Page 10 - Telebrasil - Julho/Agosto 1996
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A r e d e e x t e r n a t e r á
e x p a n s ã o a c e n t u a d a
Roosevelt Noguera de Holanda »
Lu 2 Vieira
timista cm relação ao futuro do
mercado, o segmento de enge
nharia de rede extema, confor
O me depoimentos de
diversos dirigentes de enti
dades representativas do se
tor, tende a sc expandir.
Destacam os representan
tes do setor, as expressivas mu
danças na área de telecomuni
cações. como o fim do monopo-
lio estatal, as futuras privatizações
e o surgimento de novas tecnologias —
além da disposição governamental de
investir maciçamente através do PAS
TE - como fatores fundamentais para
justificar o otimismo.
Marcelo de Abreu Rocha, diretor
/ / / A O Z / A /
executivo da Abecortcl-Associação
Brasileira de Empresas Construtoras de
Redes e Sistemas de Telecomunicações,
diz que “deve-se caminhar do cliente
único para o multicliente, o que exigi
ra uma nova postura empresarial"
Prevê uma “brutal" alteração de cul de São Paulo. Edwaldo Sarmento, de al regime de juros elev ados
tura. “pois abandona-se um modelo do seu lado reconhece que as perspectivas Carvalho, da Abecortcl. se manifes
Estado ofcrcccndo-se para comprar, de negócios na area de redes são óti ta observando que o nível dc con
através de editais, para outro onde o mas tratações dos últimos anos ocasionou
cliente tem que ser conquistado e, aci Mas critica as concorrências que li “uma quase desmobilização das em
ma de tudo, mantido”, argumenta. mitam a participação das pequenas e preiteiras". que têm agora que preocu
Rui Leme Alvarenga, presidente da médias empresas do ramo, que estão par-se “com a preparação e qualifica
Abeprcst-Associaçào Brasileira de descapitalizadas em função do reduzi ção de nossas empresas e dc seu insumo
Empresas Prestadoras de Serv iços de do volume de obras contratadas pelo maior, que é a mão-de-obra”.
Telecomunicações, acredita que com a governo durante a ultima década Rocha, também da Abecortcl. corro
nov a política de concessões do gover bora na ênfase segundo a qual foi na
no se aqueça o mercado de grandes Capitalização e adequação última década, que o setor atravessou
obras de redes elétricas e dc telefonia. A descapitalização do setor é admitida o seu pior momento, com picos e vales
Roberto Lamoglia dc Carvalho, pre por vários destes dirigentes empresari de encomendas que acabaram desfa
sidente da Abecortcl, por sua v ez afir ais Sarmento, do Sindimest. lembra zendo estruturas empresariais formadas
ma que "com a privatização do setor, que ao promover concorrências cm re ao longo de vinte anos.
seja de serviços ou do própno Sistema gime de empreitadas integrais (Tur- Criticando as concorrências que pri
Telebrás, as empreiteiras serão alta nkey), as pequenas e médias empresas vilegiam o preço em detrimento da qua
mente beneficiadas com o aumento do são excluídas c não conseguem se ca lidade. e que geraram “a proliferação
número de obras necessárias para aten dastrar na Telebrás, que exige uma boa de inúmeras empresas sem qualquer
der a grande demanda existente." situação financeira dc seus fornecedo qualificação técnica, tomando ilegíti
O presidente do Sindimest-Smdica- res. mas as competições, o dirigente afir
to da Indústria dc Instalação c Manu Ele prevê uma quebradeira dc mui ma que o regime de Turnkey das novas
tenção de Redes, Equipamentos e Sis tas empresas dc pequeno porte com a licitações impõe a fomiaçâo de alian
temas de Telecomunicações do Estado manutenção destas exigências e o atu ças estratégicas e uma maior capaci-