Page 13 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1999
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do a nova realidade econômica nacio tik e Construtel, aguarda para 1999 a reto também os africanos. A Daruma quer en
nal, diz que a dolarização complica os mada de investimentos das operadoras, que trar mais agressivamente na atividade de
fornecedores locais, que utilizam mui devido ao processo de privatização contra manutenção de telefones públicos, serviço
tos componentes importados. taram menos em 1998. Ele teme que as que realiza há três anos para a C TBC 'Tele
Jose Ellis Ripper Filho, diretor da indústrias nacionais que apostaram na tec com. O empresário garante que, bem ad
Asga, está otimista em relação a nologia brasileira sejam alijadas das toma ministrada, a telefonia pública é um bom
1999, mas não arrisca es das de preços das grandes operadoras, em negócio para as operadoras.
timativas de cresci- sua maioria controladas por empresas es A Gradiente, segundo o gerente de
mento. A im- trangeiras que têm fornecedores globais. marketing, Ernesto Atanabe, apesar
p lan tação Segundo ele, o Brasil é muito grande, das mudanças na econom ia, espera
possui uma planta telefônica diversifica bons resultados em 1999. A em presa
da e tem uma parcela expressiva de equi estim a ter 20% do mercado de celula
pamentos desenvolvidos no País. “Se per res, apesar da falta de cstatíscas confi
dermos o desenvolvimento tecnológico na áveis, e garante ter condições de aten
cional do setor, não se poderá alegar falta der a demanda, que tende a ser menor
de competência tecnológica nacional, e este ano. Ele lembra que mercados que
sim questões políticas de não proteção á apresentavam grandes listas de espera
industria nacional”, enfatiza. nas operadoras, como São Paulo, já fo
O diretor superintendente da Daruma, ram atendidos e que a partir deste ano
Romano Villasco, espera em 1999 racio as operadoras vão ter que promover ge
nalizar custos caum entara produtividade ração de nova demanda. Em janeiro de
para obter um aumento de pelo menos 20% 1998 a Gradiente produzia 20 mil apa-
no faturamento c um lucro igual ao do ano relhos/mês e no início deste ano pro
passado, já que as margens dos fornecedo duz 100 mil.
res foram muito reduzidas pela política de A Prolan espera em 1999 uma ex
compra das novas operadoras, que “jogam pansão de faturamento superior a 20%.
duro na cabeça da gente”. O diretor Jaime Zanlung ressalta que o
Afirma que atualm ente a Daruma setor de telecomunicações é o principal
está operando com preços abaixo dos pra mercado da empresa, que agora fornece
cm * ticados no mercado internacional e in também sistemas de gerenciamento e
presas-espe veste na importação de tecnologia, pois de atendimento para operadoras e para
lho de telefonia as novas operadoras querem produtos glo o mercado corporativo que opera estru
fixa e o surgimento bais. Villasco afirma que ainda não re turas próprias de telecomunicações.
de algumas operadoras de duziu pessoal, que está sendo aperfeiço Diz que mudou a forma de relaciona
serviço limitado de voz devem ado para operar com produtos de maior mento com as operadoras, que o custo-
contribuir para a expansão dos negó sofisticação tecnológica. benefício dos produtos e serviços é agora
cios da empresa. A empresa pretende ampliar as suas ex melhor analisado e que os processos de
Comenta que a falta de encomen portações, que representaram 5% do fatura compra e entrega tornaram-se mais rápi
das em carteira para 1999 não preocupa, mento em 1998, para 10% este ano, pulando dos. A Prolan expandiu em 40% o núme
pois as novas operadoras privadas fazem assim de RS 3,5 milhões para RS 9 milhões e ro de funcionários e investiu na capaci
pedidos para entrega quase imediata. atingindo além de países da América Latina tação tecnológica de seus profissionais.
Admite problemas de recebimento com
alguns clientes e enfatiza que os custos
foram reduzidos aproximadamente 40%
cm 1998, com o aumento da receita sen
do resultado de uma maior produção e
venda. Em 1997 a empresa produziu 700
m o d e m s e no ano passado foram 500 por
mês. Em paralelo ao aumento da quan
tidade de produtos, destacou a maior so
fisticação técnica dos mesmos.
O empresário Márcio Araújo de
I/acerda, das empresas mineiras Ba Gerhard Wrise, da Ericsson Ludgero Pattaro, da Pirelli Márcio A. de Lacerda, da Construtel