Page 11 - Telebrasil - Março/Abril 1994

vir de parceiros, como empregados

(FGTS) e até fabricantes de equipamen­

tos. "Não faltam recursos, mas sim a

vontade política de aplica-los", disse Três posicionamentos:

Alencaslro, em meio a aplausos, na ( E - D ) Jorge Bittar.
José de Alencastro e
Telexpo. Silva e Luiz Carlos

Já o Movi mento em defesa da Telebrás, Bahiana.

promovido pela associação dos funcio­

nários do CPqD e pelos sindicatos dos

pesquisadores e dos engenheiros de SP, é

adepto do "monopólio natural" das TCs,

por ser esta a forma mais eficiente de

exploração. Para o Movimento, as pres­

sões privati/.antes provêm de corporações

de âmbito mundial que preferem uma só

fonte para suas comunicações, com tari­

fas livres dos subsídios da telefonia soci­ concelos, levou para o espaço cultural da extremamente centralizada em suas deci­

al. No Brasil, o sistema Telebrás recupe­ Câmara em Brasília, defensores do fim sões. Ele defendeu o contrato de gestão,

rou os primitivos 2 telefones por 100 do monopólio da União das telecomuni­ criticou o personalismo e o utilitarismo

habitantes que herdou da iniciativa pri­ cações, vestidos de camisetas com os nas estatais e afirmou que são os agentes

vada, mas está sendo prejudicado por dizeres "Não Funciona", contando com a que querem explorar a telefonia celular

decisões governamentais que o restrin­ presença séria (de terno e gravata), do que pressionam contra o monopólio.

ge. Em países desenvolvidos que já têm deputado Renato Johnson, ex- presiden­

serviço universal, o regime de competi­ te da Telepar. O engenheiro Joel Simão, da SID, ao

ção, como na telefonia celular, pode ser
defender parcerias para o sistema

saudável, mas aqui é cedo, argumentou o O empresário I a j íz Carlos Bahiana, hoje Telebrás, lembrou a pujança do cresci­

Movimento. também consultor, considerou não ser útil mento das telecomunicações pessoais, via

polemicar sobre estatizaçâo e privatização radio celular, que vão atingir 90 milhões

Sebastião Alpha, do Instituto Brasilei­ são apenas vocábulos - bastando apenas de usuários, nos EU A, até 1997. Ele disse

ro para o Desenvolvimento das teleco­ uma microcirurgia constitucional que per­ que serão necessários US$ 530 bilhões

municações IBDT, galhardamente de mita «u) monopólio, conceder serviços a ate o ano 2000 para elevar a densidade

fendeu na Telcxpo'94, o fim do monopó outras entidades privadas. () vereador Jor­ media mundial para 14,5 telefones por

lio, na prestação dos serviços públicos de ge Bittar (Ff RJ), engenheiro da Embratel, cem habitantes. A Telebrás precisaria de

telecomunicações e frisou que "olnstitu lembrou que os países desenvolvidos já US$10 bilhões anuais e só tem capacida­

to não deseja a privai i/açâo das empresas alcançaram as TCs para a maioria de sua de de gerar cerca de US$3,5 bilhões. O

estalais c sim o regime de competição na população. Já, no Brasil c preciso fluir investimento que a Telebrás faz no CPqD

prestação dos serviços". A entidade pre recursos entre diversos serviços e regiões é da ordem de US$ 100 milhões, cerca de

ga a atualização do Código Brasileiro de geográficas. Para Bittar, a empresa pública vinte vezes menos do que a Alcatel fazem

Telecomunicações; a criação do Contei, pode ter eficiência c lucro mas hoje está P&D. Mas investir US$3 a 4 bilhões.

no modelo do I CC norte-americano, para

manter a justa competição entre as em

presas prestadoras de serviços; a licita­

ção pública para concessão de serviços N ú m e r o s q u e n ã o m e n t e m

básicos de TCs em áreas não atendidas;

e a permissão para os demais serviços. () U n iã o In te rn a c io n a l d e T e le c o m u n ic a ­ ú ltim o d a d o c ita d o p e la T e le b rá s , fic a n a s itu ­

IBDT é financiado, dentre outros, pelo A ç õ e s U IT , u m o rg ã o d a O N U , a c a b a d e a ç ã o in te rm e d iá ria d e 8 ,3 lin h a s te le fô n ic a s

Unibanco, Odebrceht, Splice, Bradcsco, d iv u lg a r (março de 9 4 ) q u e o m u n d o p o ssu i p o r c e m h a b ita n te s. N u m e x e m p lo d e c o n c e n ­

Globopar, Monteiro Aranha, gupo Arbi 5 7 5 m ilh õ e s d e lin h a s te le fô n ic a s , re p re s e n ­ tra ç ã o m u n d ia l d e re c u rs o s , a E u ro p a O c id e n ­

ta n d o u m m e rc a d o d e U S $ 5 5 3 b ilh õ e s. D e ste tal d e té m 3 1 % d o s te rm in a is te le fô n ic o s, os
(Moddata) e o Estado de São Paulo.

m e rc a d o , 2 2 % o u U S $ 1 2 0 b ilh õ e s sã o p a ra a E U A 2 5 % , o J a p ã o 10% e a c e n te n a d e p a íse s

in d ú stria d e e q u ip a m e n to s d e T C s e o s re s ta n ­ re s ta n te s , in c lu s iv e o B ra sil, re p a rte m o s 3 4 %
O assunto do monopólio das TCs, a tes 7 8 % c o rre s p o n d e m a o s e to r d e se rv iç o s. re s ta n te s .

todos apaixona. Em resposta a um anún­

cio do IBDT na televisão, em horário A s d e z m a io r e s o p e r a d o r a s m u n d ia is , N a a re n a in d u stria l, o fa tu ra m e n to d e U S $ 8 5

nobre, que diz que "a televisão chega to ta liz a m 2 4 2 m ilh õ e s d e lin h a s te le fô n ic a s c b ilh õ e s, e m 1993, se d istrib u i p e la p rim e ira

g e ra ra m U S $ 2 4 2 m ilh õ e s, c m 1993. U m a d e ­ c o lo c a d a A lc a te l (U S $ 1 9 .3 B ), se g u id a d a
onde o telefone não chega", José Nunes

las é a ja p o n e z a , N T T (U S $ 51 m ilh õ e s). A s S ie m e n s (U S $ 1 1 .9 B ); A T & T (U S $ 1 0 ,8 B )
Camargo, por longos anos dirigente da
o u tra s c in c o sà o n o rte -a m e ric a n a s , A T & T N o rth e rn ( U S $ 8 B ); E ric s s o n (U S $ 7 ,7 B );
CTB c da Pelei j, retrucou na grande (U S $ 4 0 M ); B e ll S o u th (U S $ 1 5 M ); N y n c x M o to ro la (U S $ 7 ,7 B ); N E C (U S $ 7 ,6 B ); B o sc h

imprensa que se "não há telefone em (U S $ 1 3 M ); G T E (U S $ 1 3 M ); e B e ll A tla n tic (U S $ 5 ,2 B ); F u jits u (U S S 3 .7 B ); e P h ilip s

Tabua, como citado na propaganda do (U S $ 1 2 M 0 ). A s q u a tro re s ta n te s sã o e u ro p é i­ (U S $ 3 ,4 B ). O s m a io re s c re s c im e n to s , e m r e ­

IBDT, em compensação há telefones as: a a le m ã , D B P T e le k o n (U S $ 3 5 M );a in g lê s a , la ç ã o a 1992, fo ra m d e v id o a o s siste m a s c e lu ­

em Tabapuã, Tabira, Taiaçu, Taió, B T (U S $ 2 3 M ); a F ra n c e T e le c o m ( U S $ 2 3 M ); la re s, c o m v e n d a s a o s p a íse s e m d e s e n v o lv i­

e a ita lia n a , S IP (U S $ 1 7 M ); m e n to , n o c a s o d a M o to ro la (1 9 ,3 % ) e c o m as
Taiuva, Tucunduva, Tuntum e outras
v e n d a s d o G S M d ig ita l n a A le m a n h a , n o c a so
localidades, e que graças ao Brasilsat da A m é d ia m u n d ia l d e lin h a s te le fô n ic a s p o r d a S ie m e n s (1 3 ,3 % ). S e rv iç o s re p re se n ta m

Embratel lá chega a TV". E a discussão 10 0 h a b ita n te s é d e 10. O s 2 4 p a íse s m a is rico s m a is d e trê s q u a rto s d o m e rc a d o d e p ú b lic o d e

continua. A frente parlamentar pela de (O C D E ) tê m 4 9 te le fo n e s p o r c e m h a b ita n te s te le c o m u n ic a ç õ e s c o m u m turnover d e

mocrati/ação das telecomunicações, li­ e o s re s ta n te s a p e n a s 3 ,5 . O B ra sil, c o n fo rm e U S $ 4 1 5 b ilh õ e s.

derada pelo Deputado Alofsio Vas