Page 12 - Telebrasil - Agosto/Setembro 2002
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O  resultado  desta  ação  da  TE-   Fórum Presidencial
            LEBRASIL e de seus parceiros mate-   Um  conjunto  de  perguntas-pa-
            rializou-se  em  dois  importantes  do­  drão, com versão final supervisionada
            cumentos.  No  Fórum  Presidencial   sob a égide do Comitê de Ação Go­
            2002,  os  principais  candidatos  à   vernamental  Telebrasil,  foi  enviado
            Presidência da República falaram de   aos principais candidatos à Presidên­
            seus  planos  que,  em  realidade,  si­  cia da República:  Ciro  (PPS.  PTB  e
            nalizavam seus compromissos para o   PDT), Garotinho (PSB, PGT e PTC),
            setor das telecomunicações. No Livro   Lula  (PT,  PCdoB,  PMN  e  PCB)  e
            Azul, é a vez do segmento privado di­  Serra (PSDB e PMDB).     pou em consultoria especial.
            vulgar suas sugestões e propostas de   O Comitê de Ação Governamental   As  perguntas  enviadas  e  as  res­
            ação que  gostaria de  ver implemen­  foi coordenado por Raul Antonio Del   postas recebidas foram publicadas, na
            tadas no próximo Governo.       Fiol,  vice-presidente da  Associação,   íntegra, no documento Fórum Presiden­
               O lançamento do Fórum Presiden­  e teve como membros Alain Riviere   cial. Os candidatos responderam sobre
            cial 2002 e do Livro Azul ocorreu, si­  (Intelig), Dilson Dalpiaz Dias (gupo   sete temas: papel do Estado, tributação,
            multaneamente, no dia  19 de setem­  Algar),  José  Expedicto  Prata  (Tele­  universalização,  competição,  Anatei,
            bro. em Brasília, Rio de Janeiro e São   fonica), Luiz Di Sessa Neto (Telecom   indústria e tecnologia e tiveram espaço
            Paulo, reunindo cerca de 300 autori­  Itália),  Márcio  Wholers  de  Almeida   para observações livres (veja tabela O
            dades, empresários, personalidades e   (Unicamp),  Mário  Dias  Ripper  (Te-   que pensam os candidatos)
            imprensa  especializada  (veja  o  bo­  lemar), Paulo Roberto da Costa Lima   Uma análise  rápida das  respostas
            letim Telebrasil em Revista, publi­  (ATL)  e  Purificación  Carpinteyro   indica que o setor das telecomunicações
            cado junto desta edição).       (Embratel). Alejandra Herrera partici­  e sua privatização -  ao contrário do que


            O que pensam os candidatos - 1









                  Tema             Ciro              Garotinho             Lula               Serra      í

              PAPEL  DO  ESTADO  M a n te r as regras do jogo;   G arantir à  po pulaçã o o   A  privatizaçã o trocou  um    A tuação firm e   da A na te i  e
                            im p edir o o lig o p ó lio ;  da r   acesso às telecom unicações   m o n o p ó lio   de  Estado  para   M in icom   nos papéis atuais;
                            condições  de justa   com  ta rifa s a  preços   ou tro,  privado;  é p rio rid a d e    legislação  para  a eletrónica
                            re m uneração ao capitai   razoáveis,  em   condições   recuperar a  capacidade  do   de  massa;  re fo rm u la r o
                            investido.          adequadas.         M in icom   em   planejar.  m ode lo de ge stão da  ECT.

              TRIBUTAÇÃO    É alta ;  inibe o consum o das   N o  Rio de Janeiro,  d im in u í de   A trib u ta ç ã o  é  injusta; vam os   O nera  excessivam ente o
                            classes  m ais pobres; faz   3 5 %   para  2 8 %   o  ICMS  na   ifte d a r o  ICMS  em   IVA (valor   usuário;  au m e nta a
                            crescer a  inad im plên cia;  a   conta  telefônica;  a alíq u o ta    agregado); e vam os   inad im plên cia;  m enos
                            fa vo r do  im p osto  progressivo.  poderia  baixar mais.  desonerar as exportações.  im postos po de au m e ntar a
                                                                                       arrecadação.
              UNIVERSALIZAÇÃO  FUST  para via b iliza r  infra-   0 s   recursos da  Sem  inclusão d ig ita l  não   É  hora  de  usarT C s e
                            estrutura  em   a m plo  pro je to    universalização devem   sair da   poderem os co m p etir; vam os   in fo rm á tica   para te r ganhos
                            de G overno;  preço das   U nião  estados e m unicípios;   in te rlig a r atividade s  estatais   na  saúde e educação;  o
                            ligações  e de ap are lh os  m ais  in via b ilid a d e  fre n te   às  m etas   co m o  na  segurança; e   ca n d id a to  aind a  m encionou
                            acessíveis.         do  FMI.           resolver falhas  no  FUST,  Sociedade da  Inform ação.
              COM PETIÇÃO   É  ferram en ta  básica  na  busca   N ão  houve  m anifestação   N ão  há verdadeira   Pouca  co m p etição é  um a
                            de q u alid ade e  preço justo;   explícita  do ca ndidato,  que   co m p etição;  a  LGT de ixou   realidade  m und ia l  na
                            insucesso das espelhinhos   o p to u   por  um a apresentação   brechas  para  problem as que   te le fo n ia   local;  g a ra n tir o
                            in ib iu  a com petição;   genérica.   setor vive n d a ;  LGT tem   que   re to rno  de  in ve stim e n to  e te r
                            u n b u n d lin g  deve ser m ais      ser alterada.       e sta bilidad e de  regras.
                            avaliado.
            Fonte: Fórum Presidencial  Abra fix, Àcel  e Telebrasil de setembro de 2002
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