Page 17 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 2000
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Road Show atrai grupos
De acordo com Renato Guerreiro, presidente da Anatei, as apre
sentações realizadas pelo Governo federal no exterior (Londres e
Nova York), para demonstrar as novas regras e o potencial das novas
bandas de telefonia móvel celular, foram um sucesso. Guerreiro
contabilizou 11 empresas interessadas em atuar no País. Entre as que
já operam no Brasil, estão a A T& T e a Sprint. Uma surpresa foi a
norte-americana Nextel.
Participaram ainda a Verison, Vbdafone, Portugal Telecom, Sonae
(supermercados de Portugal), Bell South, Bell Canadá, ZVT Global
Village Telecom e Huntchison, esta última uma companhia, de Hong
Kong, que disputou o leilão da Banda B, mas não levou.
se fundir - mas somente na condição de se mentos e parem de se surpreender com o
adequarem às novas regras do SMP e, em fato de a Anatei estar apenas e tão-so
conseqüência, passarem à condição de “au mente obedecendo a Lei Geral de Tele
torizadas”, na nomenclatura regulatória. comunicações”, rechaçou.
ra do leilão (pretextando cumprir a obri Nos casos em que não houver a migra De seu lado, as empresas interessadas
gação fixada pelas normas regulatórias ção (de concessionária para autorizada), na exploração do SMP querem obter mais
da Anatei) venha a apresentar apenas não haverá renovação das atuais licenças informações, para decidir se entrarão na
um assinante em uma cidade com me de 15 anos. Para o presidente da Anatei, disputa. Entre as questões mais palpitan
nos de 100 mil habitantes, o presiden “não foi por acaso que desenhamos o mo tes para os que desejam as licenças, situ-
te do órgão regulador, Renato Guer delo das novas licenças, dividindo o País am-se a necessidade de compartilhamen
reiro, reagiu rápido: “não fazemos re em três áreas, como a telefonia fixa”. Se to de infra-estrutura entre operadoras
gras para bandidos”. gundo ele, o estímulo (ou indução) às fu (tendo em vista a tendência de redução
O questionamento deriva do fato de sões corresponde exatamente à intenção do número de antenas e torres instaladas
que, para alguns empresários, a exigên de começar a configurar o cenário, após a nas cidades); provimento de roaming - o
cia no sentido de que as operadoras abertura do mercado, com cinco grandes que determina maior infra-estrutura e
vencedoras da disputa pelas licenças operadoras garantindo maior escala para mais investimentos a liberdade de es
das Bandas C, D e E ofereçam servi as empresas. colha da operadora de longa distância (na
ços em áreas com menos de 100 mil Guerreiro rebateu ainda críticas segun cional e internacional); e a cobrança con
habitantes irá trazer um extraordiná do as quais a Anatei estaria exorbitando junta de contas entre operadoras.
rio ônus aos custos da instalação do ser na mudança das regras do jogo, ao obrigar Para Cleofas Uchôa, presidente da As
viço. Outro item controverso diz res as atuais operadoras de telefonia celular a sociação Brasileira de Telecomunicações,
peito ao prazo de vigência das atuais migrarem para o SMP, sob pena de perde muitos dos que se queixam da liberdade
concessões. rem suas concessões. “E um desserviço que de escolha para ligações de longa distân
Desta vez, a causa da controvérsia se presta ao País, quando empresários do cia reclamam com base em uma “leitura
tem origem na permissão para que as setor se manifestam dizendo que há uma superficial dos textos”. Em sua opinião,
atuais operadoras (juridicamente de mudança de regras. Peçam aos seus ho em médio prazo o SMP trará bastante be
nominadas “concessionárias”) possam mens de regulação que analisem os docu nefícios às operadoras.
Telebrasü/novembro-dezembro-17