Page 13 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 2000

Desafios
Há vários desafios para implantar a
terceira geração. As diversas tecnologias
precisam ser independentes das
No tocante ao uso do espectro, o GSM interfaces-rádio - motivo de muita di­
utiliza as faixas de 900 MHz, 1.8 e 1.9 vergência na 2G. Os serviços, sem fio,
GHz (EUA) e o W -CD M A vai ope­ via Internet precisarão ser seguros. Será
rar em 1.9 GHz (1.9 a 2.2 GHz) e em necessário redefinir os browsers Inter­
2.5 GHz (decidido na reunião da UIT, net, projetados para operar em ambien­
em Istambul). Na América Latina, Ar­ te fixo e agora tendo que levar em conta
gentina e o Pacto Andino (Bolívia, Co­ a mobilidade dos usuários.
lômbia, Equador, Peru e Venezuela) já Na estratégia de migração de 2G para
utilizam o espectro do PCS (1.85 a 1.99 3G, cada caso é um caso e a situação vai
GHz). No Brasil, o GSM ocupará de variar de país para país. Cai rapidamen­
1.71 a 1.85 GHz e a geração 3G será te o preço mundial da comunicação de
no core band de 1.885 a 2.2 GHz. voz e isso é um problema para as opera­
O UMTS 2000 tem como pano de doras tradicionais. Os serviços de dados
fundo a evolução - e não revolução - passarão a ser os grandes geradores de
dos sistemas digitais móveis (faixa es­ receita para essas empresas.
treita) de segunda para os de terceira A receita do sem fio será muito mais
geração. A chegada da Internet, com o do que o simples aluguel de minutos de
protocolo IP, vai tornar indistinguível airtime. Aplicações de todo tipo, como
acesso e núcleo nas novas redes celula­ publicidade, comércio eletrônico e tran­
res, nas quais a inteligência irá migrar sações financeiras, estarão na ordem do
para servidores colocados na periferia dia e a operadora que não levar isso em
da rede. conta “vai dançar”.

Discutindo

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