Page 14 - Telebrasil - Maio/Junho 1991

Informática:

P a n o r a m a d a 5 a F e n a s o f t

João Carlos Pinheiro da Fonseca

A presença das telecomunicações
A s “palavras-chave" aplicáveis à correu por conta da P ro d esp com ros e a exigência de cadastramento
prévio — em suma, tratou-se da aber­
5a Feira Internacional do Softwa-

re-Fenasoft, por sua vez acompanha­ apresentações sobre a Renpac e trans­ tura dos portos sendo aplicada à área

da do 5o Congresso Internacional de missão de dados via satélite, além da de informática.

Tecnologia de Software, Telemática G SI-G erdau que abordou o intercâm­ A A bicom p (fabricantes de hard­

e Informação-Cisti foram: laptop-mul- bio eletrônico de dados (EDI) fruto ware nacional) defendeu a retomada

timídia — 386 e 486 — aplicações grá­ de sua experiência como prestadora do desenvolvimento económico do

ficas — tecnologia de fora — distri­ deste serviço. Além disto, o time com­ País e a S u c e su (usuários) lembrou

buidores nacionais — parcerias — am­ petente da SGA enfatizou o tema da a modificação em seu estatuto para

biente “micreiro”. Os 112 expositores necessidade de planejamento no am­ englobar os usuários de telecomunica­

da Ia Fenasoft, em 87, não chegaram biente da teleinformática. Do lado ções, com o que competirá com a re­

a lotar o Riocentro, mas agora, Maxi- conjuntural, Fernando Nery, da Mó­ cém-criada S u tel. O quadro associati­

miliano Augusto Gonçalves F°, orga­ dulo, destacou as potencialidades bra­ vo do 5o Cisti completou-se com a

nizador da mostra, não tev<p motivos sileiras no mercado internacional de A lesi — Associação Latino-America­

para queixas. Os 30 mil m do Pavi­ software, ao passo que os temas do na de Exportação de Software e de

lhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, término da reserva de mercado (ela Serviços de Informática.

na capital paulista, foram poucos pa­ ainda subsiste?)-, dos obstáculos "ain­

ra conter os 304 expositores que, du­ da existentes" à formação de joint F eira

rante quatro dias (23 a 26.04), atende­ ventures; c da proteção jurídica aos

ram a um público irrequieto que se programas para computador, foram Não obstante a manutenção de “ni­

acotovelou nos estreitos corredores percutidos pela Fischer & Foster Ad­ chos” de mercado pela tecnologia au­

da mostra para ver, sentir e talvez ad­ vogados. tóctone, como a C onvergente (Car­

quirir os produtos dc informática ex­ ta Certa), A m p lu s (Amplusware),

postos nos estandes. S o ft (Dialog) O ctu s (Plenus), SPA

(Open Access), o ambiente da 5a Fena­

C ongresso soft esteve dominado, sem dúvida, pe­

la influência marcante da tecnologia

O 5o Cisti reuniu no Museu de Ar­ de Tio Sam exercida quer diretamen­

te Moderna, ao lado do Pavilhão da te quer através de parcerias e de ca­

Bienal, especialistas e usuários de in­ nais de revenda com empresas nacio­

formática, além dos tradicionais mar- nais já conhecedoras no mercado.

queteiros de plantão. Muita gente pa­ Os laptops (computadores portáteis

gou cerca de 60 mil cruzeiros para ou­ ou quase) começaram a surgir na Fei­

vir — em condições ambientais bastan­ ra. A M icro d ig ital esteve bem dis­

te desconfortáveis — além de novas tante do TK de 8 bits, que lançou há

informações — palestrantes exaltarem 10 anos, ao apresentar o note book (a-

as virtudes dos produtos de suas pró­ Aplicação dc software para treinamento de genda eletrônica) LT1600, com chip

prias empresas. Efetuaram verdadei­ pilotos. 286, pesando 3,8 quilos, com winches­

ros minicongressos, a U nim ax que ter de 20 Mbytes, menor que uma

reuniu os adeptos das arquiteturas Numa mostra das diversas facetas maleta (30x22x6 cm) e custando 1.3

abertas Xenix e Unix e a M icrosoft políticas da informática brasileira, a milhões de cruzeiros. A B rasoft pas­

com o ambiente gráfico Windows. A ssesp ro promoveu o XI Encontro sou a distribuidor do 316 LT, o lap

Nacional das Empresas de Serviços

de Informática-Enesi e a A bes (reven­

dedores de software) o I Encontro

Nacional de Software — Ensoft que

enfatizou um mercado livre para a co­

mercialização de programas sem a

presença do Estado. A Associação

Brasileira de Direito de Informática

— Abdi, cujo presidente é George

Charles Fischer, deixou registrado

que este é o ano em que o Congres­

so Nacional apreciará o projeto de

Lei do Executivo que modificará pa­

ra 49% a participação acionária votan­

te no conceito de "empresa nacional”

(Lei de Informática dc 84, art. 14) e

que poderão cair dispositivos da atual

Lei de Software, como o exame de

Mesa dr autoridades na 5“ Fenasoft. similaridade de programas estrangei- Tudo pelo marketing.