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do que a observada na primeira série. É
possível que o fato de não ter chovido
nos dois dias anteriores a esta segunda
série seja o principal responsável pelos
resultados obtidos (a vegetação seca
apresenta uma condutividade menor e,
consequentemente, atenua menos). No
entanto, a quantidade de dados dis
poníveis é relativamente pequena para
que sejam estabelecidas conclusões
numéricas. De qualquer modo, como o
projeto deve ser feito para a situação
mais desfavorável, as conclusões da
primeira série servem como orientação
geral.
4. Conclusões
Os resultados apresentados neste tra
balho mostraram que a estimativa de Figura 1 — Atenuação da intensidade do sinal de ondas médias em Ta baling
atenuação do sinal em ondas médias
pode ser realizada através de um meca to da vegetação na faixa de ondas (iv) Investigar quantitativamente o
nismo relativamente simples. Calcula- médias, o problema não está completa efeito da umidade da vegetação.
se a atenuação da onda terrestre para o mente resolvido, razão pela qual são
valor da condutividade da vegetação e feitas as seguintes sugestões: 5. Referências
a seguir a atenuação adicional causada
pela penetração do sinal na floresta. (i) Medidas de ondas médias e tropicais 1. Jordan, E.C. & Balmain, K.G
Para os dados aqui analisados, o valor em diversos pontos da Amazônia, en “ Electromagnetic waves and radiatint
o = 1 mmho/m mostrou-se adequa volvendo distâncias onde se faça sentir systems“ . 2. ed. Prentice Hall, 1968.
do. É razoável admitir que esse proce o efeito da curvatura da terra. O mode- 2. Brasil. Ministério das Comuni
dimento possa ser estendido para a fai lo obtido a partir deste estudo será bem cações. Norma Técnica para Emissora
xa de ondas tropicais, embora seja re mais geral;
de Radiodifusão Sonora em Oé
comendável que novas medidas experi Média. Diário Oficial, Brasilia, 29set
mentais sejam realizadas, de modo a (ii) As medidas do item (i) serão úteis 1976. Suplemento n? 187. Portam
assegurar a veracidade dessa afirmati também para a estimativa da conduti n? 1048, de 10 set. 1976.
va. vidade da floresta;
3. Bullington, K. “ Radio Propagatio?
Embora os resultados aqui descritos tc- (iii) Medidas em regiões abertas de mo Fundamentais” . “ Bell System Techni
nham sido bastante promissores para do a avaliar os parâmetros elétricos do cal Journal” . 36(3): 593-626, Ma\
uma primeira investigação sobre o efei- solo: 1957.
V
tos c, destes, aos receptores, ou satélites de di comunicações de um pais. O problema è que
fusão direta. De grande importância para o as faixas de alta freqüência já estão superlo
transporte terrestre, marítimo c aéreo, a mul tadas e, simplesmente, não é possível atender
tiplicação de equipamentos móveis dc radio às exigências de todos os Governos.
A luta pelas ondas comunicação tem dado lugar a uma satu
ração, exigindo-se que se recorra a um Espera-se uma terceira controvérsia sobre a
radioelétricas maior número de espectros de freqüências. questão dos satélites, especialmente os situa
Ao mesmo tempo, atividades espaciais não li dos numa órbita a 35.680quilômetrossobreo
Radiocomunicação reúne cm Genebra 154 gadas à comunicação provocam crescente de equador — o que é o caso de todos os satéli
países para redistribuir frequências — Segun manda de megahertz (MHz, ou um milhão de tes de telecomunicações exceto os do sistema
do recentes estimativas, apenas 10% das hertz) e de gigahertz (GHz, ou mil milhões de doméstico da União Soviética. Estes são os
nações ocupam 90% das frcqüências dis hertz), enquanto os hertz se convertem em satélites “ geoestacionários” , assim chama
poníveis, deixando no éter pouco espaço para um recurso natural solicitado, mas limitado. dos porque possuem uma órbita de 24 horas
uso pelos países menos desenvolvidos. Os e, portanto, parecem estar parados sobre
conferencistas deverão buscar fórmulas de re- Três questões vão dominar os debates na uma determinada área do globo terrestre.
distribuiçâo do espaço radial para os dois CMAR — Conferência Mundial Administra
próximos decênios (a Conferência se reúne a tiva de Rádio. ' Enquanto os Estados Unidos afirmam que a
cada 20 anos), que sejam aceitáveis política e CMAR é uma reunião técnica, o presidente
tecnicamente, com especial destaque para a Os países em desenvolvimento querem que a da Costa Rica declara que a CMAR é
atribuição dc frcqüências que não possam so U1T substitua seu sistema de distribuição das sencialmente uma conferência política... Es
frer interferências. Também o aspecto econô faixas de ondas por um plano global para ca tou falando sobre o velho tópico da concen
mico da reunião será importante, uma vez da faixa de freqüências, já antecipando as fu tração e distribuição de poder”.
que o já acelerado progresso das comuni turas necessidades. A idéia é que a UIT distri
cações e, principalmente, da telemática, ten bua as freqüências entre todos os países sem Carazo fala por todos os países não alinha ij
de a tornar-se ainda mais rápido. Com isso, considerar suas necessidades imediatas. A se dos, quando encara a CMAR como o prime1'
grande qUantidadc de informação passará di- gunda questão é a locação das altas freqüên ro passo para a reorganização das comum
retamente das emissoras terrestres aos satèli- cias (HF) que constituem a espinha dorsal das cações e, portanto, do poder.