Page 19 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 2000
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O M C a n a l i s a d a p e l a U n i c a n t p
Durante quatro dias, Seattle (EUA) sediou a reunião da Organizarão
Mundial de Comércio - OMC - sobre as regras do jogo da globalização
produtiva, ocorrendo um impasse.
rcumio da Organização Mundial volvidos, mas<seni asseguraratransfe pontos. Os EUA apoiaram a liberalização
A ck> Comércio não terminou na es para os países cm dc*cnvolvimcmio. do comércio agrícola cm troe i dc m.uoro
rência dc tecnologia, a custos razoáveis,
concessões para a entrada dc produtos in
perada vJoi!jr.tv
que orientaria
Pela» eatatísticas coletadas pela
uma rodada de negociações multilateral*,
empresariais c financeiros.
denominada Rodada de Desenvolvimento UNCTAD - Conferência sobre C o dustriais dc alta tecnologia, de serviços
do Milénio, relatou o Jornal da Universida mércio c Dcsenvohimento barreiras _______A déttstfío dm am
de dc Campinas, protecionista» impediram o acesso de A União Europeia e o Japan sugeriram
Segundo Mario Presscr, aj*e$>or econô produtos manufaturados, de baixa tec uma rodada ampla p ara tratar dc conces
mico da Reitoria c profetMjr do Instituto de nologia, dos países em desenvolvimen sões em produtos agrícolas. A Cláusula
Ecorvunia da Unicmp, a globalização pro to para os seus mercados. Estima - -e que da Paz, que admitiu subsidias ncu a área,
dutiva decepcionou. Ao invés de ser favo um potencial dc exportações, calculado vai terminar em 2003 c promete confia
rável jo> países em desenvolvimento, tra cm US$ 700 milhões, deixou de i re grar a O M C, previu Mário Presser. Umao
zendo investimento* diretos, rapida aquisi alizado pelos países em desenvolvi Europeia c Japão apoiaram um maior con
ção dc tecnologia c diversificação das cx- mento devido a tai\ barrei trole multilateral nas ações
antidumping c uma maior
portaçoe-, a globalização resultou em de ras Este montante equivale
semprego. supapiodução global cm vários a quatro vezo os tluxos fi flexibilidade para os trata
mentos especiais c diferen
vetores industriai c pouco acesso aos mer nanceiros que recebem do "Foram barrados
cados dos países centrais exterior. ciado* favoráveis aos paí Tetebiasil jareiro-feversiro/2000
Prosseguindo em sua ana ses em desenvolvi mento.
_______________________ , • , _________________________ os produtos de Os países desenvolvidos
Sacramentou se. explicou Mario Prover, lise, o professor do Instituto
duas ordens de abertura dos mercados. de Economia da Unkamp boixa tecnologia vieram pan a reunião da
Uma, lenta c limitada, para os países em explicou que o Brasil procu O M C com uma agenda dc
dtK tm >hnn*rnto, no tescante à colocação dc rou abrir o mercado dos pa dos países em novos temas, com o a
-eus produtos como \ estuano, têxteis c pro íses europeus para seus pro liberalização dos investi
dutos tropicais Outra, acelerada, para os dutos agrícolas; buscou desenvolvimento" mentos diretos internacio
pat^es desenvolvidos, relativa à introdução manter o regime da mdús nais c do comercio eletrô
de tecnologias da informação, propriedade tria automotiva, c tentou nico. I louve a presença de
intelectual, serviços c eliminação dc restri evitar pressifes unilaterais mais de 750 O N Gs (orga
ções para investimentos diretos. que o levam a restnngu “vo nizações não- govemamen -
Para Mano Presser, as autoridades das luntariamente^ a exportueao do aço c tads'1 cm Seattle, cujo o enfoque e o Ntmly
nações desenvolvidas gozam de urna enor do suco de laranja. ! A7;'/ Ir? A fy Rock YarJ) - em traduz,âo livre,
me autonomia em relação às regras multiia- - O Governo brasileiro quer o “uão no meu tenreiro’*.
terais - os acordos bilaterais ja ac foram - BN D ES auxiliando nossas exporta Devido as manifestações hostis ocorri
nas mas ações protecionistas lronicuncn ções ern .ucascomo papel, celulose, si das em Seattle e noticiada* na grande im
te, Brasil e índia, visto o tamanho de seus derurgia, mineração e petroquímica. prensa, tudo indica que o* países desen
mercados, tornaram-alvo favorito de in Mas não deseja correr o nsoo que tais volvidos adiaram decisões que impliquem
vestigações sobre protecionismo por par financiamentos sejam julgados subsi etn maior liberalização comercial Como
te dos EUA dio* ilegais e sujeitos a retaliações por herança da Rodada do Uruguai, ha uma
Ja no caso da legislação aprovada sobre a parte dos países desenvolvidos, afirmou agenda pré estabelecida para \ O M C ms
propriedade intelectual» a preocupação foi Mário Pretaer. álea* dc agricultura, serviço* e proprieda
preservar os direitos da inovação, promo As pnndpai* piwrçòc* do* países de de industrial, indicando que js ncgocia-
vendo grande v alonraçào das empresas que senvolvidos na OM C, quanto ao co- sxx- vSo con- Mais infonr..i.,ôt
são intensiva* cm P&.D nos países desen mércio internacional, cnKx aram trG w/<*da OM C ('unatc u/c erg). {JCF)