Page 11 - Telebrasil - Maio/Junho 2001

formou que há propostas como
uma possível com pensação
para prestadoras que econo­
mizarem mais de 20% (meta
compulsória fixada pelo G o ­
verno) de energia usando m ei­
os alternativos (com o gerado­
res). O utra é perm itir que a
econom ia excedente obtida
por uma prestadora em deter­
minado local fosse compensa­
da cm outro, em que as cir­
cunstâncias são diferenciadas e mais críti­
cas. A possibilidade de adotar-se a média
de consum o de energia das prestadoras por
usuário - e não por dom icílio
vista que elas promoveram uma expansão
de 25% na planta telefônica de um ano para
cá, tam bém foi sugerida pelas empresas.
Iniciativas das operadoras
As operadoras estão se movimentando
para enfrentar a crise de energia. A seguir,
exemplos destas iniciativas.
A Tclesp Celular elaborou um programa
emcrgcncial de redução do consumo de c-
nergia elétrica c adotou um conjunto de me­
didas para garantir que os seus 4,6 milhões
de clientes, localizados no Estado de São
Paulo, possam utilizar normalmcnte os ser­
viços de telefonia celular mesmo em situa­
ções adversas. H oje, a empresa possui mais
de 2 .1 0 0 sites (E R B s) no Estado e todos
dispõem de baterias que permitem uma au­
tonomia superior a quatro horas ininterrup­
tas de falta de energia, sendo que 94% desse
total têm autonomia superior a oito horas.
Matriz energética
A m atriz energética traduz os recur­
sos com que conta o País para suprir a
demanda de energia. Usar gás ao invés
de eletricidade para tomar banho quen­
te m ostra que toda utilização de ener­
gia é interligada.
A m atriz energética do Brasil se re­
parte em hidráulica (38% ), petróleo
(34% ), cana (10% ), lenha (8% ), carvão
mineral (5% ), gás natural (3% ) c fon­
tes outras (eólica e solar). Nossa ener­
gia elétrica é 93% de origem hidráulica
— vulnerável ao clim a
Todo esse sistema é m onito­
"0 apagão rado continuam ente pelo
Centro de Gerência de Rede
arranhou da Tclesp Celular, para ga­
rantir aos clientes da empre­
nossa sa a disponibilidade dos ser­
viços cm condições normais.
imagem Lá Adicionalmentc, a empresa
tem um plano para garantir a
fora" cobertura ininterrupta do
Serviço M óvel Celular cm
locais de importância para a
comunidade, tais como: hospitais, aeropor­
tos, órgãos de segurança pública c gover­
namentais, escolas, universidades, hotéis,
tendo em meios de comunicação, centros empresari­
ais, clientes corporativos, shoppings c princi­
pais corredores em avenidas e rodovias.
N o colapso ocorrido cm 20 de maio de
1999, quando vários estados, inclusive o
de São Paulo, ficaram às escuras desde o
início da noite até a madrugada do dia se­
guinte, e algumas cidades chegaram a fi­
car mais de seis horas sem energia, os cli­
entes da Tclesp Celular puderam utilizar
os seus aparelhos sem que nenhum caso
de falha de sistema acontecesse.
A C T B C Telecom se diz pronta para
enfrentar a crise de energia. A empresa
conta com geradores e sistemas de bateri­
as para garantir a autonomia das centrais
telefônicas c já desenvolveu um plano de
racionalização do uso de energia cm suas
atividades administrativas. As maiores
centrais telefônicas da C T B C Telecom c
C T B C Celular possuem o “G rupo M o -
se carvão, óleo combustível, dicsel e
urânio (1,3% ).
Em 30 anos, a oferta de energia elé­
trica cresceu mais que a econom ia.
Furnas equivale a 25% de toda a pro­
dução. Em 2003, abrir-se-á a com pe­
tição no setor de energia.
A indústria consome 43% de toda
energia elétrica produzida no País, se­
gui ndo-se residências (27% ) c com ér­
cio (16% ). Nosso consumo médio per
capita é de 2,988 kwh/habitante c ain­
, seguindo- da há 2 milhões de residências sem luz.
tor Gerador”, movido a dicsel, que pode se­
gurar o funcionam ento por tem po indeter­
minado. C onta também com 11 geradores
móveis, instalados em cam inhões que po­
dem se deslocar rapidamente em caso de
emergência. A lém disso, as centrais m eno­
res possuem baterias com autonomia supe­
rior a quatro horas.
Afora colocar em funcionamento a estru­
tura atual de contingência, a C T B C está
também antecipando cerca de R$ 500 mil
cm investimentos, com a aquisição de novos
geradores móveis e a troca de baterias que
estão em fase final de vida útil. “Estam os
economizando energia onde é possível, mas
vamos fazer tudo de maneira a não prejudi­
car o nosso cliente, que mais do que nunca
precisará do telefone”, concluiu o diretor-
supcrintcndcntc da C T B C Telecom , W cber
Pim enta de M elo.
A Em bratcl está implementando novas
medidas para atingir a quota de racionamen­
to determinada pelo Governo federal. Para-
lclam cnte às medidas já implantadas nas
áreas operacional c administrativa, a presta­
dora colocará em operação fontes alternati­
vas de energia nas diversas estações locali­
zadas em regiões sob racionam ento, que
passarão a trabalhar com geradores de e-
nergia movidos a óleo diesel. E sta iniciativa
vai substituir parte da eletricidade distribu­
ída pelas concessionárias de energia local cm
diversas estações do País, independente-
mente das gestões que estão sendo realiza­
das em Brasília.
A Light Telecom criou um grupo de con­
tingência, com motores geradores, para aten­
der o setor das telecomunicações. A A T L e a
Telefônica participam desse grupo.
A Atrium Telecom investiu U S$ 400 mil
em baterias c geradores para não deixar as
290 empresas que opera sem comunicação
nos “apagões”. A gestora de telecomunica­
ções cm edifícios comerciais garantirá a cone­
xão de voz das aproximadamente 9
mil pessoas que trabalham nas
empresas que opera, através de
seu potente banco de 400 bateri­
as - de 320 KVAs - e geradores.
Em caso de corte no fornecimento de
eletricidade, a Atrium Telecom continuará for­
necendo serviços de dados e voz para os 100
edifícios que atende por cerca de seis horas.