Page 2 - Telebrasil - Junho/Julho 1961
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 quer natureíA, visando apenas o interesse nacional.

                       Por outro ladc, na Bafa a questão pode seç tratada racion al - e seusa-
 tanente e a TEbASA, coa o apòlo e a assistência do Governo Estadual, conseguiu equa
 cion«r devidamente o problema lc c a l de telefones, assegurando a Capital um serviço
 automático moderno, e fic ie n te e modelar., Das vinte mil linhas que representam ^ ca­
 pacidade in ic ia l da nova estacão que esta sendq instalada, apenas restavam, a h de
 Janeiro do corrente ano, 7 a i í disponíveis - numero quo deve estar, a esta altu ra,
 quase inteirasonte tooatío ea face da demanda a li existente.

                       No Piauí e em Alagoas houve, tamléa, compreensão e e s p ír ito público -
 por p%rte das autoridades, tanto assim que na presente edição <Je TmL^LRASIL NOTICIA
 RIO Ja pode. os anunciar a próxima Inauguração do serviço automático de Terezina õ
 Maceió.

                      Eo São «a lo , depois de marchas e contramarchas indesculpáveis, cami -
nha o problema p-ra uma d e fin itiv a solução. Aberta concorrência publica e tornada -
 possível a participação dos usuários no empreendimento, pr§nuncia-se para muito em
 breve a execução de um arrojado programa de ampliação da rede atual, de sorte a fa ­
 c ilit a r o atendimento da volumosa demanda existente.

                      A acertada p o lític a que vimos de ressaltar, em curso no n orteie no noj
deste do país e agora seguida pelas autoridades paulistas, tem curso, também, em va
rias cidades do in te rio r de Minas, São Paulo, iarana e outros Estados. As autorida­
des lo c a is , cçnhecendo as causas^ determinantes do problema - das quais estão alheias
as concessionárias - garantiram a in ic ia tiv a privada çondições adequadas para a e-
xçcução,de obras de instalação de novos centros automáticos ou para ampliação das -
redes Ja existentes, razão pela qual muitos milhares de novos telefon es puderam ser
instalados, apesar das dificuldades em curso.

      „ Em Varginha e em Itajubá, no Estado de Minas, os respectivos P re fe ito s
e Câmaras Municipais, ençarando o problema do encarecimento do? projetos autofinan-

ciados, corajosa e patrioticamente, não vacilaram em conceder 3 operadora revisão -

do qu&ntum das contribuições dos assinantes ao capital da empresa

                      Entrementes, em outras regiões do país multo diversa tem sido a p o l í t l
ca adotada, campeando a demagogia e a incompreensãoy As autoridades deixam-se en­
volver pelos demagogos ou Insistem na pesquisa de formulas d iferen tes daquelas Ja
consagradas pela pratica.

                      Apesar dessa divergência, não se contesta a razão fundamental determi­
nadora da c ris e : o crescente encarecimento dos equipamentos e p vulto dos in v e s ti—
mentos reclamadçs, a par da in su ficien cía d os recursos .astos a disposição das ope­
radoras. Tanto e assim que, a cada elevação de índice sa la ria l ocorre uma paralela
correção dos valores correspondentes às ta rifa s , o que s ig n ific a que a renda da ope
raçao não chega siquer para assegurar a cobertura de tais oscilações.

                      0 Governo da Guanabara, intervindo nos negócios da atual concessioná—
r ia , determinou a elaboração de um plano de recuperação do sistema de telefon es do
Rio^de Janeiro, a luz dos estudos realizados pela Comissão de Intervenção, pode o
Governo concluir pela Impossibilidade de execução <Je qualquer programa naquele sen­
tido sem as garantias de um financiamento de emergencia a ser reclamado in d is tin ta -
mente dos atuais e dos futuros assinantes.

            . 0 Governo do Estado assegura que cada linha telefón ica instalada vai -

custar a sociedade de economia mista projetada 115 . 000, 00: assegura mais que as
ta rifa s atuais são ruinosa?, tanto^assim que as eleva de 'H 400,00 para 950, 00, ex

tendendo o serviço medido as residências e reduz o número de chamadas liv r o s par^

^20 mensais 4 estabelecendo uma taxa de ^ 5>00 pçr chamada,excedente. Reconheceu, ç

obvio, que as relnvldlcações da atual concessionária, há vários anos encaminhadas as
autoridades - uui t í ssimo^aals modestas e menos radicais - eram ju§tas, razoaveis e
certas. 0 projeto do Governo comprova a lisu ra dos atuais^responsáveis pelo serviço,
a legitim idade das razões pe]ps mesmos apontadas ao Poder PÚblJ-co ao sugeriç o c r it é ­
r io de financiamento pelo proprlo futuro-assinante e aponta a execração publica a-
queles que duvidaram da legitimidade do c r ité r io e se^recusaram a propiciar a solu­
ção de tac grave problema quando possível teria sido a operadora s o lv e -lo .

                      No caso de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, tudo va i de mal
a p io r. Querem, a todo custo^ eliminar do campo de operação a in ic ia tiv a particu lar
- valendo-se,ora da encampaçao, ora da desapropriação de a ç õ e s ,o ra da dualidade de
concessão. Ha comissoes paralelas em choque, enquanto, em rçlação a Minas, c o n fli—
tam o Estado,e o Município em torno da atribuição de competência para reso lver o as
sunto. Ninguém se atreve a seguir o edificante exemplo que Jânio Quadros deu quando
da I i l Reunião de Governadores, ,pois o que muitos desejam ó elim inar, pura e sim- -
plesmente, as atuais concessionárias.
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