Page 54 - Telebrasil - Julho/Agosto 1994

PERFIL

ovas tecnologias, como a das muito para desenvolver" - observou

fibras ópticas, geram novas com entusiasmo para a TELEBRASIL.

Noportunidades de negócios para o diretor-adjunto da AGC, Rubens

quem está atento ao mercado. A AGC Ramalho, um engenheiro formado

Optosystems é um bom exemplo desta pelo ITA e que trocou uma tranqiiila

tendência. Especializada na revenda aposentadoria dada pela Telesp pelo

de sofisticados equipamentos eletro- retorno à atividade empresarial.

ópticos para telecom unicações, a Com tecnologia norte-americana da

AGC hoje se volta para a progressiva Laser Precision, fornecedora do kit

industrialização e nacionalização básico, a AGC Optosystems passou a

desses mesmos produtos, com o que nacionalizar fontes eletro-ópticas para

fez ressurgir uma antiga vocação da uso em TCs e em instrumentação e

empresa para a manufatura eletrônica. destacou-se em refletrometria, uma

Há oito anos, um grupo de engen­ técnica utilizada na supervisão e ma­

heiros da Unicamp e da Faculdade nutenção de redes ópticas.

Mauá se reuniu para fabricar moni­ A empresa deu até palpites para

tores de video, dotados de controle aperfeiçoar produtos originais vindos Rubens Ramalho, diretor da AGC.

automático de ganho ou automatic

gain control-agc e assim nasceu a

AGC.

Uma empresa 100% brasileira -

apesar do sócio majoritário atender de fora. A Laser Precision gostou

pelo nome de Jonas Trunking - ela “Parcerias tanto do arranjo com a AGC que lhe

faturou cerca de US$ 10 milhões (val­ deu a representação de seus produtos

ores de 93) gerados por uma equipe de nos dão para toda a América do Sul e lhe en­

apenas 30 pessoas. Na sua trajetória tregou a supervisão das vendas no

para o sucesso, a AGC acompanhou o know-how a México. O laboratório de aferição da

surgimento da manufatura tle fibras AGC' é um dos poucos que a Laser

ópticas no Brasil e passou a fornecer Precision credenciou no mundo.

equipam entos especializados tia baixo custo ” A AGC adotou estratégia seme­

Indústria de Instrumentação Opto- lhante junto à empresa York para a

elctrônica para o CPql), Braccl e montagem local de clivadores eletrô­

ABCXlal e lambem para a fábrica de nicos, uma solução em que os cli­

mísseis da Avibrás, em São José dos vadores acabaram saindo mais baratos

Campos (SP). aqui que os produtos originais impor­

“Na nossa empresa, a simples tados da Inglaterra. E a direção da

representação de produtos está dando AGC está em negociações internacio­

lugar á sua nacionalização e fabricação nais com o grupo japonês da Sumi­

local bem como á prestação de assis­ tomo para a fabricação local de má­

tência técnica especializada. Com isto quinas de emenda para fibra óptica.

estamos queimando etapas e absor­ Em arranjo com a Telebrás, a AGC

vendo uma tecnologia que nos custaria está iniciando a manufatura de dispo­

sitivos para acoplamento de sinais

ópticos - drop passivo - que pretende

colocar no mercado internacional. A

AGC ainda é uma das fortes candi­

datas à fabricação de amplificadores

eletro-ópticos com tecnologia do

CPqD.

Na área de sistemas, a AGC Opto­

systems já vendeu para Furnas e para

a Telesp quatro sistemas de transcep-

tores ópticos analógicos e está concor­

rendo - juntamente com empresas do

porte da NEC - para o fornecimento

do sistema de supervisão do tronco

OTDR produzido com tecnologia Máquina de emenda da Sumitomo, óptico da Embratel entre Rio e Sâo

íUi Laser Precision. vendida pela AGC Paulo. (JCF)