Page 16 - Telebrasil - Março/Abril 1999
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O p e r a d o r a s d e b a t e m p e r s p e c t i v a s
As expectativas das operadoras, considerando os aspectos rios, no modelo estatal, e depois de clien
tes) e entre elas e o governo também fo
tecnológicos e de mercado, foram abordadas na Telexpo 1999
ram destacados. A velocidade de todo o
por uma das três h o l d i n g s de telefonia fixa, a Tele Centro Sul, processo de mudança foi enfatizada por
Antonio José Ribeiro dos Santos, da Tele
por uma operadora de rede metropolitana, a Pégasus, por mig Celular, que lembrou o surgimento
de novos agentes no setor de telecomuni
um empresa de telefonia celular, a Telemig Celular, e pela
cação, que são os grupos financeiros que
operadora regional CTBC Telecom. detêm importantes parcelas do controle
acionário das operadoras.
modelo de competição definido utilização destas redes de Exemplos da evolução
O operadoras controladas pelos abriu discussões. Foi enfati de mercado das operadoras
^ ^ ^ H p e la Anatei e a tendência de acesso é outro tema que
nos países mais desenv olvi
mesmos sócios em diferentes regiões do zada a necessidade de acor dos também foram mostra
País se unirem e de grupos maiores ab dos com preços competitivos dos. Entre estes destacam-
sorverem os de menor poder económico que permitam às operadoras se, segundo Nelson ( lascei li
também foram discutidos. operar nestas linhas, \lgu- Reis, o da CTI BC1 Telecom,
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mas cidades estão também
A concentração de operadoras, que já exigindo altas taxas pelo uso como 44% deles quererem
posturas dos consumidores
mar-abr/VV no Brasil, apesar da fase de ampla cornpe- do solo, lembrou o presiden AntonioJosc Ribeiro dos Santos de 40% das pessoas darem o
ocorre a nível mundial, deverá se repetir
trocar a sua segunda linha
. . , , ,
te da Pégasus, José Barvosa
t ição prevista com o fim dos duopólios das
fixa por uma celular e o fato
.
. . .
Bandas A e B na telefonia celular e das
Mello. /Ys iniciativas da ( >e-
mige I Vtrobrás de criarem empresas para
lelebrasil concessionárias (ex-Sistema Tclebrás) e exploração de telecomunicações em suas número dos celulares e não os telefones
autorizadas (espelhos), a partir de 2001 e
lixos quando querem ser localizadas. Tan
redesedutos também foram ressaltadas.
mais acentuadamente em 2003.
tas a custo zero, desde que os assinantes
A integração das operadoras com as
( >s novos relacionamentos cjue foram
empresas de energia elétrica, com as con estabelecidos entre as operadores e os seus aceitem ouvir publicidade nas suas cha
madas, e uma unificação dos valores das
cessionárias de rodovias e ferrovias, para consumidores (antes chamados de usuá tarifas são outros exemplos apresentados.
T a r i f a s e m e r c a d o
C l BC Telecom e
s estratégias adotadas pelas ope
uma guerra de
A Telemig Celular preços suicida foi
radoras no tocante às suas tarifas
enfatizaram o pro
foram discutidas em palestras e
ressaltada, enfati-
painel da Telexpo 1999. Neste debate foi blema da crescen zando-se que o
ressaltado o crescimento da inadimplên te inadimplência, negócio da telefo
cia na telefonia celular, em alguns casos (jue em alguns ca nia celular está
mimmi/ada com a introdução dos siste sos está associada em expansão,
mas pré-pago, e debatido o direito das com o problema Ricardo Caldas Ferreira Dilson Dalpiaz Dias mas exige uma
operadoras negarem acesso a telefonia de das fraudes na te gestão delicada no
clientes com ficha de maus pagadores. lefonia celular. Outros temas abordados tocante às tarifas e políticas de relaciona
() estímulo acentuado ao uso do celu por eles foram o peso dos tributos nas mento com os consumidores.
lar foi questionado pela presidente da tarifas pagas pelos consumidores, que de A inadimplência, apontada como o cal-
operadora less, Ricardo Caldas Ferreira, veria ser mais enfatizado nas contas, os canhar-de-aquiles da telefonia celular, está
que defendeu a necessidade dos usuários problemas de fixação dos custos de aces em expansão e exige a adoção de medidas
serem informados sobre os efetivos custos so das operadoras e de intcrconexâo com que reduzam este risco para as operadoras.
da telefonia celular, para que controlem o outras redes e a necessidade de uma revi O vice-presidente da CTBC Celular, Dil
seu uso dentro das respectivas capacidades são tarifaria do governo num momento son Dalpiaz Dias, lembrou que ela é de 7%
dc pagamento. Ele lembrou que as opera em que cresce a perspectiva de inflação, no mercado americano e que na (7TBC já
doras têm suas tarifas controladas c não pois o cenário econômico do País se mo atingiu 11%, tendo sido reduzida com a
podem negar crédito, no caso do acesso dificou no início de 1999. introdução do sistema pré-pago de telefo
telefônico, a nenhum cliente. A atitude cautelosa das operadoras de nia celular. A implantação do pré-pago na
Representantes das operadoras telefonia celular que não partiram para telefonia fixa está em estudos, observou.