Page 59 - Telebrasil - Julho/Agosto 1997
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tituíveJ. Todos esses fatores eram enca sinais da rede celular para os usuais dos Quando usamos o rádio, não podemos
rados pragmaticamente. A rede de ca telefones fixos, com tom de discar, mais ter a telealimentação a partir da
bos era o mal necessário: cara, demora teclagem, tom de ocupado etc. de for central comutadora e precisa-se garan
da, sem flexibilidade, difícil de geren ma que o usuário use o telefone de tir o funcionamento ininterrupto do te
ciar, baixa confiabilidade e pouca se maneira completamente transparente, lefone. Para isso os ETA's devem pos
gurança contra quebra de sigilo — os não necessitando tomar conhecimen suir módulo de suprimento de energia
eternos “grampos" e “arapongas”... to se está sendo atendido por um par alimentado pela rede elétrica local e uma
de cobre ou por WLL. bateria para sua alimentação durante as
0 loop local via rádio A evolução natural do WLL condu interrupções no suprimento de energia
0 extraordinário desenvolvimento da ziu ao desenvolvimento de produtos con elétrica.
telefonia móvel celular estimulou as pes cebidos desde o início para o “radio lo Numa rede convencional, a implan
quisas, o desenvolvimento de novas cal loop ", otimizando-os para a aplica tação da rede externa compreendendo a
tecnologias e compreensão mais profun ção WLL. Assim encontramos hoje três construção das galerias de dutos, pré
da da propagação de radiofrequências categorias de produtos: os celulares fi dio, instalação dos cabos e dos telefones
nos espaços urbanos. De telefones ce xos que usam a plataforma — com nas residências e escritórios consomem
lulares móveis para celulares fixos foi interface aérea padronizada — de ser 75% do tempo do projeto, sendo os 25%
um passo natural, iniciando-se pela ins viços celulares; os RLL (Radio Local iniciais reservados à coleta de dados e
talação de telefones públicos em locais Loop) desenvolvidos especificamente projetos executivos de rede necessários
remotos que não dispunham de rede (e para o WLL segundo uma tecnologia ao início das atividades de construção.
as vezes também sem energia elétrica). padrão (como, por exemplo, o DECT) Esse é o caminho crítico dos projetos
Na periferia das metrópoles e ao lado e, finalmente, produtos com arquitetura convencionais. Todas as demais ativi
de rodovias cobertas pela telefonia mó e interface aéreo proprietários (não se dades (instalação e testes de energia CA
vel, havia milhares de potenciais assi guem nenhum standard reconhecido). e CC. comutação e transmissão) são
nantes dispersos pela área, tornando eco A arquitetura de um sistema concebi desenvolvidas em paralelo e tomam 17%
nomicamente inviável a implantação de do especificamente para WLL apresen do tempo total do projeto e que não se
uma rede de cabos. ta três partes: controladora de radiobase somam ao caminho crítico.
Desenvolveram-se equipamentos ter (que é também a interface com a centra! Em tempos absolutos, um projeto con
minais lixos de assinantes (I* I A) com comutadora), a radiobase e o terminal vencional típico tomaria cerca de 22
antenas e transceptores semelhantes aos do assinante (ETA). meses para ser implantado. Com esses
dos terminais móveis, instalados nas O telefone atendido por Wl I perdeu, prazos e os recursos humanos de rede
propriedades rurais, Essa aplicação uti entretanto, uma funcionalidade impor externa disponíveis no País, seria uma
lizava-se de um “loop” dc* assinante via tante: a telealirnentaçfio. 'Todos sabemos missão impossível a expansão da rede
enlace de rádio, dispensando o uso do que o telefone e o único eletrodoméstico brasileira em 23,5 milhões de termi
par de cobre. que funciona, mesmo quando há inter nais em sete anos (Paste). O mesmo ra
E a esta nova aplicação denominou rupção dos serviços dc eletricidade. ciocínio vale para os demais países que
se “celular lixo”, por derivar se do mv Quando há falta dc energia e as resi precisam aumentar rapidamente suas
tema móvel celular c desprovido da dências e escr itórios tornam se um caos, densidades telefônicas.
mobilidade. Surgia o embrião de uma os telefones continuam prestando servi Por outro lado, um projeto de expan
nova tecnologia: o “loop" de assinante ço, permitindo-nos, inclusive, reclamar são com WLL pode ser realizado em
via rádio! Note-se aqui a diferença do á empresa de eletricidade. nove meses contra 22 meses da solução
serviço cm relação aos antigos sistemas
de rádio monocanal. Nestes há transmis
sor, receptor, mastro e antena individu P C T - j u J u c S o v w ' j u b ü j
ais para cada assinante. Na nova
tecnologia a plataforma de transmissão 21,35 meses
e interligação com o sistema nacional é
comum a uma grande quantidade de 14 meses
assinantes, tornando o custo do termi ProjetOS(Cabos, com., (rans.,dutos, infra-estrutura)
nal mais acessível.
Originalmente esses ETA*s requeriam 3,75 meses Const./inst
dos usuários procedimentos análogos
aos dos telefones móveis celulares, que 15,65 meses
sabemos são específicos c distintos dos Rede externa (Dutos, inst, de cabos, LA’s)
telefones comuns da rede fixa. Isto re
presentava uma limitação à intenção das
Operadoras de telecomunicações, que per
desejam procedimentos e tarifas unifor o i w j ü o v i u V A
mes para os usuários ligados via par dc 9 meses
cobre ou por WLL.
A evolução mais recente da tecnologia
WLL eliminou a diferença nos procedi Const./inst.(Energia CC,
mentos do usuário. Quando se tratar de com., trans.,WLL)
^EEdo tipo “celular fixo”, a unidade
terminal de assinante (ETA) traduz os Pignra 7 Cronograma comparativo
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