Page 8 - Telebrasil - Maio/Junho 1994
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C o m o s e d i s t r i b u i u m s i n a l d e T V
Reportagem: João Carlos Pinheiro da Fonseca
xistem três técnicas principais cobertura e no número de canais. A di Quando se trata de rede física - fi
para distribuir sinais de televisão fusão direta via satélite (direct to bras ópticas e cabos coaxiais - o desa
por assinatura (tva). São elas home-DTH) é uma tecnologia impecá fio é a arquitetura ótima para que o si
denominadas, MMDS (multichcinnel vel mas, por ora, de alto custo opera nal chegue ao assinante final. Numa
microwave distributions system), DBS cional e o que se tem ainda é TVRO delas, a fibra é a espinha dorsal da re
(direct broadcasting tv) e por cabeação (tv receiving only) com sinais analógi de. Outra solução é levar a fibra até um
física. Podem ser utilizadas individual cos. nó, cada vez mais perto do assinante e
mente ou para formar redes híbridas. Ainda que custos médios sejam difí daí prosseguir, com distribuição em
A distribuição de sinais de televisão ceis de definir, uma instalação de estrela utilizando cabo coaxial. A me
pressupõe sua multiplexação e trans mmds custa entre US$300 a 500 por lhor opção será dada pela economia da
m issão. Na técnica MMDS (vide assinante, a de cabo US$700 a 800 - rede com base no custo do hardware
glossário) sinais de televisão são orga duplicando se houver muito repetidor. necessário. A fibra óptica é excelente
nizados, lado a lado, ao longo de uma
banda básica e são irradiados em bloco
na faixa de microondas. O efeito, para
o assinante, é idêntico ao de um uma B r a s i l L i n k 9 4 ( f e i r a )
transmissão por cabo sólido, com a
diferença que o sinal vai pelo ar. O
cabo sólido - fibra ou cabo coaxial -
tem capacidade de transmissão maior Roncais
que o sistema mmds c já se fala na BAíCH ^ EXTEND^
possibilidade de centenas de canais. DOtlu* tt“*!**)
Sistemas práticos, por cabo, permitem OKJOMuqc
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faixas passantes de 552 MHz e 78 ca IJS&OG»*
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nais analógicos de televisão.
A captação de sinais, via satélite, é
feito com o auxílio de parabólas para
uso domiciliar ou para ser redistribuí
do, local mente (vide no glossário os
verbetes tvro e dth). Cada tecnologia
de distribuição de sinais de televisão
privilegia determinada situação. O ser
viço mmds é de implantação mais rápi
da e requer menos investimento que
uma rede de cabo, mas carreia da or
dem de apenas 20 canais, um problema
a ser resolvido com a compressão digi
tal de sinais de televisão.
Em áreas de alta densidade residen
cial e quando o projetista conhece o
deslocamento migratório de seus assi
nantes a distribuição por cabo é mais
indicada. O sistema MMDS, que sur
giu nos EUA em 1983 e hoje está espa
lhado em mais de 40 países, se aplica
31 CHANNU 2 T0*S YIAK
em localidades médias e pequenas e é •UCROWAVí TV
»«¦»717-474-4751
um complemento do sistema a cabo. A COVfRAGE w «.717-474-544»
1/10 THI COST M0UHTAWT0F, P',
distribuição, via satélite, é para regiões 0f WtRED CAIU USA 1 1 7 0 7
onde há baixa densidade populacional
c para assinantes na periferia das gran
des cidades.
Em resumo, a distribuição por cabo
ou fibra óptica tem alto custo de im
plantação, alta capacidade de transmis
são, mas não se pode errar na geografia
da expansão. Na difusão MMDS, o in
vestimento é baixo, mas há limites na