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tivos técnicos, foram desenvolvidos interco
municadores convencionais de até 50 ra
mais, utilizando cabos de pares. Seguiu-se
a sonorização modular para grandes am
bientes comerciais e industriais, onde ex
cessivos ruídos e grande extensão da rede
elétrica inviabilizam a transmissão por on
da portadora.
Em 1973, a Amelco lançou um bloquea-
dor de chamadas interurbanas, alimentado
pela própria linha telefônica, com isso en
trando nas telecomunicações. Hoje, após
substanciais aperfeiçoamentos, os bloquea-
dores da Amelco são os mais usados pelias
concessionárias telefônicas. Além dos mo
delos normais, existem versões de três ou
até quatro dígitos, usados, por exemplo, co
mo discriminadores em CPCTs. Existe ain
da protótipo com capacidade ilimitada de
programação (até 1.000 prefixos de três dí
gitos), com memória eletrônica program á
vel pelo próprio telefone.
A tecnologia criada em torno do blo-
queador deu origem a outros produtos de
telecomunicações, como os bloqueadores de
tráfego originado (BTO’s) e bloqueadores
de DDC para telefones comunitários. Pa i! um dos dos i)idisf)i >isân ts no bom acabamento do pmduto.
ra o menor BTO, a Amelco conseguiu en
fiar 16 microcomponentes num espaço de
7 x 10 x 25 mm. Diz o diretor presidente: tem tantas opções que os próprios vende — O terreno era bastante irregular e
“Uma coisa é fazer equipamento de tele dores da Amelco reclamam.) pantanoso. Na primeira fase das obras, mo
comunicações que apenas funciona; outra Da linha de comunicação residencial pa vimentamos cerca de 90.000 m de terra,
é fazê-lo funcionar dentro de norma técni ra a automatização de portas de garagem obtendo cerca de dois terços de área plana
ca rigorosa”. era apenas um passo, provocado pela pre no total dos 43.000 m2. Seguiram-se mais
O oloqueador de chamadas DDC surgiu ferência dos condomínios de contratar to alguns anos para planejamento e atendi
de um contrato de desenvolvimento com a das as suas necessidades de uma única fir mento das exigências burocráticas. Após
Telesp. Partindo de modelo sugerido pela ma. Pan^ganhar tempo, a Amelco comprou nova terraplanagem de nivelamento (10.000
concessionária, a Amelco conseguiu melho um pacote de tecnologia de multinacional, m 1), a construção propriamente dita foi ini
rar-lhe o desempenho e simplificar-lhe os abrangendo não somente automatização de ciada em 80.
circuitos, com substancial redução das di portas, como também cancelas automáticas — Para melhor rendimento, fizemos mui
mensões. “Parece que nosso trabalho agra e comercialização de controles remotos im ta coisa com nossos próprios recursos. Che
dou à Telesp”, diz Hans, “pois já recebe portados. Quando a importação se tornou gamos a ter 55 operários na obra. Pechin
mos mais duas incumbências de desenvol cada vez mais difícil e dispendiosa, a Amel chamos muito os preços sem prejudicar a
vimento e há outros projetos sendo co lançou seu próprio modelo de controle qualidade do material, pois lá tudo é de l.a
cogitados”. remoto, fabricado com componentes nacio qualidade. Chegamos até a fabricar as pra
Em 74, partiu a Amelco para produtos nais e com algumas características até me teleiras de aço do almoxarifado e as mesas
de comunicação interna residencial, como lhores do que as do modelo estrangeiro, tal de montagem, cujos modelos foram por nós
centrais de portaria-apartamento, porteiros como a possibilidade de acionar duas por desenvolvidos para perfeita adequação às
eletrônicos e interfones em geral. A Amel tas seletivamente através de um botão — nossas necessidades peculiares. Se tivésse
co foi a primeira a lançar porteiros eletrô gangorra. Mas, a maior vantagem para o mos construído a fábrica, através de tercei
nicos também capazes de funcionar com pi cliente é o baixo preço, que duplicou as ven ros, os gastos teriam atingido a cerca de
lhas, quando falta a energia pública. “Ti das em relação ao modelo importado. dois milhões de dólares. Na verdade, fize
vemos que desenvolver até uma fechadura Em suma, a Amelco não é uma simples mos tudo por menos da metade.
elétrica especial, de baixíssimo consumo e “copiadora” de equipamentos. Ou inventa A nova fábrica da Amelco é apenas a pri
inédito circuito de acionamento, pois a con produto original, ou desenvolve produto co meira fase de um plano mais ambicioso,
vencional ou descarrega rapidamente as pi nhecido, acrescentando-lhe características prevendo um total de 13.500 m2 de área
lhas, ou apresenta mau desempenho quan inéditas e/ou adaptadas ao modo de vida construída. Os primeiros 5.000 m2 foram
do por elas alimentadas”, recorda Hans brasileiro. concluídos em meados de 83. A mudança
Belck. “E o aproveitamento dos fios da de toda a parte industial e administrativa
campainha externa revelou-se um “m aná” Inauguração da nova ocorreu em setembro último e já foi supe
para os prédios já construídos, pois evita fábrica, um marco importante rado o “tranco” inerente a uma mudança
quer a antiestética e vulnerável fiação apa desta ordem. Apesar da nova fábrica, a
rente, quer o caro e perturbador rasgo nas O sonho de ter fábrica própria, com ins Amelco mantém ainda o setor comercial na
paredes para embuti-la”. O último modelo talações mais amplas, visando crescimen Rua Américo Brasiliense, 1863, e os seto
para comunicação residencial pilha-luz po to mais seguro através do aumento plane res de instalação e assistência técnica na
de integrar até três porteiros eletrônicos jado da capacidade produtiva levou a Amel Rua Paes da Silva, 627/633, ambos em 'S.
com sinais de toque distintos, até 10 inter co a adquirir, em 73, um terreno em Em- Paulo.
fones e acionamento seletivo das fechadu bu, a 29 km do centro de São Paulo. O di As novas instalações são bastante fun
ras elétricas, para portas convencionais ou retor presidente fala do empreendimento cionais. Metade da área produtiva é reser
de vidro temperado. com orgulho e carinho: vada para a mecânica (estamparia, usina-
Ainda nesse ramo, a necessidade dos — Trabalhamos cerca de três anos para gem, ferramentaria, previsão para injeção
clientes deu origem a uma série de opções pagar o terreno e só então iniciamos as plástica etc.); a outra metade se destina às
de interligações: porteiros com centrais de obras. Era obra muito grande, consideran montagens eletrónicas (preparação, enrola
portaria; várias centrais; vários sistemas co do o nosso porte na época; portanto, tinha mento de bobinas, autorama de montagem
letivos com comunicação interna etc. (Exis- que ser escalonada, evitando passos maio de circuitos impressos, estações de solda
res do que as pernas, considerando-se ain gem e corte automático de fios dos circui
da que fizemos tudo sem “financiamentos tos impressos, dezesseis linhas de monta
* •
1 Thmbém chamado "Sinalizador Universal ou "SIN U N
DDC". externos com juros subsidiados”. gem final, cada uma delas com estações de*