Page 26 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1995

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foijou-sc uma geração nov a de pro­ Fruto das mudanças constitucionais da Telebrás c \ meulada ao Ministério

fissionais que hoje colaboram na ges­ c em nova fase de sua existência, das Comunicações. A vocação da

tão de grande número de empresas caberá agora à Embratel competir fora empresa, expressa pela natureza dos

do setor de Cs". do regime dc monopólio e para isto serviços que presa, é nitidamente a

A Embratel por sua estrutura, ao precisara contar com grou semelhante da integração nacional c da projeção

carrear o tráfego de longa distância e de liberdade que possuem seus compe­ das telecomunicações do Pais. no

internacional, tem se rc\ ciado uma tidores na iniciativa privada algo a âmbito internacional.

verdadeira “galinha dos ovos de ser dificilmente conseguido na pratica. Apesar dc sua complexidade, nlo

ouro" para o sistema Telebrás. Em Nào será a Embratel a única empresa a e difícil descrever a Embratel Ela c

1985. por exemplo, com um imobi­ modificar sua trajetória. Empresas uma prestadora dc serviços que anta

lizado equi\alente a 17% do sistema como AT&T, Francc Telecom e NTT, em comunicação de dados, dc textos,

• Telebrás. a Embratel gerou 53% da para só mencionar algumas, passaram dc voz cm conjunto com as empresas

receita da receita total do sistema. De e com sucesso por tais desafios. de telecomunicações dc âmbito esta­

cada 100 unidades monetárias cursa­ Como bem afirmou o atual presi­ dual. dc som c imagem, transportan­

das por suas redes, no ano de 1985 dente da Embratel. engenheiro Dilio do os sinais dc emissoras dc rádio

(representativo de uma situação tí­ Penedo, ao traduzir a dualidade so­ c televisão, telemática c também

pica). a Embratel reteve 27 e trans­ cial que permeia a economia brasilei­ comunicações marítimas.

feriu diretamente 59 unidades, sob ra, “todos entendemos que o mono­ A operação da Embratel funciona

forma de tráfego-mútuo e aluguel de pólio da exploração dos serviços das a partir dc um sistema nacional c dc

meios para as operadoras estaduais telecomunicações será substituído um sistema intcmucional de teleco­

de telecomunicações. por um modelo que permitirá uma municações. O sistema nacional c um

O relacionamento da Embratel. da suplcmentaçâo dc investimentos conjunto de meios de comunicações

Telebrás c das operadoras estaduais por parte do setor pnvndo. Temos que pode ser visto por múltiplos en­

— estas mais em convívio com a que dar satisfação superior a nossos foques. Segundo uma primeira pers­

massa da população — nem sempre clientes e responder às necessida­ pectiva. este sistema se compõe dc

foi harmônico. Durante longo pe­ des tanto do povo brasileiro menos uma rede básica que compreende

ríodo, a Embratel lutou para nàoabnr favorecido, quanto dc nossos clientes as instalações c facilidades orientadas

mão do monopólio das comunica­ mais sofisiticados". para cada classe dc serviço. Sobre

ções de dados e só mais tarde, cm este sistema estão constituídas a rede

1991, admitiu colaborar com as ope­ Criação nacional dc telefonia, a dc telex, as

radoras estaduais que, afinal, tinham A Embratel teve sua criação autori­ redes de comunicações dc dados

clientes locais a atender e queriam zada pela Lei 4.117 de 27 de agosto Eransdata e a rode nacional dc

uma parte desse importante seg­ dc 1962 e foi constituída em 16 de pacotes, ou Renpac. as diversas redes

mento das telecomunicações. Algu­ setembro dc 1965. Em 18 de agosto telemáticas, a rede nacional dc televi­

mas dessas atitudes deram oportu­ de 1972, foi transformada em socie­ são e n rede nacional de estações

nidade para que o atual ministro das dade dc economia mista, subsidiária costeiras, ou Renec.

comunicações. Sérgio Motta, viesse

a falar de “concorrência predatória”,

onde haviam “projetos conflitantes

em que os interesses da sociedade

eram esquecidos".

Os quadros da Embratel também

opuseram forte resistência para que

não se desse a abertura virtual do

monopólio das telecomunicações,

fora do quadro democrático do que

manda a Constituição. Os emprega­

dos chegaram a abraçar de mãos

dadas a sede da empresa, no Rio de

Janeiro, num gesto público e notório

de protesto contra medidas que não

julgavam constitucionais. O ministro

Sérgio Motta declarou publicamente

que — mesmo com a queda do

monopóliodas comunicações a

Embratel não deverá ser privatizada

por ser considerada estratégica, in­

clusive como para a execução da

política nacional dc satélites.

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