Page 18 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 2000

Os desembolsos do BNDES Além disso, para atuar em igualdade de
para as empresas de teleco­ condições com as atuais operadoras, as no­
municações, este ano, vatas terão também que conseguir, junto à
alcançaram 17,5% Anatei, uma faixa adicional de 5 M Hz na
do total. Nos or­ banda de freqüência de 900 MHz. O ob­
çamentos para jetivo é reduzir custos, já que a freqüência
2000/2001, a mais baixa é mais adequada à cobertura de
previsão de recur­ regiões com pouca densidade demográfica,
sos para o setor é da como áreas mrais e rodovias, exigindo me­
ordem de US$ 5,1 bi­ nor número de estações radiobases.
lhões, dos quais US$ Investimentos
3,1 bilhões destinam-se de R$ 110 bilhões
às empresas de telefonia Eufórico com a economia brasileira, o mi­
fixa, US$ 600 milhões para nistro das Comunicações, Pimenta da Vei­
operadoras da Banda A e US$ ga, afirmou no evento na Bolsa de Valores
1,4 bilhão para as empresas da do Rio de Janeiro que o Brasil experimen­
Banda B. tará, em 2002, uma das maiores taxas de
As limitações iniciais para a oferta crescimento de sua história - entre 6% e
de roaming local e a concorrência com as
7%, em sua opinião. Esboçando um
40 operadoras de telefonia móvel com
paradisíaco cenário para o mercado brasi­
operações já consolidadas no País não leiro de telecomunicações nos próximos cin­
Sem financiamento constituem os únicos desafios a serem ven­ co anos, disse que os investimentos no se­
Ao contrário do que ocorreu na cidos pelas novas operadoras. Os vence­
tor atingirão, até 2005, a R$ 110 bilhões.
privatização da telefonia fixa, quan­ dores das licitações terão que negociar ain­
De acordo com o ministro, até 2003, R$
do deu sustentação ao consórcio da a desocupação das freqüências de 1.7
que adquiriu a Telemar, desta vez GHz a 1.9 GHz diretamente com as For­ 75 bilhões em investimentos já terão
o BNDES informa que não irá fi­ ças Armadas, com a Embratel e com as aportado às telecomunicações brasileiras.
nanciar compradores das novas li­ operadoras do antigo SistemaTelebrás. Considerando a entrada em operação das
Bandas C, D e E, segundo
citações. Quem asse­
ele, o País terá, até 2005, 60
gura é o superinten­
Região I milhões de usuários na tele­
dente da BNDESPar,
fonia móvel celular.
Eleazar de Carvalho Ano Acessos (milhões) Densidade (acessos/100 hab.)
Mas antes disso aconte­
Filho. Todavia, o ban­ 2000 9,6 10,5 cer, a telefonia móvel celu­
co poderá fornecer
2001 12,8 13,9 lar brasileira pode virar uma
créditos para a compra
2003 19,7 20,7 verdadeira torre de babel.
e produção de equipa­
Isto ocorrerá caso não se re­
mentos de infra-es­ 2005 24,9 25,6
solva incompatibilidades
trutura, como incentivo à sua Região II
tecnológicas básicas e evi­
nacionalização.
Ano Acessos (milhões) Densidade (acessos/100 hab.) dentes. As atuais operado­
Até o final do ano, a insti­
2000 5,1 13,1 ras trabalham com base em
tuição deverá definir qual o
valor que poderá ser libera­ 2001 7,1 18 redes nos padrões TDM A
e CDM A e as novas em­
do, podendo financiar de 60% 2003 11,2 27,9
a 100% da compra de equi­ presas irão utilizar tecnolo­
2005 14,4 34,9 gia do padrão GSM - Glo­
pamentos eletrônicos e de
Região III bal System Mobile. Aposta-
infra-estrutura, por parte das
operadoras. Os fabricantes, Ano Acessos (milhões) Densidade (acessos/100 hab.) se no surgimento de uma
por sua vez, poderão contar 2000 6,8 18,9 solução em curto prazo.
com até 100% de financia­ Mas há quem duvide: o
2001 9,3 25,5
mento para aparelhos e com­ caso brasileiro, de unir os três
2003 14,6 38,9 padrões (CDMA/TDMA/
ponentes. O prazo do em­
préstimo é de dez anos. 2005 18,7 48,4 GSM), é único no mundo.
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