Page 8 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 2002

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Os desacordos

da telefonia móvel

Durante seminário da Plano Edi­
A mudança de modelo nas telecomunicações torial, em São Paulo, ao apagar das
luzes de 2001, ficou patente pelo dis­
móveis, ao passar de SMC (serviço móvel celular)
curso dos participantes que as diver­
00
para SMP (serviço móvel pessoal), trouxe um gências são sérias. A Anatei defende
longo período de negociações entre as o princípio básico da competição que
deve ser mantido para o benefício do
operadoras e a Anatei, sem que houvesse
usuário - um dogma para a Agência.
acordo. Três grandes pontos estão sendo Em decorrência, um usuário celu­
lar deve poder escolher no SMP - tal
questionados: a escolha do código da seleção
como hoje faz numa chamada de lon­
da prestadora, as tarifas de interconexão entre ga distância do telefone fixo - a
prestadora que desejar para efeturar
operadoras fixas e celulares e a faixa de
sua chamada de longa distância. Hoje,
espectro adicional. no SMC, é a operadora móvel que
escolhe para o usuário celular (ele
{-----_ .fr ü 033! , ------ nem sabe) o encaminhamento da sua
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0 mercado Celular em 2002 ------------------------

O mercado brasileiro market share. No principal mercado 28%, enquanto a média nacional é de
suporta quatro operadoras onde as quatro operadoras estarão ope­ 16%; as restrições de roaming de uma
celulares? A partir de rando (Rio de Janeiro e Espírito San­ delas (Telemar); e os grandes investi­
2002, sete estados brasilei­ to), o vice-presidente da Telefônica, mentos que terão de ser feitos para
ros, dois no Sudeste e cin­ Paulo Cesar Teixeira, e o presidente que elas atinjam o nível de cobertura
Carlos H. Moreira,
presidente da ATL co no Norte do País, terão da ATL, Carlos Henrique Moreira, das operadoras que já operam há anos
quatro operadoras de telefonia celu­ concordam que as novas operadoras neste mercado. Moreira lembrou que
lar operando em suas principais cida­ encontrarão dificuldades para con­ os clientes estão exigindo uma cober­
des e a expectativa de dirigentes das quistar grande parcela do mercado, tura cada vez mais ampla e que a qua­
operadoras das Bandas A e B que dis­ nos primeiros anos de operação. En­ lidade dos serviços é um fator funda­
putaram estes mercados até 2001 é a tre as dificuldades apresentadas, es­ mental para a conquista de novos usu­
de que as novas operadoras tendem a tão a grande penetração da telefonia ários. A ATL começou em janeiro de
manter nos primeiros anos modestos celular nestes dois estados, cerca de 1999 e já detêm 40% do mercado.