Page 9 - Telebrasil - Julho/Agosto 1993
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O presidente das Associação Bra e subutilizados — dependem da esfe
sileira das Entidades Fechadas de Pre ra federal.
vidência Privada - Abrape, Mizael Ma Rio-Teleporto: Para Paulo Protásio, presidente da
tos Vaz, afirmou que o Teleporto é Associação Comercial do Rio de Ja-
uma iniciativa moderna que interessa um espaço neiro-ACRJ, o Rio-Teleporto vem de
aos Fundos de Pensão pela segurança preferencial encontro à vocação internacional do
e retorno que dá ao investimento. Trin- Rio de Janeiro, mas a idéia da recu
ta e seis Fundos já participam do World para atores peração do velho porto não deve ser
Trade Center em São Paulo e um no muito relevantes ainda abandonada. O velho porto po
vo edifício, que poderá abrigar a fu de se tornar outra área de negócios,
tura sede da Telerj, no Rio, conta junto ao mar, interligada por comu
com recursos das entidades de previ nicações ao Teleporto de Cidade Nova.
dência privada. Estas têm US$23 bi Novos ocupantes para o Rio-Tele
lhões de poupança global para inves rá a uma comissão, coordenada pela porto não faltarão. Carlos Castelo
tir e que poderão chegar a US$ 100 Embratel e pela Prefeitura, estudar a Branco, superintendente da Sita (co
bilhões, até o final da década. melhor maneira para deslanchar o pro municações aeronáutica) para a Amé
Incentivos, como redução do ISS, grama Cidade dos Negócios/Rio-Te- rica Latina, prometeu que sua orga
já aplicados às atividades de leasing e leporto. nização será umas das primeiras a se
de produção de programas, estão sen Justificando a escolha do local Ci mudar para a Cidade dos Negócios.
do estudados para as empresas que dade Nova, ao invés do atual porto Anselmo Nakatani, presidente da Fu-
vierem a se fixar no Rio-Teleporto. A do Rio de Janeiro — uma opção de rukawa, vê na utilização de escritó
infraestrutura de telecomunicações da primeira hora — disse Cesar Maia que rios temporários, uma fórmula efi
Cidade dos Negócios vai incluir o uso se fosse aguardar uma decisão sobre ciente para comunicações rápidas de
de satélites, Brasilsat e Intelsat, além as áreas portuárias do Rio nem dali que necessita com o Japão.
de uma anel de fibras ópticas, com há dois anos se teria uma solução. A (J.C .F.) *
ligações nacionais e internacionais, ex liberação dos espaços junto ao Porto
* Para mais Teleporto vide Revista TELEBRASIL,
plicou Renato Archer. Por ora, cabe- do Rio de Janeiro — hoje decadentes pún.33, M /A 91; páp.46, N /D 89.
A óptica da Embratel
Renato Archer, presidente cia Embra- urbanos nas capitais estaduais. A exten repetidores submarinos, em lances ópti
tel, disse que a empresa está investindo são total do enlace Rio-São Paulo é de cos de até 250 km.
USJ 700 milhões na expansão do serviço, cerca dc 4()() km. O outro edital, da parte terrestre, co
inclusive com a implantação de uma rede O próximo passo da rede óptica será a bre os lances ópticos São Mateus-Porto
de fibras ópticas que vai interligar o Bra ligação entre Rio-São Paulo e Rio-Belo Seguro e Natal-Fortaleza. Nas redes elé
sil com o restante do mundo com meios Horizonte com licitação ganha pelo con tricas da Chesf poderão correr enlaces
de alta capacidade. São dois os cabos in sórcio Schahin Cury e Northern Telecom. OPCiW de Salvador a Fortaleza. Segundo
ternacionais submarinos que vão se inter A obra ainda não deslanchou. Sentindo- a AT&T, o tempo de vida previsto de
ligar à rede óptica doméstica de longa dis se prejudicada, a Alcatel — uma das lici cabos ópticos é dc um quarto de século e
tância. tantes — ganhou na Justiça a paralisação são aceitáveis uma interrupção mensal a
O Unisur é um cabo submarino que das obras. O triângulo Rio-SP-BH dará cada 400 km, com tempo máximo de res
partindo de Buenos Aires e passando por maior confiabilidade ao sistema. Para o tauração de 4 horas.
Montevideo, aportará em Florianópolis Sul haverá enlace em OPGW conveniado A lembrar que o processo das licita
após ter percorrido 1.600 km. Outro ca com a Eletrosul e unindo Curitiba-Floria- ções envolve a prequalificação das em
bo, o Américas sairá de Fortaleza e se nópolis-Porto Alegre. Prosseguindo rumo presas e o recebimento das propostas téc
dirigirá para Saint Thomas c Flórida — ao Norte, a Embratel lançou dois editais nica e comercial. Segue-se a análise da
antes terá derivação submersa para Cara para a interligação óptica do Rio de Ja proposta técnica, que deve atender às es
cas — com conexão para o Columbus que neiro até Fortaleza. Um edital será para a pecificações do edital. Dentre os que fo
segue para o Mediterrâneo. A Embratel rota submarina costeira a ser feita em dois rem aprovados, ganhará no julgamento
terá participação financeira de 22% no lances: Rio-São Mateus (divisa do Espiri das propostas comerciais o licitante que
empreendimento. to Santo com Bahia) e Porto Seguro-Na apresentar o menor valor presente, calcu
A Embratel lidera o consórcio do Uni tal. Ao longo do percurso, esta rota sub lado por processo previamente estabeleci
sur que envolve 18 países c 27 compa marina interlieará caoitais costeiras, sem do. Todo este processo, aparentemente sem
nhias ligadas às telecomunicações. Já foi furos.
assinado, em Buenos Aires, o contrato Por ocasião do encerramento desta no
para fornecimento do cabo com a presen tícia as AT&T, Pirelli, Alcatel, Cable &
ça da Embratel, representantes da Alca- Wireless, STC (Northern) e NEC tinham
tel, Pirelli e AT&T e de demais consorcia sido prequalificadas para receber os edi
dos. Segundo Renato Archer, em menos tais das propostas técnicas e comercial da
de cinco anos a Embratel irá recuperar o parte terrestre. A Embratel queria ver re
investimento ora sendo efetuado. solvido, porém, o problema jurídico le
O sistema de fibras ópticas interligan vantado pela Alcatel no tronco Rio-Belo
do o território nacional tem como primei Horizonte de modo a corrigir, se necessá
ra realização o lance óptico entre Rio e rio, algum ponto dos novos editais. En
São Paulo que, ao escrevermos esta ma quanto isso, cresce a pressão para o cum
téria, estava prestes a ser inaugurado. Uti primento do cronograma, frente aos com
lizando dutos recuperados do DNER ao promissos internacionais que a Embratel
longo da Rodovia Presidente Dutra, a ro assumiu para a interligação transcontinen
ta óptica Rio-São Paulo encontrou obstá tal. •»
culos administrativos — felizmente con Reunião internacional para o cabo submarino (J.C.F.)
tornados — para a utilização de dutos Americas-I.