Page 16 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1996

municações merece um pouco mais de cialmente a menos rentável publi- novos produtos que poderão ser lança­

reflexão e análise", mas admite não ter citariamente e é encarada pela empre­ dos em um novo ambiente de com­

dúvidas “de que é um processo de gran­ sa como um compromisso assumido petitividade". A Oesp defende modifi­

de importância para o Brasil. Poden­ com a operadora, que oficializa em cações na exigência contratual das ope­

do, inclusive, gerar novas oportunida­ compensação a sua lista de classi (Iça­ radoras de uma lista de endereços, que

des de negócios para o setor". das. O empresário comenta que não vem proporcionando um prejuízo da

A EP1L. Editora Pesquisa e Indús­ teme a concorrência de outras listas de ordem de 30%, pois custa RS 17 mi­

tria Ltda. fornece cerca de 13 listas, “classificadas”, conforme propõe a lhões e não fatura nem a metade em

sendo 12 para a Telesp e uma para a ABL, pois hoje já enfrenta duas listas publicidade.

Ceterp, de Ribeirão Preto, SP, e cobre não oficiais no município do Rio de Ja­ A Editei faturou R$ 35 milhões em

70% do interior do estado de São Pau­ neiro, cujas editoras não são obrigadas, 1994, RS 38 milhões no ano passadoe

lo, atingindo 518 cidades. A gerente como a Telelistas, a fornecer 19% de deve fechar 1996 com RS 41 milhões,

de marketing da empresa, Ester Braga seu faturamento para a operadora. A prevendo um crescimento de apenas 5%

Barcelos Gandara, vê como positivo o Telelistas defende apenas condições para o ano que vem. O presidente da

processo de transformação do setor de iguais para competir com estas outras empresa, Ronaldo Roberto Machado,

telecomunicações no Brasil, “desde listas de “classificadas”. As listas de afirma que todas as empresas do setor

que não traga verticalização das ativi­ assinantes representam no máximo operaram no vermelho ou no pomo de

dades e negócios das concessionárias 15% do faturamento da empresa. equilíbrio entre 85 e 93 e que coma

e que o cadastro de assinantes se torne estabilização da moeda trazida pelo

uma informação disponível a qualquer Expansão mais moderada plano real a lucratividade da empresa

interessado”. O mercado de listas telefônicas está em pulou de 4% para 12%.

expansão e dois fatores A Telelistas, fundada em 94. quan­

estão determinando este do editou unia lista de emergência para

A ABL defende o fim crescimento. O primeiro suprir o mercado carioca, que nos 12

do monopólio das deles é a estabilidade da anos anteriores não contava com uma

economia, que tem incen­ lista telefônica, também vem registran­
operadoras nas listas

tivado um maior número do faturamento crescente, obtendo RS
“classificadas ”, já que

de anunciantes a partici­ 15 milhões em 95, cerca de RS 25 mi­
as editoras oficiais

par das listas “classifica­ lhões este ano e prevendo RS 35 mi­

pagam um percentual
das”, e o segundo a reto­ lhões para 97.

expressivo de sou
mada de investimentos O sócio Milton Kelmanson afirma

faturam ento ás
nas operadoras, que estão que apenas no terceiro ano uma edito­

concessionários de ampliando a oferta tle te­ ra de listas começa a empatar receitae

telecomunicações lefones no pais. Segun­ despesa, sendo justificável que os con­

do dirigentes das editoras tratos com as teles tenham prazos de

Ronaldo Rotvrio hnhcim consultadas, os índices de duração entre seis e oito anos. no mi­

Presidente da ARI edal Jitcl expansão tio faturamento ni mo. para compensar os investimen­

tendem a ser mais mode­ tos iniciais leitos. Os percentuais de

rados com a estabilização lucratividade esperados para os próxi­

A Telelistas, que é a mais nova em­ da moeda, pois não existem mais os mos anos não foram divulgados pela

presa do ramo, atende a feleij apenas elevados percentuais tle inflação que empresa. Kelmanson ressalta que a

na capital do estado do Rio de Janeiro, permitiam grandes reajustes tle preços. estabilidade da moeda foi um fator de­

com cinco listas e uma tiragem global A Oesp Gráfica, por atuar no princi­ cisivo para o aumento do número de

de 3.600.000/ano. É uma associação pal mercado consumidor do país. a ca­ anunciantes.

(50% para cada) entre a Stratus Admi­ pital paulista, é uma das editoras com A Guiatel também destacou a esta­

nistração c Participações e a Volt, em­ maior faturamento, devendo registrar bilização da economia. Segundo o ge­

presa norte-americana tio setor há mais USS 150 milhões este ano. O gerente rente de marketing, Rocha Coelho."a

de duas décadas. Os sócios Milton de marketing afirma que o maior cres­ estabilidade econômica criou opções de

KcImanson c James Tompkins, da cimento tio mercado de listas ocorreu comercialização, onde prazos c moda­

Stratus, observam que as modificações entre 1994 c 1995, quando houve “um lidades de pagamentos foram criados,

no setor de telecomunicações ainda não salto em torno de 35 a 40%”. Analisa aprimorados e ampliados”.

foram consolidadas e que os maiores que 1995 foi o melhor ano do setor e Lembra que com a estabilidade da

impactos sobre o mercado tle listas ain­ que 1996 deverá registrar um cresci­ moeda “novos clientes foram conquis­

da estão por se definir. mento entre 25 e 30%. Diz que a “ex­ tados e muitos aumentaram as sua>

Tompkins observa que a proliferação pectativa para 1997 é de um crescimen­ verbas para publicidade em listas, tan­

de listas pode prejudicar o assinante, to baixo, pois ninguém acredita mais to no tamanho dos anúncios como no

que teria dúvidas sobre qual consultar, em altas taxas de expansão da receite número de inserções . A Guiatel o as

e diz que a existência de uma lista ofi­ neste mercado". Acrescenta que surgi­ demais empresas consultadas não infor­

cial contendo todos os assinantes é fun­ rão “mais competidores e a receita nãt maram seus dados de faturamento e lu­

damental. Esta lista, contudo, é cotner- crescerá mais pelo monopólio e sim poi cratividade.