Page 25 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1991
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a otimização do uso do aspecto de freqüên- tal e sistemas como o ATM em uso no Bra a utilizar protocolos rádio unificados, que in
cias a fim de acomodar grande número de sil terão que ser modificados, paulatinamen dependeriam da largura de canal e da fre
usuário por unidade de área geográfica e a te, sem prejudicar o usuário. Dentre os es qüência rádio utilizadas e do tipo de servi
redução da complexidade no gerenciamen quemas de transição existe o da superposi ço em questão.
to da rede. Dois métodos de acesso para ção celular (parcial ou total) das tecnologias Mostrou ainda o especialista da AT&T
compartilhamento do espectro de freqüên- analógica e digital, por algum período de tem que o gerenciamento de uma rede inteligen
cias-rádio existem: o analógico (com modula po. Também pode se recobrir a rede analógi te pode ser feito de maneira distribuída e
ção em freqüência) e o digital que o está ca com células digitais, de maior cobertura compreendendo 4 níveis: um sistema de si
substituindo, rapidamente. geográfica. nalização, como o n° 7, para gerenciamen
Outro problema a solucionar para se che to geral da rede e administração dos dados
Digitalização gar à rede de comunicações pessoais é o do usuário; centros de comutação para co
do gerenciamento unificado da rede. Robert municações móveis; estações rádio base pa
Dentre os meios de acesso digital ao es Kirbi, da AT&T, mostrou um modelo, em que ra irradiar o sinal; e o terminal de comunica
pectro de frequências citam-se os FDMA, já seriam utilizados no sistema radiocelular, ções para o usuário que será otimizado pa
TDMA, CDMA, PRMA. No acesso FDMA, ca amplificadores lineares (respondem a ampla ra a comunicação homem-máquina. Rumo
da subfaixa do espectro de freqüência é atri gama de frequências), com interfaces para a este esquema, Robert Kirbi admitiu para
buída a um usuário; no TDMA, o espectro é diversas faixas de freqüências e módulos 1995, nos EUA pelo menos, a convergência
atribuído sucessivamente, a cada usuário; de gerenciamento de acesso rádio, permitin da rede bap, dos telefones portáteis de aces
no CDMA, o espectro é atribuído todo o tem do abrigar vários tipos de acesso. O siste so à rede fixa e a da telefonia radio celular,
po, a todos usuários (espalhamento de fai ma seria globalmente gerenciado de modo todos reunidos numa coisa só.
xe) e cada comunicação é individualizada
através de codificação própria; no PRMA, é
a tecnologia de pacotes de informação que
entra em cena. Numa visão rápida, o aces
so FDMA é uma tecnologia madura; o TDMA
está sendo implementado; o CDMA abriga
(até 20 vezes mais usuários que o sistema
analógico) e o PRMA estão sendo avaliados.
Por ora, o TDMA aparece como um bom com
promisso entre o número de usuários possí
veis (até 3 vezes mais do que o analógico),
o custo por terminal e a estabilidade da tec
nologia.
A telefonia móvel celular se move inexo
ravelmente do acesso analógico para o digi Estandc da Ericsson, orientado para telefonia
celular. Prof. Lourenço Chehab, da SNC.
rá livre de repetidores de televisão, até 1993. Até mente as Estações Rádio-Base e a direcionalida-
lá serão aceitas, pelos membros da Abert, a remo de de suas antenas.
Telefonia celular não ção das repetidoras mediante negociação e ressar A cidade do Rio de Janeiro, segundo Louren
terá falta de espectro cimento das despesas correspondentes. De modo ço Chehab, é uma das mais afetadas pelos sinais
semelhante, Telebrás e Ministério da Aeronáutica de tropodifusão do Sisdacta, que a ela chegam
firmaram acordo para mudança das freqüências de várias direções. Ainda que a Zona Sul sofra rela
do Sisdacta, até setembro de 92, tendo em vista tivamente pouca interferência por estar protegida
"Não faltará espectro para a telefonia móvel que ele foi fornecido, à época, com freqüências pelo maciço da Tijuca, o mesmo já não acontece
celular”, prometeu Lourenço Chehab, titular do De utilizadas na Europa. Enquanto tais mudanças não nas zonas Norte e Oeste, onde todo cuidado é ne
partamento de Administração de Freqüências, ór ocorrem, a telefonia móvel celular terá que convi cessário na instalação das Estações Rádio-Base.
gão subordinado à Secretaria Nacional de Comuni ver com estes sinais interferentes, não só operan O sistema trunking é muito similar à telefonia
cações, do Minfra. A Norma 04/88 (Portaria 06/89) do com 7 MHZ de largura de faixa (significa me móvel celular e é utilizado para compartilhar o es
estabeleceu, como característica mínima do siste nos usuários possíveis), como instalando judiciosa- pectro (805/821 e 851/866 MHz) por diversos usuá
ma móvel celular, a largura de faixa de 10 MHz, rios como frotas de táxi, serviços de utilidade pú
que na prática foi reduzida para 7 MHZ (Portaria blica e similares. O trunking não possui hand-off,
PORTARIA LARGURA SUBFAIXA SUBFAIXA OBSERVAÇÕES
07/89) e para o futuro será aumentada para 12,5 como a telefonia móvel celular, isto é, não se dá
DE FAIXA A B
MHz (Portaria 24/89), todas na banda de 800 MHz a passagem automática do controle da comunica
(MHz) (MHz)
(vide tabela). ção de uma Estação Rádio-Base para a da célula
06/89 10 MHz 825/845 835/845 características
A banda de 800 MHZ é utilizada, além da tele vizinha, ao se deslocar o veículo que efetua a co
(Norma 04/88) 870/880 880/890 mínimas do
fonia celular, para sistemas de trunking, para esta municação.
sistema celular
ções repetidoras de televisão (canais UHF 73 a Em relação ao aumento de faixa de 10 para
75 e 81 a 83) e para o sistema de proteção ao 07/89 7 MHz 828/835 845/842 faixas autorizadas 12,5 MHZ, previsto para o futuro, Sílvio Spinelli,
vòo, Sisdacta (865 a 890, 42 MHz). A intenção 873/880 880/887 na prática do CPqD, observa que o fato deste aumento ser
da SNC é 'limpara a faixa” de 800 MHZ dos siste feito com faixa segmentada (vide tabela), isto irá
mas das repetidoras de televisão e do Sisdacta, 74/91 12,2 MHz 824/835 855/845 ampliação da faixa complicar o esquema de controle do sistema e re
deixando-a apenas disponível para a telefonia celu 845/846.5 846,5/849 para estudo futuro comenda, ao invés da segmentação, a diminuição
lar e para os sistemas de trunking. da largura de faixa de cada canat rádio, de 30 pa
869/880 880/890
A Associação Brasileira de Rádio e Televisão- ra 25 MHz, com o que se poderá passar dos atuais
890/891,5 891,5/849
Abert e a Secretaria Nacional de Comunicações-SNC 460 MHz dos sistema AMPs, para 835 canais dis
firmaram acordo pelo qual a faixa de 800 MHz fica Fonte: Departamento Nacional óe Administração de Freqúència - SNC poníveis no novo sistema. (JCF)
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