Page 13 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1993
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te decisivo para a corporação — e Debates rifas para televisão são elevadas, dis
atendeu a um convite da M arconi por se que a ligação óptica Rio-São Pau
tuguesa (vide matéria seguinte) com Renato Archer atendeu a pergun lo vai baratear seu transporte, mas
quem já tinha uma aliança histórica. tas do presidente da Telebrasil, Luiz não se comprometeu em baixar os pre
A Embratel mantem uma estação ter Carlos Bahiana e do vice Lázaro José ços de tevê, via satélite.
rena em Cintra (Port.) que lhe dá co de Brito; dos conselheiros João Fer Cuidadoso ao falar do desreera-
municações com a Ásia. O consórcio reira Durão, Lenine Rocha, Márcio mento das TCs (tenho três níveis aci
vai disputar a im plantação de 300 mil Machado Rabello, Jorge Marsiaj e Ro ma de mim), o presidente da Em bra
terminais no Uruguai, sob em présti berto Kresch; e do editor da Revista tel preferiu falar da experiência em
mo do BID e poderá até fazer consul Telebrasil, João Carlos Fonseca. outros países. Nos EUA, o desregra
toria para a China. O Uruguai teve O palestrante disse ter falado com mento significou uma operação lucra
suas telecomunicações privatizadas e o governador paulista, Luiz Fleury, tiva, mas o presidente democrata BilI
novamente estatizadas frutos de um para diminuir as taxas ora cobradas Clinton quer uma rede óptica do go
plebiscito. no tráfego internacional e vai trazer verno para serviços com unitários. Na
Outra iniciativa internacional da o líder do Senado, Pedron Simon, na Inglaterra, único país europeu que pri-
Embratel é extender a utilização dos Embratel para discutir a simplifica vatizou de fato suas TCs, a British
Brasilsat para a Colombia, Venezue ção do processo licitatório. A ativi Telecom despediu 80 mil funcioná
la, Equador, Peru. Um dos artefatos dade internacional e comercial da Em rios. Na França, as prioridades são
poderá ser deslocado de sua posição bratel será ampliada e a operadora pela manutenção do emprego e qua
em cima de São Gabriel da Cachoeira quer oferecer serviços melhores e mais lidade do serviço. No Japão, preser
(próximo 200 km da Venezuela) para baratos que os gerados internamente vou-se o emprego e o mercado, reci
mais perto da fronteira da Colombia, nas corporações. Grandes usuários es clando-se os funcionários.
de modo a poder servir a este país. O tão ligados diretamente à Embratel Na Itália, se dá uma fuga genera
Brasilsat tem um feixe ilum inando o sendo o serviço prestado cobrado pe lizada do ambiente governamental,
Mercosul; deu-se a inauguração de mi las “ teles” que não ficaram prejudi posto sob judice pela sociedade. Na
croondas terrestres Brasil-Bolívia; e cadas. Argentina (o quadro deve ser acom
pensa-se na ampliação dos enlaces com Archer é favorável ao Teleporto do panhado atentamente), a privatização
o Chile. A parceria Em bratel-M arco- Rio de Janeiro, à regionalização das resultou em dissençào entre as em
ní já despeitou o interesse das opera operadoras mas o poder estadual presas, resumiu Archer.
doras norte-americana, Sprint, e ca não deixará, observou o conselheiro (J.C.F.)
nadense, Teleglobe, que mostraram Marsiaj — e à educação á distância,
interesse cm participar dessa união. via satélite. Ele reconheceu que as ta
M a r c o n i e E m b r a t e l
d e p a p e l p a s s a d o
O presidente do conselho de administra
ção da Marconi. Gonçalo Bourbon Sequei
ra Braga, e o presidente da Embratel, Re
nato Archer, firmaram na sede da opera
dora brasileira, no Rio de Janeiro, uma
parceria comercial para a exploração con (E-D)Scqueira Bra
junta do mercado internacional de teleco ga, Renato Archer.
municações. O acordo decorreu de um Edson Soffíatti.
convite da própria Marconi que reuniu,
cm Lisboa, representantes da Embratel,
da Teleglobe canadense e da Irish Telecom.
A nova aliança mercadológica reflete
a liberalização internacional das TCs que
acontece no mundo. A comunidade eco
nômica européia - CEE, desde de 1988 possui, por Lei, 50,1% de seu capital Atlântica" — porém pendente de aprova
deixou livre a exploração das TCs entre em mãos do Estado e tem nas comunica ção do Congresso Nacional — e que te
seus membros. Em 1998, será a vez da ções internacionais seu principal negócio. rá sede em Lisboa. A “ UA" vai abrir
liberalização da infra-estruturas de telefo No entanto, as tarifas de telefonia que escritório nos EUA, com beneplácito do
nia pública fixa, à exceção, porém, de pratica com o Brasil são mais elevadas Minicom e haverá a aceitação mútua de
Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda — das que mantêm com Angola, EUA e até cartões ou phone cards para chamadas te
os primos pobres da comunidade — em com a Austrália. A operadora portuguê- lefônicas. A nova empresa poderá partici
que isto só acontecerá a partir de 2003. sa explora cabos submarinos, redes par de negócios na (e não da) China —
Fruto da nova política, as comunicações VSAT, serviços de satélites e de móvel a Marconi tem um escritório em Macau
dc dados suécas serão exploradas pela celular (200 mil clientes), listas telefôni — e até da licitação para telefonia móvel
Transpac francesa que ganhou a licitação cas e paging. No Brasil, a Marconi já ex celular no Uruguai. “ O que é bom para
cem Portugal, a British Telecom compe plora o paging com a Mobitel e oferece Portugal deverá ser bom para o Brasil"
te com Marconi. serviços móveis aeronáuticos, através da é o que se aguarda deste acordo. Renato
A Marconi, uma empresa de 68 anos Techlab. Archer disse que a Sprint norte-america
de existência, ocupa a 25" posição no ran A cooperação Embratel-Marconi. se na e a Teleglobe canadense demonstraram
king mundial das operadoras de TCs, ope gundo Archer, “ faz a História" e irá ren interesse visando parceria semelhante. *
ra com 1500 empregados em 15 países, der a criação da nova empresa “ União (J.C.F.)
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