Page 16 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1997

0 discurso de Sérgio Motta

Por João Carlos Pinheiro da Fonseca

M in is té rio d a s C o m u n ic a ç õ e s te m um m a n ip u la r a ç õ e s d e s s a e s t a t a l , o xodó dos

titular que se co m u n ica. Sérgio M otta, nos investidores.

0 p ro n u n ciam en to s que faz e nas entrevistas que O M inistro pod e e sta r dando os primeiros

co n ced e, m escla política partidária, diretrizes do sin ais de q ue su a m is s ã o à fren te das teleco­

G overno, assun tos de sua própria pasta m inisterial m u n icações está ch eg an d o ao fim . Com a criaçào

e a p ro v e ita p a ra d ar re ca d o s. M as, a b em da de um a agen cia p ara as telecom unicações, outra

v e rd a d e , só diz o q ue q uer. E le m esm o já se para en ergia e outra p ara tran sp ortes, poderá estar

autodefiniu co m o alguém ousado e que por isso su rgin d o (q u em sa b e ?) o em b rião de um novo

m esm o foi co lo cad o pelo Presidente à frente da M inistério da In fra-E stru tu ra.

re fo rm a d a s te le c o m u n ic a ç õ e s . F a la n d o p or P e rg u n ta d o se o fim d o M inistério das

im pulso — eventu alm entc ele consulta um lem ­ C o m u n ic a çõ e s s ig n ific a ria um futuro voltado

brete — os p ron u n ciam en tos “ ao vivo” de Sérgio e x clu siv a m e n te p a ra su a ativ id ad e partidária,

M otta sào, pela verve, con teú d o de atualização e respondeu Sérgio M o tta co m um sorriso político:

c o m o p o r ta -v o z d o p o d e r, um s u c e s s o de “ ainda há m uito M in istério p or aí” .

au d iên cia. E le diz que apenas tom a cuidado com A seguir, um a síntese dos pronunciamentos do

in fo rm a ç õ e s q u e p o ssa m afe ta r a p o siçã o da ministro Sérgio M otta, em especial no Sernint, em Foz

T cle b rá s n as B o lsa s p a ra n ão ser a cu sa d o de de Iguaçu — onde p erm an eceu durante cinco dias.

Anatei A Anatei vai ser para é, porém , um grão de areia,

valer. Ela vai regulamentar e frente a um país que tem

fiscalizará os serviços, no uma elite concentrada.

início assumindo a Banda B.

O Presidente da República C o rreio s Está sendo lan­

sabe o que é a Anatei. A çado grande programa de

médio prazo, ela passará a m odernização dos Correi­

Anacom e o Ministério das o s, ju n tam en te com a

Com unicações acaba. N ão U n ião Postal Universal,

haverá delegacias para as ó rg ã o que entende de

unidades regionais. O Fundo C orreios. N ão acredito na

de Fiscalização das T C s - p riv atização dos nossos

Fistel será suficiente para C orreios. EU A e França

manter a Anatei. não têm correios privati­

zad os, m as p oderá haver um

Banda B O uso do espectro ia ser C om petição Os EU A vendem a sistema m isto, com concorrência

dado de graça mas agora vai gerar USS idéia de competição para fora, mas para certos serviços.

7 bilhões para os cofres do Estado. mantêm reservas para dentro

C P qD Sua vocação é para a pesqui­

Cobrança Vou cobrar dos america­ C o m u n icação dc dados E um sa aplicada. Vai ter que responder

nos para que façam cair suas restri­ grande filão ainda mal explorado e que com prazos e custos adequados aos

ções e dos europeus que liberalizem, precisa ser oferecido à população. pedidos de desenvolvimento tecno­

de fato, suas estatais, com o estamos lógico vindos da empresa privada.

fazendo no Brasil. Tivemos a cora­ Conjuntura Vivemos instante his­

gem de seguir o modelo da liberali­ tórico com restauração ética na ges­ D ensidad e telefónica Na Bar­

zação. Estatal por estatal, ainda pre­ tão governamental c com restaura­ ra da Tijuca, no Rio de Janeiro,

firo ficar com a Telebrás. ção do valor da moeda. Tudo isto atinge 70 linhas por 100 habitantes.