Page 59 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1993
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dos ambientes informáticos locais foi procedure call, que é a existência de controladoras 3745, com suporte a
feita, numa primeira fase, com ligações sub-rotinas dentro de um programa "frame relay” e appm; os roteadores
ponto-a-ponto usando transmissão principal; e de "cds" call directory 6611 com integração lan/wane suporte
analógica. Depois, surgiu a rede digital Service que é um diretório com infor a uma variedade de protocolos como
de pacotes, com protocolo X.25. A mações sobre os objetos da rede. O decnet da Digital ,ipx da Novell e xns
seguir, partiu-se para serviços integra sistema é completamente transparente da Xerox; o multiplexador de alta velo
dos, com a digitalização da rede, pri para o usuário final. cidade IDNX; e o hub inteligente 8250
meiramente para 64 kbit/s e depois Ainda da IBM, German Juste Nunez para rede local, dando suporte a paco
para velocidades de até 2 Mbit/s. O mostrou que a informática corporativa tes síncronos "atm".
protocolo X.25 sofreu uma evolução se expande além das fronteiras da pró Marco Antonio Barcelos, da ABC
para pacotes tipo "frame relay" e mais pria empresa para abranger parceiros Dados, disse que o tráfego digital de
modernamente para trens de bits comerciais, fornecedores e distribui voz tende a ocupar menos as redes -
síncronos "atm". dores. Noutra dimensão, aumentam os com compressões possíveis a 16 e 4,8
Observam-se, hoje, várias tendênci novos serviços, antes restritos à con- kbit/s - ao passo que cresce o tráfego
as. As redes multiprotocolos, com de vídeo que requer mais faixa passante
gerenciamento em separado, estão e o de de redes locais de computadores
evoluindo para redes de "pacotes rápi (lan) cujo comportamento (bursty) é
dos" que atuam como meio de trans imprevisível. As redes públicas digi
porte dotados de gerenciamento inte tais nos EUA utilizaram multiplexação
grado. Cresce a utilização de "hubs" tdm (time division multiplexing) para
que são pontos de convergência do montar redes T l. No Brasil o equiva
cabeamento de redes locais, como lente se estabeleceu com redes E-l,
token ring, ethernet, fddi (fibras trafegando a 2 Mbit/s.
opticas) e que também servem de su — "O futuro das redes digitais vai ser
porte a dispositivos como repetidores, da tecnologia "atm" que vai carrear
roteadores, pontes e repetidores. tráfego das pontas da rede para o trans
Para o futuro, a rede de transporte porte SDH e RDSI de faixa larga e altas
será constituída de um núcleo de fibras velocidades (a partir de 155 Mbit/s). A
ópticas, dotado de protocolos Sonet e tecnologia "atm" incorpora
SDH para altas velocidades, acima de multiplexação estatística, taxa de bits
"As aplicações
155 Mbit/s. O acesso será feito por variável, células de tamanho fixo e uso
de multimídia,
"switched multimegabit data service- de cross connect que lhe dão vanta
smds" e "connectionless broadband data envolvendo imagens, gem", afirmou Barcelos. Ele destacou
service" para ligações sem conexão e vão exigir velocidades a família de produtos Infotron 2000
'^synchronous transfer mode-atm" de transmissão da para comutação híbrida TDM/cell relay
para ligações com conexão. Por ora, as e os Nucleus-Série 7000, da Amnet,
ordem de 100 Mbit/s"
redes corporativas se baseiam na Germen Juste Nunez para "frame relay".
integração de voz, video, e redes locais Manoel Machado Sanchez, da Sid
que vão ligadas a esquemas de "frame Telecom, vê a tecnologia atual ofere
relay" e de redes digitais a 2 Mbit/s. versação telefônica e às mensagens te cendo: transmissão de voz a 4,8 kbit/s
Redes analógicas ainda são bastante legráficas, para abranger imagens (com compressão) e de vídeo com dois
utilizadas para comunicações de voz. interativas, a m ultim ídia e a canais digitais a 64 kbit/s; operadoras
As redes do futuro serão "atm", videoconferência. que começam a oferecer canais a 2
disse Eduardo Vasconcellos reconhe Previu o analista da IBM, que a Mbit/s; técnica de "frame relay", que já
cendo, porém, que o sistema ainda arquitetura proprietária da empresa se aplica para interligar redes locais; e
não está totalmente padronizado e "system network architecture-sna", a tecnologia ATM (com célula de 53
faltam padrões de conversão "atm- lançada em 1974, está sendo substi bytes) que começa a se tornar realida
frame relay" e "atm-smds". tuída pela "advanced peer-to-peer de. A Sid comercializa o nó Apex, da
network-appn", preparada para su General Data Com, que aceita vários
Distribuição portar tráfego da ordem de gigabit/s. tipos de entrada e dá uma saída para
Na arquitetura "appn", os nós inteli fibra óptica e em agregado E1/E3.
Antonio Carlos Pereira, da IBM, ex gentes reconhecem qualquer estação A solução Ericsson Businnes
plicou em recente evento o conceito de da rede e efetuam a conexão com Network se baseia no PABX digital
"dce" - distributed computacional estações compatíveis. (voz/dados) MD 110; na rede de comu
environment da osf - open system A IBM vê a rede de larga distância tação de pacotes, Eripax; e no sistema
foundation em que vários sistemas de (wide área network-wan) constituída gerenciador de transmissão local IDNX.
computação, independentes, são inte por um arcabouço central de nós Para Kjella Persson, da Matec, as atu
grados numa comunidade que coopera processadores interligados a 2 Mbit/s, ais redes vão evoluir por etapas, rumo
para suportar aplicações distantes. O acessado por canais de fibras ópticas, à tecnologia ATM, primeiramente nas
dce" utiliza os conceitos de threads multiplexadores de alta velocidade e redes privadas corporativas e depois
que é a execução seqiiêncial de instru "hubs" inteligentes para redes nas redes públicas quando sistemas de
ções dentro de um m esm o locais(lan). A gama de equipamentos transmissão como fibra óptica e SDH
endereçamento; de "rpc" - remote IBM para "wans" inclui: as serão implementadas. (J.C.F.)