Page 57 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1999

I José Gonçalves Neto, da Anatei, regis­
trou que a economia agora é globalizada
com um marketing individualizado. O
antigo modelo transmissão-comutação
perde espaço para as novas redes
multisserviço. Arnaldo Murasaki, da HP,
previu que no futuro só subsistirá a rede
digital IP com um gerenciamento unifi­
cado.
- A próxima geração Internet estará
em todo lugar, será de faixa larga e volta­
da para o comércio, entretenimento e até
para o controle à distância de eletrodo­
mésticos nas residências, previu Roberto
I Thielc, da G T E Internetworking. Para
Edson Moraes, da Nortel Networks, sur-
\ ge a segunda onda do eletronic business
I com as redes unificadas c os PABX (um
< servidor) dotados de IP nativo.
- Trata-se de uma nova economia de
redes que trocou a cultura determinística
do monopólio por um novo m undo
multisserviço, em que a voz é apenas mais
um serviço, disparou Carlos Roberto
Carncvali, da Cisco do Brasil. Para Ver-
ner D ittm cr, da Siem ens, deve ser
mantida a convivência entre o mundo
existente c o mundo emergente IP. O ser­
viço de voz ainda manterá a receita das
operadoras por uma década.
O e-business é uma cadeia que interli­
ga a empresa com seus clientes e forne­
cedores. Um grande desafio será como
unificar o mundo IP com as estruturas
tradicionais. O atual mercado de rotea­
dores cresce 7% ao ano c é dominado pela
Cisco (66%) seguida da Nortel (13%).
O kcynote
Nortel Networks, acenou com a abertura
mundial dos padrões IP, com a adesão de
mais de 200 membros, dentre os quais
Intel e Microsoft, em que roteadores com
tecnologia não proprietária passarão a ser
vendidos como commodities, a preços bai­
xos.
- Atualmente, o mercado IP represen­
ta 9,4% do mercado de voz, mas esta si­
tuação deve m udar, disse Tom
}¦. Danncmillcr, da Lucent, que descreveu
a migração das telecomunicações rumo a
serviços de alto valor agregado como o
comércio eletrónico.
Wireless
i*J i ................................
A Expo Comm 99 foi fértil na apre­
sentação das comunicações sem fio co­
brindo o pager; trunking c as comunica­
ções celulares de faixa larga e estreita e o
W IL (Wireless Local
lular, relutantemente, não pode ter servi­
ço de mensagem c o
Já o trunking está restrito, em tese, a
grupos definido. A novidade, em
pager, é o Serviço Avançado de M en­
MHz.
sagem, bidirecional, operando a 929
No Brasil, a Anatei terá que deci­
dir a alocação do espectro na faixa de A equipe que produziu a Expocomm 99
2 G H z e já disse que não irá definir
a tecnologiaPCS. Segundo M ário
Baumgarten, da Siemens, o modelo
europeu, com foco no usuário, partiu
para um sistema único GSM .
Já Luiz Cláudio Rosa, da Lucent,
disse que o GSM , sendo de faixa es­
treita, pode ser solução interessante
para a segunda geração e que para
2010 já se fala até em quarta gera­
ção.
Quanto à terceira geração há boas
oportunidades das Américas (Região
2 da U IT) anteciparem todo o pro­
cesso mantendo bastante do inves­
timento já feito, disse a Lucent.
Luiz Garcia, do grupo Algar e pre­
sidente da Associação Nacional dos
Prestadores de Serviço Móvel Celu­
lar, defendeu a queda dos impostos.
Redes
Luiz Garcia, Telebrasil
Na arca dc redes fixas c corporati­
Acol
vas, o grande assunto foi o da comu­
nicação IP, as comunicações virtuais
c o modelo das novas arquiteturas.
I Isu Wang, da Prolan, descreveu a
aplicação do MPLS (Multiprotocol
Label Switching), da Internet
novembro-dezembro/99
Engineering Task Force - IEFT -,
que é suportado pela Lucent, Nortel,
Toshiba, Cisco, Ericsson c outros
mais. Mark Mortensen,
Dilson Dalpiaz, da CTBC, após Lucent
tecer um vasto panorama da atual
legislação, disse que “é importante
speaker Ray Jim enez, da
rapidez na solução das questões para
não sermos atropelados pela tecno-
logia”.
O keynote speaker Mark Mortcsen,
da Lucent, explicou que as teleco­
municações estão migrando de um
modelo switched centric para outro em
que há um núcleo de transporte cer­
cado dc uma periferia de acesso.
Mário Baumgarten,
O grande problema da rede IP é
da Siemens
manter a integridade dos pacotes que
são descartados caso ocorra um
overload. Para o futuro, a periferia IP
irá pressionar e se confundir com o
núcleo central ATM. O Bell Labs
desenvolve o Service Level o f
Agreement - SLA - que vai melho­ Raul Cutait,
rar o gerenciamento das redes. Hospital Sírio Libanês
Por ora, o ce­
, serviço de voz.