Page 9 - Telebrasil - Maio/Junho 1994
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para transportar sinais “por atacado".
Nos EUA, uma única fibra óptica pode O q u e f a z a c o m p r e s s ã o d i g i t a l
carrear, por exemplo, 77 canais de tele
visão, a distâncias de 25 km, com A grande agitação do momento é a (single channel per carrier) uma estreita
relação sinal/ruído de 49,5 dB, a um compressão digital do sinal de televisão, faixa do transponder é alocada a cada por
custo de US$12 mil. uma idéia antiga. Na compressão, só se tadora de subida. Para os mais voltados
transmite a informação essencial do que para a técnica, o sistema utiliza chavea-
muda de um quadro para outro. O sinal mento por desvio de frequência em qua
Tudo é Válido “comprimido ” ocupa menor faixa passan dratura (QSPK) e algoritmo de compressão
te dos meios de transmissão. No caso do com base em transformadas de coseno dis
Adalberto Vianna, da NetBrasil uso de sa télite, m ais canais d ig ita is creto (DCT) adaptada ao movimento da
(G lobosat), lembrou ter sido sua comprimidos caberão num mesmo trans imagem.
empresa a primeira a utilizar codifi ponder. A compressão de sinais de tele A TVA do grupo Abril está aplicando
cadores endereçáveis no Brasil, em que visão tem um âmbito de variação que vai com pressão ao p a ssa r de dois canais
a central emissora pode enviar men de 2:1, para o caso de televisão de alta analógicos para seis canais digitais com 2
definição, até 10.1 para o âmbito da tele transponders do Brasilsat. Nos EUA, a
sagem a um assinante em particular e
visão executiva. General Instruments, a AT&T, o MIT, a
disse que as técnicas de distribuição de
A empresa norte-americana, General Zenith e o consórcio Philips, Thompson e o
sinais são todas válidas. Em relação ao Instrument, acaba de lançar o sistema de centro de P&D David Samuel se uniram na
satélite Brasilsat ele lembrou que ele com pressão d ig ita l com criptografia, Grand Alliance, em torno de uma proposta
acomoda por transponder, até dois ca DigiCipher, que já prevê a televisão de alta única de padrão ao ECC para Televisão de
nais de teve, sob forma analógica, que definição, o som tipo CD e a transmissão A lta D efin ição (H DTV). O sistem a
podem ser captados por parábolas de de dados. Na versão MCP (multiple chan DigiCipher II, da GI com chip da M oto
3m de diâmetro. nel per carrier), o sistema combina até 10 rola, é compatível com o padrão de com
O Brasil tem cerca de um milhão de canais distintos de tevê num simples enlace pressão de vídeo da M PE G -2 (M otion
de subida ao satélite. Na versão SCPC Pictures Expert Group).
antenas parabólicas olhando para o
céu, o que representa um imenso mer
cado potencial para a iva, via satélite.
A transmissão direta de sinais digitais
de televisão digital, via satélite, requer No caso do Brasil, com uma varie Outro tator marcante no panorama da
o uso da banda Ku para se conseguir dade de perfis urbanos e de níveis de televisão por assinatura é o da legis
antenas de pequeno diâmetro no solo, renda, irá predominar, a curto prazo, a lação. O Ministério das Comunicações
da ordem de 50 a 60 cm e os satélites implantação de sistemas MMDS con baixou Portaria permitindo a distribuição
Brasilsat BI e B2 não possuem banda correndo com as redes de cabo. A re mas não a geração - de sinais de tevê
Ku, o que poderá acontecer num próxi cepção de TVRO continuará até surgir ou “dist\". Emitidas algumas licenças, o
mo Brasilsat B3. Em resumo, acha o a DTH. A televisão aberta, convencio processo ioi depois suspenso. O merca
especialista da NetSat que o sistema nal. que e de boa qualidade irá comi do reagiu. Uma licença para “distv" que
DBS ainda é incipiente e que a tele nuar poi longo tempo alem do fato que custava US$20 mil, hoje, vale da ordem
visão digital ainda está no forno. ,i tva tem por obrigação distribui los. A de US$ 4 milhóes. A Portaria 043/94
Ainda na opinião de Vianna, bem médio prazo, a distribuição se dará (1)0 16.02.94) liberou a faixa de 2,5 a
como de outros especialistas, o atual com recepção de cabeça de rede, via 2,69 Cill/ para operadores de MMDS
desafio da teve por assinatura não é satélite, e entrega de sinais para arqui (distribuição por radiodifusão) aos ope
mais o da tecnologia e sim o de bem tetura 1 TN ou difusão MMDS radores que assim o desejassem.
utilizai os mais de 500 canais poten
cialmente disponíveis em fibra óptica.
“E o mercado dos assinantes c não a
engenharia que vai decidir qual a tec
nologia disponível mais adequada”, ? cabeçal (headend) ponto do rocopçào do ? mmds (rnultichannel microwave distribution
programação a sor ontroguc ao sistema de dis
concluiu o especialista. tiíbuiçáo. No caso do sinais, via satélites, pará Service) - serviço de geração e distribuição
Com ele concorda, Antonio Barreto, bolas de 4,5 a 9,0 m recebem sinais de satéli multicanal, multiponto, utilizando microondas
ou uhf. O sistema de 33 canais de tevê (de 6
da TV Abril, ao dizer que os diversos tes, convertidos para faixa de 0,95/1,45 GHz, MHz cada) são irradiados a 2,5/2,7 GHZ e o de
com separaçào o reagrupamento de canais 44 canais a 27,5/29,5 GHz, no padrão ameri
tipos de sistemas de distribuição con para envio mmds ou po cabo. cano, com antenas de recepção de 0,5 a 0,15
vergem e se complementam e que a ? cabodifusão difusão de sinais por meio m O sistema requer uma antena por residên
ênfase a ser dada é quanto aos serviços sólido por analogia à ideia de ródiodifusáo, em cia ou distribuição por cabo E apelidado de
que o sinhal vem "pelo ar". "cabo, via radio*.
oferecidos ao cliente. Dentre estes, ele
? codificação sistema que torna os sinais de ? programação - pode ser recebida pelo ar ou
citou pagar apenas pelo que se quer
televisão ininteligíveis salvo posse de chave por terminal de satélite, ou ter geração
em inglês pay per view' a progra decodificadora. própria, ao vivo, ou de arquivo óptico ou mag
nético.
mação interativa e o enlace bilateral ? dbs (direct broadeasting satellite - satelite de
entre assinante e emissora. A resposta difusão direta para sinais de televisão com ? tvro (television receiving only) - recepção
recepção individual de assinante. 11,7/12.2 doméstica de sinal de televisão, via satélite,
do assinante de tevê pode ser feita via GHz). compreendendo antena parabólica, amplifi
telefone um meio pobre mas exis ? distv (distribuição de televisão) - serviço em cador de baixo ruído, conversor, receptor e
decodificador (se for o caso). Recepção de
tem outras possibilidades de retorno de que sinais de televisão são distribuídos, mas tevê, no Brasilsat, com banda C (3,7/4,2 GHz),
informação, via cabo e ate via rádio. não gerados, entre assinates. pedem parabolas da ordem de 3m, no Nahuel,
Dentre as tendências futuras, Bar ? dth (direct to home tv) - televisão, via sa na banda Ku (11,7/12.2 GHZ), parábolas sao da
télite, dirigida diretamente ao domicílio, com ordem de 40 a 60 cm.
reto citou o maior uso da digitalização dezenas de canais. A ser recebida por antena ? tva (televisão por assinatura) - assinantes
c da compressão de sinais; a arquitetu de pequenas dimensões. Quanto mais potente, subscrevem canais de televisão codificados.
mais dirigido o feixe e mais elevada a frequén
ra de redes com fibras chegando ao nó cia do sinal do satélite, menor as dimensões da ? pay-per-view sistema em que o assinante
do bairro, com distribuição local cm antona. escolhe um cardápio de programação e paga
apenas pelo que vê.
estrela {fiber to network ftn )\ o ? itfs (Institutfolnal tv fixed Services - dis
aparecimento da difusão MMDS bidi tribuiçáo de tv, nos EUA, via microonda, volta ? catv (cable tv) televisão a cabo em que a
-
do para uso educativo, assim como o mmds é distribuição de múltiplos canais de tevê é por
rccinal ou iterativa; e a vulgarização da voltado para uso comercial e o "ofs" é opera um meio físico de transmissão que chega até o
D m tional fixed service. assinante.