Page 18 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1991
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Tecnologia:
guos no chip, da ordem de 0,3 micron ções nas áreas do processamento de
Jean Paul Jacob, da IBM, em pales
(em laboratório 0,1 micron ou cerca dados, da educação e do entretemnien
tra de divulgação científica, proferi to. Algumas delas já estão disponrveit,
da a convite da Associação Comercial de 230 átomos). como o novo videotexto digitalizado
do Rio de Janeiro-ACRJ, discorreu so Em 1913, dois físicos holandeses,
Heike Karmelingh e Onnes descobri em tela de micro, da Prodigy floásf
bre o que esperar pela extrapolação, vchture da IBM e Sears) ou novos ri-
ram a queda da resistência elétrica
até o ano 2000 da atual tecnologia ele
de materiais isolantes, ao esfriá-los a deos games interativos com auxílio
trônica e de suas aplicações. Computa de data-gloves (luvas revestidjs de
dores de mesa deverão pular de 1 pa temperaturas próximas do zero abso transdu tores eletro-mecânicos que s e n
ra 15 a 20 mips (milhões de instru luto. O assunto foi retomado, em 1986, tem o s movimentos da mâo) e de te
ções efetuadas por segundo) e os su por Débora Kaiser e Frederic Holt- las de cristal líquido, de até 14 polega
percomputadores dez vezes mais. zberg, da IBM, que resfriando uma das, este fruto da união dos esforços
Memórias magnéticas em disco cerâmica (ítrío, bário, cobre, oxigé
nio) alcançaram supercondutividade da IBM com a Toshiba. "Surge todo
continuarão tendo sua capacidade de um novo campo de aplicações sob a
armazenamento com densidades que a 90°K (160°C negativos) e com isto denominação de realidade virtual e
dobram a cada cinco anos. Os novos ganhando o prêmio Nobel, no ano se que incluiu desde da janela eletrôni
discos (IBM 3380/90) já operam na fai guinte. ca, com direito a imagens escolhidas
xa de 100 milhões de bits por polega Uma Cerâmica supercondutora, por computador até reuniões empresa
da quadrada, velocidades periféricas submetida a um campo magnético, riais à distância com sabor de realida
de 160 km/hora, distância entre a ca gera um ímã que é o espelho daque de” explicou o palestrante.
beça leitora-gravadora e a superfície le que gerou o campo, nascendo uma Muitas destas aplicações, no entan
do disco, de apenas 0,3 micron. Em força de repulsão entre a cerâmica e to, dependerão ainda de computado
termos comparativos, um fio de cabe o campo a que está submetida. Tal fe res, memórias e técnicas de processa
lo tem diâmetro de 100 microns e o nômeno permite efetuar fenômenos mento mais potentes, principalmente
comprimento de onda da luz verme de levitação — Jean Paul Jacob fez a no campo da imagem e do reconheci
lha, em tomo de 1 micron. demonstração — e construir micromo- mento da fala. Técnicas denominada*
Lembrou o conferencista que uma tores e atuadores da ordem de 50 mi
imagem pode ser representada por crons e conseqüentemente microro- de poliedros de arame, cujos vértees
geométricos estão armazenados em
cerca de 1 milhão de pontos (m il li bôs que, introduzidos no corpo huma computador, permitem formar um ar
nhas p or m il colunas) luminosos colo no, poderão levar medicamentos ou cabouço de imagens tridimensionais
ridos ou pixels a que corresponde 1 efetuar microcirurgias. e que podem sofrer revestimento de
milhão de octetos (bytes). Assim, um A parte final da palestra do cientis diversos tipos de superfície, cor. textu
disquete de 1 Mbyte, capaz de armaze ta da IBM — formado pelo IT A de
nar 100 mil palavras, só poderá arma São José dos Campos e vivendo ago ra e iluminação.
Desenhos animados podem ser te.
zenar, digitalmente, uma imagem fi ra na Costa Oeste dos E U A — foi de
xa colorida. Em laboratório, já exis dicada ao efeito que as novas tecnolo tos desta maneira, mas toda esta te-,
tem discos de 1 Gigabit capazes de gias terão no dia-a-dia das pessoas, nologia ainda está incipiente e i d*
armazenar entre 6 a 7 milhões de ca que puderem usufruir de suas aplica- custo ainda bastante elevado,
to ao reconhecimento da fala. ele
racteres por polegada quadrada. O
existe para palavras isoladas, vocabu
custo do armazenamento em disco,
lário limitado e interlocutores van*-
caiu mais da metade, na última déca
dos.
da, situando-se em 17 dólares por
Um campo sendo pesquisado e
Mbyte, em 88. Em termos de aplica
da utilização de redes neuroman»
ções práticas, já há câmeras fotográfi
ao imitarem a organização do cereorv
cas portáteis com 50 imagens digitais
humano dão certa capacidade ao
por minidisquete (Sony) cujo produ
putador de reconhecerem ccnl:^ T
to pode ser editado graficamente, per
ções tal como o fazemos. Uma
mitindo todo tipo de manipulação da
te de aplicações de todas estas
imagem. cas é o da multimídia em que * -
No caso da memória eletrônica, a
som. imagens, sob forma digitai * .
cada 3 anos sua capacidade aumenta
trônica são utilizados para cornA£ ltf
de quatro vezes. Em 80. surgiram os
ção homem-máquina. As
chips de 64 kbits, em 83, de 256 kbits,
em movimento pedem 30 rcno
em 89, de 4 Mbits e para 92 deverão
por segundo (tempo da Z * * ^ ^ * ,
ser lançados os de 16 Mbits. A densi
da imagem na retina) uai __ ^ lB-
dade de elementos (portas) no chip
com algo rí timos de compre^- ^ fJf.
aumentaram de uma ordem de gran
formação necessitarem cie g>
deza, na última década, de 50 a 500
paridade de memória.
mil transistores. Técnicas litográficas
Ao final da
e uso de feixe de elétrons e até de
Paul Jacob recebeu urn cfn
raio-X — apoiadas por 16 a 20 fases Ferramenta-robô processando chip de 1 mega-
de fabricação — permitem alcançar bil. que opera na regiào temporal de OS nano- vor do diretor Moreira
me da Associação Comer*-!-
espaçamentos entre elementos contí segundos (IBM Corp )