Page 36 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1999
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| Wireless
P C S b a t e à p o r t a
Auqusto Góes
C o m a r e g u l a m e n t a ç ã o a g u a r d a d a p a r a o p r ó x i m o s e m e s t r e ,
i n d ú s t r i a e o p e r a d o r e s s e p r e p a r a r a m p a r a o s n o v o s s e r v i ç o s
d e c o m u n i c a ç ã o m ó v e l . P o r e n q u a n t o , s o b r a m d ú v i d a s q u a n t o
à s s o l u ç õ e s t e c n o l ó g i c a s e a c o n f i g u r a ç ã o d o m e r c a d o .
efusivo cenário das comunica resolver a guerra entre padrões existente os leve, em poucos anos, a oferecer a co
ções sem fio no Brasil vai ga hoje, além de oferecer vantagens como municação móvel de terceira geração. De
nhar novos contornos cm pou videofone c alta velocidade na transmis acordo com Rosa, o 3G pode ser ofertado
cos meses, com a chegada do Personal são de dados e no acesso à Internet. tanto na faixa do celular convencional
Communication System (PCS). O sistema, O PCS em operação na maior parte do quanto do PCS ou do UM TS. uO serviço
chamado pela Anatei de “terceira banda mundo não difere muito do celular digital prestado não vai ser definido pelo espec
36 celular”, se caracterizará tecnicamente pelo de segunda geração, podendo operar em tro. O único limite para as operadoras de
funcionamento na faixa de 1.800 M H z C O M A , T D M A ou G SM (G lobal PCS ou das Bandas A e B será de criati
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/9 ou 1.900 M H z, contra os 850 M H z em System for Mobile Communication). Já no vidade”, afirmou o executivo, lembrando
ro que operam as Bandas A e B. Bem mais Brasil, o PCS poderia servir de “ponte” à que os fornecedores que trabalham tanto
b
m complexas do que as definições de espec terceira geração, dependendo das tecno com C D M A e T D M A quanto com
e
z tro são as questões relativas às tecnologias logias escolhidas. “O que for decidido ago G SM , caso da Lucent, teriam maior fle
e
d a serem adotadas no País e as regras do ra terá repercussão, no mínimo, pelos pró xibilidade em acompanhar as reviravol
ro
b jogo mercadológico. ximos 10 anos”, observou Renato Fantoni, tas tecnológicas e regulamentais.
m A rápida evolução a que está sujeito o diretor de Desenvolvimento de Novos N e O gerente de Marketing Estratégico da
e
v segmento wireless dá margem a tais dúvi gócios da Ericsson. Siem ens e coordenador regional do
o
n das. O PCS chegará no Brasil num mo No cenário brasileiro, em que só são usa U M TS-Forum , M ário Baumgarten, es
Telebrasil do nos Estados Unidos, na Europa ou dos os padrões T D M A e C D M A , o ad pera que a Anatei tome uma decisão que
mento muito diferente em que foi adota
vento do PCS pode causar ainda uma mu
fortaleça o modelo universal proposto pela
mesmo na Argentina, quando a discussão
deve pender para o GSM se a Anatei re
em torno do 3G - a 3a geração de celula dança de rota tecnológica. É que o sistema UIT.
- A competição entre padrões se mos
res - ainda en g a solver adotar realmente para a terceira trou ruim para o setor. Está na hora de
tinhava e o acesso à banda a faixa de 1.800 M H z, onde só obtermos a maior convergência possível,
Internet nos hand- opera o G lobal System for M obile e o G SM , por ser majoritário, pode ser
sets (veja box) era C om m unication. O utra vantagem do um bom passo neste sentido.
mero projeto. Em me GSM , segundo muitos analistas, é sua ado- Já os altos investimentos necessários
ados do próximo ano, ção maciça na Europa e na Asia, além da para implementar o 3G levaram Roberto
ao mesmo tempo em razoável penetração alcançada nos EUA. dei Giudice, gerente da Ericsson do Bra
que as licenças de Neste caso, os fornecedores de tecnologia sil, a recomendar cautela na hora do salto
PCS serão vendidas teriam nas mãos a tarefa de arquitetar a tecnológico. “A preocupação da UIT é de
no Brasil, entrará em transição de padrões. E com a proximida que se aproveite a base instalada atual,
operação no Japão o de do UM TS, outra migração tecnológica seja ela C D M A ,T D M A ou GSM. Que
IM T -2 0 0 0 ou a ser estudada com cuidado é a que levará rer ir direto para o 3G é fazer investi
Mario Baumgarten, da Siemens
U M T S (U niversal em direção ao 3G. mento de alto risco”, opinou ele.
Mobile Telecommunications System), pa Para Luiz Cláudio Rosa, diretor de Tec
f n íu m b e n f s x novos
drão proposto pela U IT como modelo para nologia da Lucent, o PCS no Brasil não
o 3G. O U M TS, que deve virar realidade será apenas mais uma opção de telefonia Polêmica potencialmente mais ampla é
no resto do planeta a partir de 2002, pre celular, e sim uma oportunidade para os gerada pela definição sobre quem poderá
tende obter o sonhado roaming mundial e players adquirirem uma autorização que explorar os novos serviços. A Anatei de