Page 44 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1996
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CONJUNTURA
João Car/os P/nhe/ro da Fonseca
De acordo com um especialista, os
J á se comenta em seminários,do pública comutada que é com posta de segm entos de CATV e de operação te
telecomunicações é a rede de telefonia
ambiente de tevê, que suas redes
lefônica terão que definir, a longo pra
centrais telefônicas (locais e de trân
poderão — como fogo de morro
zo, qual é seu tipo de negócio. 0 im
acima — e com alguma modifica
transporte em tecnologia PDH (hierar
ção, prover a serviços interativos, como sito’), interligadas por um sistem a de portante será o serviço e não necessa
telefonia e Internet. Em outros fóruns, quia digita! plesiócrona) m igrando riam ente a tecnologia. A telev isão per
voltadas para o ambiente da telefonia e para SDH (hierarquia digital sín m anecerá, basicam ente, um serviço de
dados, prega-se que redes de fibras crona). A este núcleo vão ter os siste difusão. A telefonia e os dados tende
ópticas - como água de morro abaixo - mas celulares, os sistemas de telefonia rão a ser bidirecionais, numa comuni
terão capacidade de transportar sinais digitais e analógicos, as redes de paco cação sim étrica.
de televisão. A tecnologia das redes de tes e as rede determinísticas (E-l). Em relação a outros países, a im
faixa larga, quer para televisão ou para Na RENAV, a existência de um nú plantação da televisão a cabo no Bra
multimídia, tendem a ser iguais e por cleo ATM — uma poderosa tecnologia sil foi tardia, bem com o gradual seu
ora, ambos segmentos estão ocupados de células de tamanho fixo — conju desenvolvim ento. Em 1989. foram da
montando ou modificando suas redes. gado com os meios de transporte SDH/ das autorizações para distribuição de
Não se fala ainda em colisão e sim em PDH formarão uma plataforma multi- televisão ou dist-tv que adquiridas por
cooperação. serviços que darão suporte a coisas tais grandes grupos, m igraram para conces
como o cliente nacional com conta úni sões de tevê a cabo.
Information Highway ca e a RDSI-FL (rede digital de servi A Lei da TV a cabo, em 6 de janeiro
A Telebrás decidiu partir para sua rodo ços integrados de faixa larga). A de 1.995, autorizou os operadores de tevê
via de informação que chamou de RENAV será estruturada ao longo de a cabo a fazerem suas próprias redes e
RENAV (rede nacional de alta veloci um segmento de acesso para diversos recorrer às redes públicas, se assim de
dade), com taxas de transmissão acima tipos de serviços e outro de backbone sejassem . D o ponto de vista do sistema
de 2 Mbit/s. A idéia é prover a um capaz de dar suporte a outras redes, Telebrás, o transporte de sinais de tele
backbone formado por comutadores como CATV c RDSI de faixa estreita. visão pela sua rede híbrida, fibra-coaxial,
ATM (asynchronous transfer mo de) no Para tomar conta do acesso, a Tele aum entaria a rentabilidade dessa rede.
Rio, São Paulo e Belo Horizonte, liga brás planeja implantar uma rede óptica
dos por fibras ópticas carreando sinais primária até 1998; uma rede híbrida Faixa larga híbrida
multiplexados, em hierarquia síncrona fibra-coaxial até o ano 2.000; e ter a E m p resas o p erad o ras já começam a
(SDH) e quase síncrona (PDH). Outros fibra óptica começando a passar pelos im p lem en tar sua rede de faixa larga
comutadores ATM, com função local, domicílios. Em tomo de 2.003, os aces com tecnologia híbrida fibra-coaxial.
serão espalhados por outras capitais e sos estarão repartidos, mais ou m enos A T elebrasília instalou a sua Videorede
ficarão ligados a esse backbone. igualitaramente, entre a rede física, a e a T elebahia sua SuperNet. A Tele-
O núcleo da atual rede brasileira de rede óptica e a rede local sem fio. goiás tem p lan o s para uma rede de