Page 47 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1996
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acompanhamento da qualidade de produ
tos e serviços;
importante fator de barateamento de
produtos e sistemas de telecomunicações.
O objetivo da Normalização nào é im
perialista, mas exige soluções globais,
para mercados que garantam liberdade a
seus usuários para escolher as ferramen
tas necessárias para seu próprio progres
so.
Um modelo para o Brasil na
área de Telecomunicações
Na realidade este trilema é a grande opor
tunidade do Brasil. É a própria solução
t
de nossos problemas para as três opções. cultura í um fator integrante e re para que o modelo sugerido possa se tor
Temos de usar as três opções con flete seu povo e sua posição geo- nar funcional.
comitantemente e completarmente: política. E fonte de nossa herança Nas palavras dc Raul Colcher, pre
1J) Mercado (Normas Internacionais): social e histórica. sidente do CB21 da ABNT:
Devemos respeitar o mercado, a glo- Devemos judiciosamente selecio “Dentro da estrutura da ABNT, o
bah/ação, a modernização necessária de nar o grupo de Normas em que e im CB21, Comitê Brasileiro de Infor
nossas Telecomunicações para, através da prescindível a análise completa da mática, tem a responsabilidade de pro
adoção de Normas internacionais, cobrir ABN 1 (uma referência de excelên duziras Normas Brasileiras em Tecno
em parte o nosso “gap” tecnológico. As cia da sociedade brasileira) Vamos, logia de Informação c Xutomaçào, além
sim o nosso investimento em Normas nes destarte, escolhei as áreas estratégi de representar o País nos foros inter
ta área será pequeníssimo e o retorno c a s de negócios cm que vamos nacionais nos mesmo campos.
altíssimo. priorizar nossas estruturas comerci \ arca de Telecomunicações tem pre
Um conjunto de Normas é um patri ais industriais existentes sem atrasar sença importante no escopo do CB21. c
mônio e podemos comprá-lo pot muito o n o sso desenvolv imento. também nos esforços internacionais pri
pouco Isso representará 40% de nosso *V\ competição internacional cm vados cooperativos a caigo do ISO IEC,
atraso em Normas de rdecomunicações b ases tecnológicas, cenário que se em estrita cooperação com o trabalho
2*) Alianças estratégicas (Normas Kc apresenta ao nosso comércio exteri inteigov ernamental, a cargo da UIT.
gionais): or, exige que nossos empresários pro Recentemente, os trabalhos brasilei
Devemos, dentro de um Plano Estrale curem informações objetivas sobre ros de Normalização e certificação de
gíco, uma Política Industrial e Modelo a implantação dc Sistemas da Qua conformidade em tecnologias avança
Regulamentar definir as Alianças l stra lidade e utilização dc Normas Téc das ganharam um novo agente: o Insti
tcgicas das quais o Brasil precisa. nicas para melhoria dos níveis de tuto Brasileiro de Tecnologia de Infor
Em consequência desta decisão de Ali produtividade, que assegurem sua mação e Automação ( IBIT) irá consti-
anças Estratégicas receberemos um pa competitividade c permanente pre tuir-se em um guarda-chuva insti
cote de Normas regionais e parcialmentc sença nos mercados exteriores. tucional e operacional dos trabalhos
globais. I stas Normas (como as Normas A ABN1 - Fórum Nacional de brasileiros normativos, domésticos e de
ETSI) deverão seguir dentro da ABNT Normalização tem um papel funda representação internacional, ao mesmo
um processo específico dc Fasttrack. mental no processo dc modernização tempo cm que lança o País na indis
Com isto resolveremos mais 40% do nos do pais.*' pensável tarefa de construir um arca
so atraso na Fira tia Informação, no que bouço voluntário, privado, de certifi
concerne a Normalização. A arquitetura do sistema cação de produtos e serviços na área. "
A China conseguiu magnífico desenvol brasileiro de normalização Entre os obstáculos atuais para essa
vimento nos últimos anos graças a um organização agilização podemos contar:
esforço de Normalização baseado na O País já possui uma estrutura, Arquitetura inadequada do Sistema
internacionalização das Normas, inclusi ainda que não otimizada, de norma Brasileiro de Normalização
ve com acordos específicos com organis lização e certificação. Lentidão de processos e metodo
mos nacionais de Normalização como o As estruturas existentes : SBC logias;
DiNi Hoje 40% das Normas chinesas são ( Sistema Brasileiro de Certificação), Conscientização de sua importância;
cópia integral dc Normas internacionais RNI (Rede Nacional ele Laborató Mcrcosul, cm que perdemos a lide
c 20% são Normas DIN. rios para credenciamento e certi-w rança;
O Mcrcosul c a grande oportunidade l icação), INMI TRO(é o órgão exe Falta de priorização dentro de um
de estabelecer urna Normalização regio cutivo das diretrizes do SBC e dire Plano Nacional;
nal. tor dos projetos do SBC) c ABNT (c Pseudomonopólios e monopólios
1*) Autonomia (Normas Nacionais m o Fórum Nacional dc Normalização e acomodados;
legradasao Sistema Internacional): c um representante da ISO no Brasil) Orçamento insuficiente.
A Normalização de um país reflete sua tem de scr agilizadas e dinamizadas. Esses obstáculos dev em ser atacados /