telefônicos, as      aparelhos custa cêrca de C r ? ..
conseqüências de anos corridos          80.000. 00, ou mais, embora ven­
de preços políticos dos serviços        didos a prestação. Não têm a
forçados por pressões governa­           utilidade prática de um telefone
mentais — tudo como se passa            nem são, como no caso dos tele­
com outras empresas de serviços         fones comerciais, um bem de
públicos, algumas privadas, ou-          produção. No entanto, o povo
                                         mostrou-se, em todo o país, in-
   18   19   20   21   22   23   24