Page 32 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1995
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economia brasileira para apresentar um produto ou serviço. E preciso levar este só interface com a operadoras de
projeto que viabilize o uso dessas produto ou serviço ao mercado. 0 fato TCs. A Embratel não só vai otimizar
regras. Assisti, em Gramado, a uma de ser ou não estatal è episódico. a rede interna do grande usuário mas
palestra do secretário, Ricardo Saur, vai também interliga-lo com seus for
em que ele mostrou não ser possível TLB — E a propaganda ? necedores e clientes.
amarrar todas as empresas a uma mes D.P. — Critica-se na Estatal a propa
ma regra. Deverá ocorrer uma proposta ganda institucional. Estou fazendo pro TLB — O call back está superado?
bem mais inteligente e flexível do Go paganda institucional da Embratel por D.P. — Está minimizado. O tráfego
verno para modificar as atuais regras. que ela ê patrimônio do País. Está está sainte cresceu 60%) e o entrante ape
fazendo trinta anos e isto precisa ser nas 15%.
TLB — Correriam, paralelos, mono lembrado. Uma empresa privada faria
pólio e concorrência privada? muito mais. E só abrir as revistas e elas TLB — E a área de dados, relati-
D.P. Acredito que sim. Mesmo pelo estão apregoando antigüidade, tradi vamente às operadoras ?
fato de que uma empresa ser monopo ção, confiança e credibilidade. D.P. — A portaria 525 não foi ainda
lista, não quer dizer que ela não deva revogada e a Embratel tem este mo
trabalhar com eficiência. Devem ser TLB— O que é o marketing para a nopólio. Mas há acordo tácito com o
dadas condições para que os admi Embratel ? Ministério de que esta Portaria deve
nistrador possa agir evidentemente D.P. — Vamos situar a Embratel. Ela é ser alterada e estamos procedendo
dentro das regras próprias ao dinheiro uma empresa atacadista. Quem são seus aos estudos para as interligações com
público que utiliza para tornar a principais clientes? As grandes opera as operadoras. Meu problema é com
empresa a mais eficiente possível. doras, a Telerj, a Telesp, a Telepar, a os clientes. Se eles forem atendidos, o
Telemig e as grandes corporações resto temos que resolver internamente
TLB — Investimentos para 95? nacionais e m ultinacionais que a
D.P. Estamos investindo quinhentos Embratel atende com redes corpora TLB — Como a Embratel ajuda o
milhões de reais. Já realizamos em tor tivos O marketing da Embratel deve ser social?
no de 60% desse orçamentos. Os maio dirigido a esses dois tipos de clientes. D. P. O social da Embratel é indireto.
res projetos foram os do satélite B2 além Na medida em que a Embratel conseguir
dos troncos ópticos Rio-Fortaleza, Rio- I LB — Poderia nos dar um exemplo? dar serviços corporativos a preços me
Belo Horizonte, São Paulo-Belo Hori D.P. Deve haver um marketing mais nores e Jazer parcerias para soluções
zonte e Belo Horizonte-Brasília-Goiánia de planejamento, com a coordenação especializadas para seus clientes fazen
da Telebrás, é claro, para sentarmo-nos do com que eles também dêem serviços
TLB — E as centrais de trânsito? junto ás operadoras e estabelecermos a custos menores, estaremos reduzindo
D.P. Este é um problema que nos um planos de negócios. Tais planos o custo do Brasil.
aflige atualmente por (/ue com a demora visam estabelecer sistemas de teleco-
das contratações dessas centrais e com municaçoes, nacionais e internacionais, TLB - Suas palavras finais ?
a desindexação da economia está ocor para atender aos mercados dessas D.P. A Embratel está se preparando
rendo um atraco. Por outro lado, em re empresas, como a rede inteligente que para competir e para valer.
lação ao ano passado, tivemos um é muito importante para o sistema
aumento de 28% no tráfego da rede na Telebrás. Ela é um exemplo claríssimo TLB — Sobre a Telebrás?
cional e de 68 % no tráfego internacio para onde dirigir nosso marketing. D.P. - Sua atuação tem sido, ao longo
nal sainte que está sob nossa responsa dos anos, normativa e coordenadora do
bilidade. Precisamos, portanto, que essas TLB — E o marketing para o cliente planejamento geral e até específico dos
contratações sejam feitas rapidamente. privado? sistemas de tes, além de ser a empreso
D.P. Para as corporações, nacionais controladora.
TLB — Para 96 ? e internacionais, o marketing deve ser do
D.P. O grande projeto nosso con tipo dirigido. Do atacadista para seu TLB — Á Embratel pensa em contra
tinua sendo a primeira etapa dos tron cliente grande, explicando quais os pro tar mais gente?
cos ópticos e uma ampliação, até de dutos e serviços disponíveis e como eles D.P. — Não acredito. Temos um
maior porte, das centrais de trânsito. podem beneficiar o cliente. Explicar como problema localizado. Se refere ao cen
eles podem reduzir o custo das telecomu tro telefônico manual de telefonia in
TLB — O congestionamento observa nicações que está cada vez mais alto pa ternacional da Embratel, em São Paulo,
do tem causa na Embratel? ra as corporações e as obrigam, por um com consequente queda da qualidade
D.P. Não; eu diria que a qualidade lado, a otimizar seus sistemas e por outro deste serviço internacional manual
de um serviço é a de seu conjunto, en a procurar entrar no negócios das teleco Enquanto não entrar este centro ma
volvendo vários participantes. Temos municações, verticalizando o seu negócio nual em São Paulo, não dá para en
tido alguns troncos de microondas um trar em ação o novo centro manual no
pouco saturados mas os cabos ópticos TLB — A Embratel só quer ser Rio de Janeiro que ainda opera numa
vão resolver logo esta situação. transportar TCs? estação antiga.
D.P. — Quem quer ser só um cano,
TLB — Uma empresa estatal pode ter entra pelo cano. (risos) A Embratel TLB — Vai haver mudanças ?
marketing? tem que ser prestadora de serviços. D.P. — Estamos pensando em fazer uma
D.P. Não só pode, como deve. Numa Para um grande cliente, a Embratel re-estruturação organizacional no
estatal ou numa empresa privada, o não fará varejo estadual, mas como Embratel que deve aumentar a nosso
marketing continua sendo o mesmo. no mundo inteiro, as corporações eficiência e liberar mão de obra. I amos
Você tem um cliente, um mercado e um gostam de “one-stop shopping ", uma fazer a nossa re-engenharia.