Page 33 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1992

para aplicação num período de três
Duelo de Gigantes
anos
0 Pólo Tecnológico de Flonanópo-
A exemplo do que ocorre no cená­
lis - lançado no ano passado, na 5 a
rio internacional, a 6 a Fenasoft exibiu
Fenasoft -- atraiu dezenas de empre­
o confronto de gigantes da informáti­
sas brasileiras de software Nos próxi­
ca. IBM de um lado. Microsoft de ou­
mos 14 meses deverá inaugurar uma
tro. os dois pesos-pesados mediram
filial para a América do Sul, da Deico, forças e utilizaram notáveis recursos
fabricante de sistemas e •‘mother­ de marketing para conquistar corações
boards".
e mentes dos usuários. O duelo maior
0 Pólo de Software de Curitiba, lan foi entre a versão 2.0 do OS/2 (IBM),
çado durante a feira pelo prefeito Jai pela primeira vez oferecido com ma­
me Lerner, oferecia estrutura consoli nual traduzido para o português, e o
dada dentro de uma área de cem mi
Windows 3.1 (Microsoft), apresenta­
metros quadrados. A proposta é insta do numa versão também em língua
lar as empresas interessadas em um portuguesa.
dades modulares, totalizando qumhen
tas firmas de diversos segmentos. Além
disso, deverá ser criado um Centro In
ternacional de Tecnologia de Softwa
re. com laboratório e equipamentos
no valor de US$2 milhões.
Com o objetivo de até o ano 2000
conquistar pelo menos 1% do merca­
do internacional de software, o Secre­
tário Nacional de Ciência e Tecnolo­
gia. Hélio Jaguaribe. lançou o Progra­
ma Nacional de Exportação de Soft­
ware - Exposoft 2000. A meta é alcan­
çar uma receita anual de US$2 bilhões ¦ ¦ ¦
e tornar o país um produtor e distri­ Música eletrônica atraiu jovens.
buidor de software, segundo informou
Eduardo Moreira da Costa, coordena­
dor do programa. Os recursos para a
sua implementação, da ordem da US$9 Batalhas de
milhões, vêm em parcelas, fornecidas
pelo PNUD-Programa das Nações Uni­
das para o Desenvolvimento.
Ala guerra pela conquista dos me
Voltado essencialmente para peque­
lhores efeitos de marketing valia tu
nas e médias empresas, o programa do para chamar a atenção. A vence
busca desenvolver pólos em diversas
dor a parece ter sido a WordPerfect
cidades brasileiras, onde serão insta­ que pontificou com uma notável atua
lados laboratórios para o desenvolvi­ ção em toda a feira Líder nos Esta
mento de software, prmcipalmente pa­
dos Unidos, com a venda do seu ho
ra os ambientes Windows e Unix. Na
mônimo processador de textos, ela
execução do programa estão envolvi-
dividiu o seu imenso estande em duas
óos, além da Secretaria Nacional de
partes. Numa atraía o público para
Ciência e Tecnologia, o CNPq, a Tele-
uma sala onde eram feitas demons­
órás. o DCT/ltamaraty. a Assespro, a trações. à semelhança da grande
Abicomp e a Sucesu Nacional.
maioria dos expositores da feira. Em
outra, porém, ela chamava mais aten­
ção Era a parte que reproduzia um
estúdio de rádio com programação
ao vivo. O público formou longas fi­
las na porta de um espaço envidra­
çado onde foi montado um auditório
com 86 lugares. Tratava-se da Rá­
dio FM WordPerfect 5 1" Com pro­
gramas de hora em hora. era inten­
sa a procura de convites para assis­
tir a uma demonstração, com dura­
ção de 40 minutos.
Num ritmo frenético, as performan­
ces eram conduzidas, por um
••disck-jockey " (o gerente de marke­
ting Paulo Kretly) que animava a pla­
téia. fazendo distribuição de brindes,
exaltando as qualidades dos produ­
tos. e sorteando exemplares de soft
ware (letterPerfect e WordPerfect;
além de unidades de impressoras Ri
ma de 24 agulhas. A programação
incluía, de permeio, quadros humo­
rísticos com atores profissionais
Na promoção dos produtos as ar­
mas variaram bastante Pela Microsoft,
recursos de multimídia, com a partici­
pação de humoristas especialmente
contratados, demonstraram as opções
para o desenvolvimento de aplicativos
com integração de voz. dados e ima­
gens. A IBM atacou de preços promo­
cionais, com o usuário tendo a chan­
ce de adquirir o OS/2 por US$210 A
empresa anunciou ainda que até o fim
do ano lança o Windows N.T., desen­
volvido para ser “full bits” .
Há cinco anos atuando na área de
informática, a 7COMm trouxe a ver­
são 2 0 do software PCArq, desenvol­
vido por ela em 1988 e cuja base ins­
talada gira em torno de quatro mil có­
pias. A nova versão possui um novo
protocolo de compressão de dados e
de ajuste automático à qualidade da
* linha telefónica. A empresa lançou tam­
\ 4 bém um aparelho denominado Micro-
lig, que permite ligar e desligar um
V micro PC remoto, sem a interferência
do operador, através de linha telefôni­
ca. O equipamento já fazia parte da
linha de produtos da 7COMm. A novi­
dade é a possibilidade da operação
y t n t r - i ser feita por intermédio das linhas
Transdata e LP.v
Marketing
A People, empresa de consulto­
ria e treinamento, por sua vez mon­
tou um autêntico cassino em seu es­
tande. Os vencedores no jogo ga­
nhavam cursos gratuitos, a serem mi­
nistrados em nove cidades à esco­
lha. Um croupié de verdade geren­
ciava a mesa de apostas. A técnica
para atrair atenção funcionou. Os in­
teressados em participar, congestio­
navam o trânsito próximo ao estan­
de da empresa, durante toda a feira.
Houve, é claro, empresas que lan­
çaram mão de outros recursos. A
maioria, todavia, optando pela fana
distribuição dos tradicionais folhetos.
Ao fim do dia um mar de papel espa­
lhava-se pelo chão. denunciando uma
falha na organização da infra-estru­
tura do evento: escassez de lixeiras.
Em quase todos os estandes não fal­
taram também pequenos brindes,
bombons, cafezinhos e dnnques Ge­
nerosos e concorridos coquetéis tam­
bém aconteceram. Marcaram ponto,
alguns promovidos pela mídia, como
as publicações ‘ Byte Brasil e - Da­
ta News". O jornal O Estado de São
Paulo contribuiu para aumentar o
clima de ”hapennmg “ patroc.nando
performances de modelos esti zaaos
em •'elementos de in fo rm áticaq u e
circulavam pela feira impressionan­
do o público com uma pontorrurva
especial.