Page 61 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1997
P. 61
para os estudantes. E speram os outras Escola de Belas Artes
iniciativas iguais a esta” , diz. O pro
fessor acredita que a seleção de capas
A Escola de Belas Artes da UERJ
feita pela T elebrasil incentiva os estu
(EBA-UFRJ) foi fundada em 1816, com
dantes: “ A universidade está carente
o nome de Academia Imperial de Belas
d e sse s p ro je to s p a ra e s tim u la r os
Artes. Um dos cursos oferecidos é o
alunos." de D esenho Industrial, que possui
A in flu ê n c ia d as n o v as te c n o duas habilitações: Projeto de Produto
logias não é o único sinal evidente nos e Programação Visual
trabalhos. Na m aioria deles, a globa A professora Isis Braga afirma
lização tam bém está presente. D iver que a EBA-ÜFR.I tem um programa de
curso adaptado que “deriva da Escola
sos projetos de capa continham m oti
dc Bauhaus e de Ulm, que une o ensino
vos relacionados à integração dos paí
artístico ao ensino técn ico ". O
ses. m apas e. é claro, telecom unica
currículo, atualizado periodicamente,
ções. O editor ex ecu tiv o da revista.
procura o ferecer ao aluno um a
Jo ã o C a rlo s P in h e iro d a F o n seca, formação básica sólida, amplo domínio
o b serv o u q ue “o B rasil está m enos técnico, um a postura criativ a e
presente nas capas, assim com o o ele renovadora e um a visão social
v isív e l a tu a l m ento hum ano". abrangente. Os alunos têm à
m ente.“A g en R oberto C ruz constata a influência disposição diversos laboratórios e
o ficin as, com o as de fo tografia,
te pcrcehe isso da globalização, m as tem críticas ao
estamparia, madeira e cerâmica, entre
m a c iç a m e n te fenôm eno: “ bicou patente que a globa
outras.
entre os alunos, lização entrou para ficar, infelizm ente,
Apesar da grande procura no
pois 90Q deles porque existem perdas culturais nesse
v estib u lar, segundo o p ro fesso r
já p o ssu e m processo." Ele diz que dentro da pró Roberto Cruz. o curso de Desenho
c o m p u ta d o r" , pria Escola de Belas A rtes “ vê-se um Industrial da EBA -UFRJ enfrenta
afirm a. reflexo disso". M as os aspectos positi problemas. “A nível de conteúdo está
R o b e rto vos tam bém foram ressaltados, com o muito bom. mas as instalações estão
C ru / tam b ém a in teg ração atrav és da Internet. A piorando com o tem po", diz.
ressalta a in i professora Isis Braga diz que m uitos Dificuldades como falta de verbas para
a universidade acabam influenciando
ciativa tia Te e stu d a n te s p ro cu ram c o n h e c e r tra
o s cursos. Roberto ( 'ruz afirma que “a
lebrasil, “ por- balhos de outros países utilizando a re
univ ersidade vive uma carência física".
de m undial de com putadores: “( )s alu
ProP. Isis Braga, lllk’ ^ « m a
nos gostam m uito tie usar a Internet."
da EBA/UFRJ o p o rtu n id a d e
Histórico do concurso
0 concurso da THLEBR ASII. é reali capas, sob a gestão do diretor José Raul A revista teve tam bém m otivos
/ado há oito anos. A primeira capa cs- A llegreiti e dos presidentes Helvécio tipicamente brasileiros, como o quadro
colhida entre os trabalhos dos alunos da Gilson e António Carreira. “Céu do Brasil" (original: óleo sobre
^'ola de Belas Artes da UFRJ (EBA Os quadros adquiridos passaram a eucatex, 56 x 42 cm), do pintor José
^ I’K-1) loi utilizada na edição de março/ fazer parte da decoração da sede da Tele Francisco Gomes da Costa, que ilustrou
Í!,b,’i1 de 1989. Com o quadro “Objeto brasil. A liberdade artística sempre existiu, a edição de julho/agosto de 1983. O
elecoiTiunicalivo" (original: óleo sobre de acordo com a temática das telecomuni pioneirismo da Telebrás também foi capa:
cia, 50 x 60 cm), a então estudante Silvuna cações. Segundo o editor executivo da no primeiro bimestre de 1984, foi ilustrada
,)nl Mor Siciliano, de 24 anos. venceu revista. João Carlos Pinheiro da Fonseca, com uma máscara do primeiro chip do
0 concurso. a colocação de obras de artistas, cm sua CPqD.
A história das capas da TEI .ERRA maioria brasileiros, empresta personalida “Depois da fase de aquisição de
‘. ‘ ]X)d° serdividida em três fases: mici- de ímpar à Telebrasil. “Somos uma publica quadros, o presidente Antônio Carreira
‘ T m^ a produção da revista era tercei ri- ç ã o que reflete o m undo de nossos decidiu criar o co ncurso en tre os
()‘ a e as Çapas eram escolhidas conforme associados e a evolução das telecomuni estudantes da EBA-UFRJ.Com isso, a
th .• s° Ctíll°rial da matéria. Esse sistema cações brasileiras. Nada mais justo, por revista tem oportunidade de incentivar e
itserVr^ lll|ando a revista passou tanto. que nossas capas sejam um reflexo fo rtalecer o intercâm bio em presa/
S i\u l,aija na sede da Associação Bra- da grande criatividade cm nossa socie universidade," diz João Carlos Pinheiro
, 1
da Fonseca, acrescentando que “nosso
,/,a !. telecomunicações. Nesta se- dade", diz ele.
Prónr’ \SC ' as caPas eram definidas na A multiplicidade de motivos também estilo de capa, por não se tratar de uma
ria!1,V ^ssociação pelo Conselho Edito- c grande: o lan çam en to do satélite revista vendida em bancas, é uma boa
in„n t . ’sta* Esse sistema não durou Brasilsat virou capa nos meses dc selem solução editorial, além de promover o
iniCl((.' t <>,s *°£° cm seguida a Telebrasil bro/outubro de 1984. No primeiro bimestre artista brasileiro. Quem sabe se não
as iL*|! US0 (*° (clas com temas relativos dc 1984, o artista francês Henri Carrières temos em nossas capas um futuro Van
^comunicações para ilustrar suas fez a ilustração de capa da TELEBRASIL. Gogh?”