Page 28 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1992

Telefonia Celular

Mercado Brasileiro se Expande em 93

Reportagem: Nino Cecílio

ntre maio e agosto de 93 Sào Pau­
E lo terá sua telefonia móvel celu­ E /D : Nelson Marchezan,

lar, devendo a partir de outubro

ser iniciado o processo de cadas-

Branco e José lgnácio
tramento de interessados no novo ser­ Marco Antonio Castello
Ferreira, anunciando a
viço da Telesp. Projetada e implanta­ implantação, em breve, da

da na Suécia (1981) para ser uma fa­ telefonia celular

cilidade a mais no sistema de teleco­ em São Paulo.

municações, a telefonia celular supe­

rou expectativas, atravessou frontei­

ras e conquistou o mundo empresa­

rial, alcançando a médio prazo a mes­

ma velocidade de expansão de uma

das tecnologias de ponta de maior su­

cesso: o fax.

60 mil terminais

A expectativa em torno da divul­ ordem de US$ 1,2 bilhão o total de dial em sistemas de comunicação sem

gação do edital que abre a concor­ investimentos que as empresas vence­ fio — a partir do próximo ano expan­

rência pública para a implantação da doras terão de alocar para oferecer o de, de forma ampla e substancial, sua

telefonia móvel celular - Banda A - serviço nos seis estados. rede de serviço móvel celular, há dois

no Estado de São Paulo, transfor­
anos restrita a Brasília, Curitiba e Rio
mou o anúncio em concorrida soleni­ Como presidente da Telesp, Cas­ de Janeiro.
tello Branco prevê que “ o potencial
dade, reunindo imprensa, empresários do mercado paulista deve atingir no O programa de expansão, definido

e técnicos. O encontro teve a partici­ ano 2000 o total de 1,5 milhão de pela Secretaria Nacional das Comu­

pação do secretário nacional das Co­ nicações, conta com oito outras con­

municações, Nelson Marchezan, do terminais. Destes, 60% estarão na ca­
pital e área metropolitana.“ A Telesp

presidente da Tclebrás, José lgnácio já está se preparando para isso” . E cessionárias do Sistema Nacional de
Telecomunicações, cujas estratégias,
Ferreira, do presidente da Telesp Mar­ acrescentou: ‘‘Os investimentos ini­

co Antônio Castello Branco e direto­ ciais - primeira fase — são da ordem em franco andamento, trarão no pró­

res da operadora paulista. ximo ano a telefonia celular para os

Inicialmente serão contratados 60 de US$120 milhões, inteiramente fi­ estados de São Paulo, Rio Grande do
nanciados pelos fornecedores dos equi­
mil terminais a um custo de US$120 pamentos, em contrato de cinco anos Sul, Santa Catarina, Minas Gerais,

milhões. A previsão é de instalar 40 com dois de carência e três para pa­ Espírito Santo, Pernambuco e Ceará.
Em sua primeira fase de implantação
mil unidades em São Paulo, Santos e gar. O primeiro contrato vamos assi­ o programa atenderá às principais re­

Jundiaí, 10 mil em Campinas e Soro­ nar até dezembro deste ano, e o pa­

caba, e 4 mil em São José dos Cam­ giões de abrangência das operadoras

pos. Os primeiros 30 mil terminais gamento vamos iniciar somente em daqueles estados.

deverão entrar em operação no pri­ fins de 94” . O modelo nacional em nada difere
Pelos cálculos de Geraldo Lucas

meiro semestre de 93, e o restante Ourívio, diretor técnico da Telesp,“ do norte-americano, já predominante
em toda a América Latina. Suas dire­
três a quatro meses depois. a assinatura do serviço deverá oscilar trizes mercadológicas, técnicas e ope­

Para o secretário Marchesan “ o ser­ racionais visam tornar competitivas

viço móvel celular no País deverá cum­ entre US$30 a US$40, e a ligação 1% as formas de exploração pública e pri­
deste valor. Assim, uma conta men­
prir um programa de implantação, de sal deverá em média se situar em vada em cada área de concessão. Es­

modo que a cada mês haverá, em dois se conceito permite ao usuário a livre

a três estados, operadoras instalando US$100,00, o que resultaria em uma escolha entre uma operadora do Sis­

terminais celulares, refletindo o siste­ receita de US$3 milhões para Telesp, tema Telebrás e a empresa autorizada

ma na agilização dos negócios. São considerando os primeiros 30 mil ter­ a explorar o serviço, até mudar de

Paulo é o maior mercado de telefonia minais” . uma para outra.

celular ainda não explorado no mun­ Gilson Rondineli Filho, chefe do
Departamento de Telefonia Celular, Técnicos e especialistas estrangei­

do.” ros das maiores organizações mun­

Quanto a participação da iniciati­ adiantou que “ o custo médio de uti­ diais em serviços e produtos de tele­

va privada, a partir desta segunda quin­ lização do serviço para assinante será comunicações, como AT&T, Northern

zena de setembro estará aberta a con­ 50% mais caro que o convencional” . Telecom e MCI, entre outras - afir­

corrência para implantação da telefo­ Sobre a adesão ou taxa de habilita­ mam que a comunicação sem fio tera

nia móvel celular - Banda B - nos ção (inscrição e codificação do apare­ nesta década a importAncia que o com­

estados de Sào Paulo, Rio de Janei­ lho), o assinante deverá arcar com o putador PC teve nos anos 80.
pagamento de US$200 a US$500.
ro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, O Brasil, considerado o mercado Nec, Ericsson, Sid, PromoneEqui-

Santa Catarina e Paraná. Nelson Mar­ do futuro pela Motorola — líder mun­ tel, cinco das maiores empresas do

chezan adiantou ainda que será da

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