Page 10 - Telebrasil - Maio/Junho 1991
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D i r i g e n t e s d a A b i c o m p
d ã o d e p o i m e n t o
Galeria dc quadros de ex-presidentes da Abicomp lembra a história da informática brasileira.
A n to n io L uiz M esquita (85/87):
no Congresso Nacional (principal fo-
A Associação Brasileira da Indús rum para debates). A Abicomp irá A Abicomp tem que prestigiar um
tria de Componentes e Periféri
cos — Abicomp, hoje com cerca de acompanhar a revisão das leis de in modelo sem esquecer, porém, suas
70 associados, ao completar 12 anos formática e de software, a aprovação origens. Foi na minha gestão que se
de existência elegeu Carlos Rocha, do Planin II e os programas de com deu o início do questionamento nor
44, da TDA, como seu presidente. petitividade industrial. Sobre as tari te-americano sobre nossa indústria
Compareceram à posse do novo elei fas para importações, já se abriu de informática. A atividade de lobby,
to, associados, ex-dirigentes da Abi um canal com o Governo para discu legítima, deve ser exercida em Brasí
comp, jornalistas, bem como executi ti-la visto que não houve redução na lia. Luiz Mesquita é da Digiponto (fe*
vos de multinacionais. tarifa dos insumos para informática. ciados).
As indústrias multinacionais de in Esta redução é necessária se nossa in C arlo s E d u a rd o C orrêa da
formática vêm efetuando inúmeras dústria quiser competir lá fora. Car F o n seca (80/81): A Abicomp é impor
joint-ventures com empresas locais los Rocha v da TDA (terminais de ví- tante por congregar a indústria brasi
tais como IBM (Itautec. Sid, Digital, dco). leira de informática. O outro enfoque
Conpart, TDA, Digiponto, Moddata, E dson Fregni (83/85 e 89/90): A Abi é o da defesa dos interesses das em
Alfateste); Unysis (Conpart, Multidigi comp exibe a luta de uma década pa presas associadas no sentido que sejam
tal, TDA, Elgin, Tecnocoop, Digilab); ra criar, aqui. uma indústria de infor mais competitivas, com mais captação
Digital (Elebra, Microtec, TDA, Ain- mática e garantir mercado de traba de tecnologia. Tivemos a fase român
plus); HP (Edisa); Hitachi (CPM/Bra- lho para pessoas de alta qualificação tica — seria desenvolvido o produto
desco); Fujitsu, (Sid, Rima); AT&T técnica. Hoje, acho que a Abicomp nacional, com tecnologia nacional -
(SID); NCR (CPM); Allen Bradley (Ro- deve lutar para a imediata desregula- e vivemos a fase de atropelamento,
mi, Metal Leve). mentação do setor com a extinção até com as mudanças tecnológicas e as
É dentro deste novo clima de par por medida provisória — dos Conin do cenário econômico se acelerando.
ceria — que foi pragmaticamente defi e Depin e da legislação de informáti A grande preocupação, agora, é a da
nido por um empresário como if you ca que, como estão, só impedem às viabilidade da empresa nacional, cu
cannot figth them, join them — que empresas de se movimentarem. Co ja tecnologia é boa, mas que luta com
a Abicomp irá operar. A nova direto mo o Governo está prejudicando é insumos caros e de qualidade duvidosa.
ria é composta, além de Carlos Rocha melhor que saia logo da arena. A mi A n to n io D idier Vianna(5i/&3). A
(PR), por Carlos Augusto de Carvalho nha gestão 83/85 foi a da construção Abicomp é necessária, mas precisa
(VP), Antonio Luiz Mesquita (DEF) da Lei de Informática. Já na gestão ser recuperada no sentido de visar o
c pelos diretores José de Miranda 89/90, o Governo Sarney cedeu à pres interesse de seus associados. Houve
Dias (Elebra), Antonio Carlos Rocha são norte-americana, sem sequer nego época em que a função da entidade
(Labo), Gilberto Machado (Digitei) e ciar. O que se quer do Governo Col- foi a de envolvimento político e jun
Rui José Arruda Campos (Microtec). lor são regras claras para o setor de to à mídia. Hoje, para sermos práti
A seguir, declarações recolhidas informática. Edson Fregni (ex-Sco- cos, é preciso defender os associados,
junto aos atuais e ex-dirigentes da pus) é da Spectrum Engenharia (inte independentemente do tipo de políti
Abicomp: ligência artificial). ca e de mercado que vierem a ser es
C arlos R ocha (91 a 93): Fui con C láudio Z am itti M am m an a tabelecidos no ambiente nacional. Di-
vidado para presidir a Abicomp, por (89/90) — ocupou a presidência com dier Vianna é da Microlab (discos
consenso, devido a minha atuação no a saída antecipada de Edson Fregni. magnéticos).
Conin, onde procurei apresentar o pro Defendeu a tese do desenvolvimento C arlo s A u g u sto de Carvalho
blema dos empresários de modo cons de uma indústria nacional de microe- (1979): Eu fui diretor da Abicomp por
trutivo, mas num ambiente que era letrônica cuja implantação, a seu ver, apenas 24 horas. Ao sair da empresa.
bastante fechado. Hoje, a postura do foi prejudicada pela Zona Franca de Cobra, obedeci às regras de que só
Governo mudou e há novos canais Manaus, que beneficiou apenas a in pode permanecer diretor um executi
rle diálogo no Ministério da Indústria dústria de montagem com insumos im vo do setor. Carlos Augusto é hoje.
e Comércio, na área econômica que portados. Cláudio Mammana é da Ele da Conpart (fitas magnéticas).
coordena a política de informática, e bra Eletrônica (componentes).