Page 55 - Telebrasil - Julho/Agosto 1998
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E C O N O M IA
0 v ô o d o b e s o u r o b r a s i l e i r o
do as previsões mais recentes, bem inferior meiro trimestre do corrente exercício; 113
à média mundial entre 3e4%aa.. aumentaram a receita líquida; e 97 delas
Svrfney A. Latini A taxa de desemprego, cm ascensão conseguiram aumentar seu lucro em rela
hsen adores atentos cia sociedade desde 1995, ameaça superar 7% ao final ção ao mesmo períodoríoano passado, em-
brasileira têm identificado pccu- do exercício. A taxa de juros fixada pelo liora. normalmente, o primeiro trimestre
li jr tendência no comportamen Banco Central é de 21%aa., mas a efeti do ano se caracterize pela redução da de
t o estado de espírito coletivo, que vamente praticada em transações liancá- manda em vários setores.
Ldl.1 do pessimismo negativista, que rias atinge 11 % ao mês, si tuando-se entre As fusões e aquisições ajudaram a
JJJp ocalastrofismo, ao otimismo pan- as mais altas do mundo. A taxa de pou mudar o perfil de funcionamento e o resul
pança, determinante na formação interna tado de inúmeras empresas industriais.
dossiano. que ce8a-
Ricsiosismos a jxirte. calae reconhe de capital, que já atingiu 27% em 1973. Em relação ao primeiro trimestre
cer que o Brasil é mesmo um País que há muitos anos oscila abaixo cie 20% na., de 1997. o consumo de enenjia aum en
exibe grandes contrastes. índices cerca de 50% inferiorà dos novos jxiíses tou em 1998 quase 6.0%: a produção de
desanimadores na área social convivem industrializados (NICs) da Ásia petróleo, 8.4%: a nafta. 32.40%; e o die-
com surpreendentes conquistas na área O déficit em transações correntes sel em 8,32%.
económica N'em sempre os indicadores (US$ 32.7 bilhões este ano) está em Levantamentos recentes, realizados
de desempenho macroeconômico justi preocupante ascensão, desde 1995, aí pelo Ministério da Indústria e do Comér
ficam o crescimento microeconômico. embutido o déficit da balança comerci cio e jxila Associação Brasileira de Infra-
Xão obstante, três indicadores se al que, também, vem se agravando a Estrutura e Indústria de Bens de Capital -
apresentaram amplamente favoráveis: a partir de 1995. Em termos absolutos, o ABDIB. revelam que. no ano em curso, os
inflação. que caiu da taxa astronômica déficit em transações correntes do Bra investimentos em infra-estrutura deverão
de929,3?oaa., em 1994, a 3,5% (esti sil só é superado pelo Estados Unidos alcançar cerca de US$ 21 bilhões e que os
mativa para 1998), situando-se entre os (USS 116,4 bilhões). investimentos em sete setores básicos se
países emergentes de melhor desempe O déficit público (que ameaça su lecionados até o ano 2000 alcançarão
nho no período; as reservas internacio perar 6,5% do PIB, em 1998) entre os cerca de USS 215 bilhões, sendo cerca de
nais, que atingiram USS 75 bilhões em países emergentes, só não é superior ao US$61 bilhões em execução e USS 154
1998, uma das mais elevadas do mundo da Rússia. O da Argentina éde 1.4% do bilhões a serem executados, (ver quadro)
eofluxode investimentos estrangeiros PIB e o México já conseguiu equilibrar Rara os pessimistas, o Brasil está,
que vem aumentando em ritmo acelera suas contas públicas. há muitos anos, à beira do abismo. Para
do, já havendo atingido US$ 17 bilhões A dívida pública deve situar-se os otimistas, isso niuica acontecerá, jxir-
em 1997 (sua participação na formação em patamar superiora USS 300 bilhões que ele e muito maior cio que o abismo.
da poupança bruta evoluiu de 0.30% do no corrente exercício, absorvendo cer Rira os que procuram uma explicação, o
PIB ,em 1994, para 4,2% em 1997)-a ca de 37% do PIB. Brasil é como o besouro que. segundo as
evolução dos demais indicadores ma- De uma amostra de 116 empresas leis da aerodinâmica, não jxxle voar mas
^mnómioos, considerados fundamen- industriais analisadas pela ECO- voa. porque não sabe disso.
t,us, lerT1 merecido classificação [X) uco fa- NO\IÁHCA. 115 registraram lucro no pri * Sydney I.alini é econom ista
' 0riU (‘I nos ratings de analis-
Brasil — Investimentos (US$ m ilhões)
ulS autorizados (no País e no ex-
ehor), tendo em vista seu de- Projetos Projetos a serem
Setor Total
'¦ *1 >í‘iil)o nestes últimos qua- em execução executados
^ou cinco anos.
Energia elétrica 18 452 72.158 90 610
0 c r e s c im e n t o d o P I B , q u e Petróleo/gás/petroquímico 10.662 27.768 38.430
J^ g iu a média de 7% aa. na
Transporte/portos 16.488 27.480 43.968
a< nlo 80, vem decrescendo,
Papei/celulose 804 11.941 12.745
últimos anos, tendo cliega-
q . ' o e m i9g7) prevendo^ Siderurgia 1.500 5.659 7.159
Mineraçào/cimento 2.799 4.181 6.980
exeir-imní,n ma’or 110 normnte 10.060
' (i 1998- quando não Saneamento ambiental 4.981 15.041
¦‘uutrapassarl,5%. seguin Total 60.765 154.168 214.933
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