Page 39 - Telebrasil - Maio/Junho 1993
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similares; são transparentes à difusão plexadores estatísticos. Também fo
de mensagens (broadcasting); e não ram implementadas, em diversas ad
previnem excessos de tráfego. Já os ministrações, as redes digitais de ser
roteadores, podem interligar arquite viços integrados de faixa estreita,
turas em barramento e em anel, mas RDSI-FE, operando nas velocidades
não fazem adaptação de protocolos. básicas de 64kbit/s e 2 Mbit/s.
Para esta adaptação tem que se utili Ao início da década de 90, a mul-
zar portais que são dispositivos, espe tiplexaçào estatística evolui para a cria
cíficos, dotados de inteligência pró ção do sistema de “ roteamento de qua
pria, menor porém que a dos centros dros” (frame relay), que pode ser vis
nodais (hubs). As pontes operam no to como uma variação simplificada
nível OSI2, ao passo que roteadores da interface padrão X.25. No “ frame
e portais, no nível OSI3. relay” a transmissão entre os proces
A evolução do lado das WANs — sadores intermediários na rede, será
requerendo mais velocidade do que sem controle de erro como faz o X.25,
as LANs — foi marcada, inicialmen que opera no nível OSI3.
te, por técnicas de integração voz-da- Os “ frames” ou quadros são pa
dos, de compressão de sinais, de alo cotes de informação de tamanho va
cação de faixa passante e de interfa riável, dotados de campos de endere
ces com LANs. Seguiram-se as técni çamento. Um serviço de “ frame re Nea.x 61 ATM Service Node (NEC).
cas de comutação de circuitos e de lay” opera em velocidades de até 2
quadros de informação (frame relay) Mbit/s mas é de esperar que dentro
prosseguindo para a rede digital de de alguns anos chegue a 34 Mbit/s caracterizar a comutação de pacotes
serviços integrados (RDSí)c conver (E-3). Na apreciação de Alex Bris- rápidos (fast packet) e pelo IEEE pa
gindo, juntamente com a evolução das bouren, o “ frame relay” é bom para ra as redes metropolitanas ou MANs
LANs, para sistemas de células de in interconectar LANs mas não para car (metropolitan area network), com as
formações. rear informações de voz ou de vídeo especificações 802.6 que define subre-
As tecnologias mais populares pa e nem para aplicações do tipo intera des. A integração de várias dessas su-
ra redes locais, cm 1992, foram a ether- tivo, como consultas bancárias “on bredes permite criar uma MAN, uti
nct e o token ring, operando a velo line” . lizando uma estrutura de barramento
cidades de 4 a 16 Mbit/s e interco- Num horizonte temporal, a partir duplo e o DQDB (distributed queue
nectadasem hierarquia digital E-l (pa do ano que vem, o mercado verá apa dual bus) operando de 34 a 155 Mbit/s.
drão europeu de 2,048 Mbit/s) ou T-l recer produtos para comutação de da Outra maneira de criar MAN é pe
(padrão norte-americano de 1,544 dos cm que os pacotes — denomina la utilização dos protocolos sem co
Mbit/s). O ano de 1993 será o da dos células — são padronizadas num nexão — utilizam pacotes com ende
expansão do padrão FDD! — uma tamanho único, de pequeno tamanho. reços ou datagramas que acham seu
melhoria cm relação à arquitetura to- Segundo Maria Irene da Fonseca e próprio caminho na rede — com os
kcn ring para longas distâncias —- Sá, do NCE da UI RJ, a comutação serviços SMDS (switched multi mega
permitindo montar redes de baixo de células é intrinsicamente mais rá bit data service) definidos pelo Bell
custo, com velocidades de até 100 pida que a de quadros, mas necessita Core e CBDS (connectionless broad
Mbit/s, distâncias de até 200 kms, rá de um hardware especializado pa band data service) em uso na Euro-
pacotes de até 4500 bytes e código de ra funcionar plenamente. pa, projetados para operar com en
4 bits de dados, num símbolo de 5 A tecnologia “eell relay” é utiliza tradas dc 1,5/2 e 34/45 Mbit/s e
bits dc informação. O ano de 1993 da pelo Bell Core e pelo IEEE para troncos de até 155 Mbit/s. ?
será ainda o dos dispositivos de co
mutação multiporto.
R e le m b r a n d o a s L A N s
Células
Aguarda-se para daqui dois ou três A interligação dc computadores em do. Outra arquitetura popular é o bar
anos, a entrada da comutação dc cé rede local começou nos anos 80 com o ramento com ficha de passagem (to
lulas, tipo ATM (assynchronous trans- sistema Ethernet, cm topologia em bar ken bus) que garante um tempo máxi
fer rnode) nas LANs. Estas, passarão ra, velocidade dc 10 Mbit/s c alcance mo de inserção e por isso mesmo é
a ter um tráfego de informação mul limitado a 1 milha. O método de aces utilizado em automação /ndustr/a/ (ma
timídia e para um futuro mais distan so c o CSMA-CD (carrier sense multi nufacturing automation protocol).
ple acces-collision detetection) que não
Arquiteturas de redes locais — ether-
te, de discos ópticos. Ao redor de 1995, garante um tempo limite para inserir net, token ring e token bus — têm
prevê-se a entrada do FDD 1-2, que é uma mensagem c tem uma larga va limitações para operar a altas veloci
a LAN óptica dc 2a geração, com riância no retardo da informação. A dades necessárias para WANs e “in
comutação de pacotes e de circuitos rede Ethernet não serve para transmis ternetworking * ’ e novas tecnologias, co
misturados. são da voz e fica limitada a cerca de mo FDDI tiveram que ser desenvolvi
Na área dc WANs, que são redes 100 Mbit/s, a distâncias relativamente das. Fibras ópticas têm baixa atenua
utilizadas para carregar o tráfego das curtas, e com baixa eficiência. ção, larga faixa passante, baixo custo
I.ANs, foram utilizados tradicional- A rede em anel com ficha de passa e são relativamente imunes a interfe
mente as redes de pacotes X.25 — gem (token ring) foi implementada pe rências. O acoplamento óptico, no en
la IBM. O crescimento geográfico do
tanto, introduz perda de sinal. Uma
relativamente lentas por terem corre anel permite acomodar mais pacotes rede Ethernet, com fibra, fica limitada
ções de erro a cada etapa da trans na rede. A ficha só é, porém, liberada a 50 estações e se colocados amplifica
missão; as redes determinística, tipo ao voltar o pacote inicialmente envia dores introduz-se ruido.
E-l, com base cm tecnologia TDM
(time division multiplex); c os multi-