Page 16 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1993
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No m undo inteiro observa-se a
om a participação do Secretário ra prefeito do Rio de Janeiro, infor transform ação dos centros das gran
C traordinária de Desenvolvimento reestruturar o centro do Rio dentro des cidades em grandes centros de te
mou o Secretário: a necessidade de se
Rodrigo Lopes, da Secretaria Ex
lecomunicações, interligados a todo
Econômico, Ciência e T ecnologia,
bal. “ O Rio ainda não é uma cidade
órgão da Secretaria Municipal de Fa do conceito mundial de cidade glo o planeta, afirm ou o Secretário.
zenda da Prefeitura do Rio de Janei global, mas tem vocação para ta l” Segundo Rodrigo Lopes, além de
ro, a Telebrasil reuniu cerca de 15 diz Rodrigo Lopes e chama atenção uma com pleta infra-estrutura, incluin
pessoas do setor de telecomunicações para as principais características: cen do indispensavelmente Telecomunica
para debater o Teleporto do Rio de tro cultural e artístico, boa localiza ções, o Rio precisa da oferta de espa
Janeiro. ção, com grande atratividade turísti ços. A tualm ente — informou — se
Recepcionado e convidado uma empresa quiser construir
por Lázaro José de Brito, vi um prédio que ocupe uma área
ce-presidente da Associação de dez mil metros quadrados
Brasileira de Telecomunica no centro da cidade nào vai
ções, a dar informações so encontrar terreno disponível.
bre o teleporto do Rio de Ja O primeiro prédio do tele
neiro, o Secretário Rodrigo porto já está em construção
Lopes começou por chamar e deve começar a funcionar
atenção para o que ele consi até o final de 1994. Para im
dera um enorme e pujante plementação do projeto, em
mercado: o Mercosul, ainda conjunto com a prefeitura, a
incipiente, mas com amplas Em bratel formou e enviou
possibilidades de desenvolvi uma missão para visitar al
mento. guns dos principais telepor-
Segundo Rodrigo Lopes, a tos da Europa e dos Estados
ideia do teleporto c utilizar a Unidos. O objetivo principal
vocação do Rio de Janeiro é definir como deverá ser ins
para explorar potenciais de talado o do Rio de Janeiro.
/ azai o lo se de Unto e o Seeretáno Rodrigo Lopes debateram o Tele
mercado. A cidade não será porto do Rio na Ivlcbrusil. A prim eira tarefa será defi
uma grande cidade industrial nir se o sistema se restringira
mais do que já c, na sua opi ao teleporto ou se se estende
nião, embora preserve sua rá a um possível anel de fi
condição de segundo parque indus ca, enfim, uma cidade bonita. Além bra óptica que se espalhe pela cidade.
trial do país, depois de São Paulo. disso, segundo ele o seu mercado fi Na segunda hipótese, a capacidade do
Mas enquanto se tem uma descentra nanceiro é muito forte: “ Bancos co teleporto terá que ser bem maior. Pa
lização da produção, cada vez maior, mo o Garantia e Multiplie não po ra esclarecer isso tudo a Embratel tra
com os problemas ecológicos que en dem deixar de estar em São Paulo, balha junto à WTA-World Teleport
volvem os ambientes urbanos, a ten mas a direção deles está aqui” , argu Association e enviando a sua missão
dência é a de que as novas indústrias mentou. em conjunto com a prefeitura ao ex
cada vez mais se espalhem. No Bra terior. Isso porque o teleporto do Rio
sil, alerta o Secretário, o fator lirni- de Janeiro nasceu de um acordo feito
tante ainda é o sistema de transporte, entre a prefeitura e a Embratel, com
que, à medida que for melhorando responsabilidades muito bem defini
vai permitir às indústrias espalharem- das: a prim eira entra com os terrenos
se muito mais ainda. O sistema de e a Em bratel com todo o sistema de
telecomunicações, proporcionando telecomunicações.
centralização das funções de contro Tendo em vista a competitividade,
le, evita que haja dispersão.
o Secretário fez apologia de vanta
A necessidade de informações so gens tarifárias para as empresas usuá
bre negociações em curso, torna mais rias: ‘Se para isso tivermos que partir
atraentes as cidades onde se situam para isenções de impostos como 1P-
os mercados, isto é, onde o dinheiro TU, ICM , e mesmo na tarifa, não
circula, as coisas acontecem e os ne tenham dúvidas de que isso será fei
gócios são feitos. Aí instalam-se as to ” , disse. No mundo inteiro os tele-
sedes das empresas, equipadas com portos operam com condições espe
os melhores recursos da telemática. ciais de tarifas, porque são serviços
Quanto mais se dispõe dessa função concentrados, com clientes de alto ní
de controle centralizado, maior a con vel de utilização do equipamento. *
centração das empresas no centro ur (R.N.H.)
bano cias cidades.
Essa foi a filosofia que norteou um
Debate mostrou que a vocação do Rio trans
pouco a campanha de César Maia pa
cende a beleza dos seus monumentos.