Page 62 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1989
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caros e a implantação dos sistemas é de p ara a IBM B rasil, para comunicações
morada. Ele defendeu com convicção as via satélite; e de vários projetos seme
virtudes da livre iniciativa “para atuar lhantes para Petrobrás, Furnas, CVRD,
junto ao mercado na oferta de equipa Itaú, Telesp.
mentos e de serviços, via satélite” e a D isse Del Fiol que o Sistema Tele-
identificação clara por parte da socie brás vem sofrendo redução dos investi
dade do que deve, ou não, ser objeto de m entos, dim inuição das tarifas e preços
monopólio, cooperação Joint-ventures e que estão hoje 70% abaixo do que eram
regime de livre competição. (E-D) L. Antonio da Costa (Villares-Control), há oito anos. A receita se mantém, ape
Benjamin Himelgryn sugeriu que o Nemer Tairaf (Moddata). nas, pelo crescim ento explosivo do trá- !
investimento da estação terrena deve fego, o que causa congestionamento e
ser do próprio usuário; que a comerciali anseio generalizado dos usuários, frente
zação das facilidades do satélite, pela às lim itações do sistem a Telebrás.
Embratel, deve ser por atacado (um A crescentou o palestrante que, ape
transponder ou fração dele); que a livre sa r da crise econômica, corre no País
sublocação e revenda de capacidade do um a economia paralela que é algo como
satélite e de serviços deve ser permitida, 50% do PIB, e que pode ser constatada
que a Embratel deve divulgar ampla pelos aum entos do consumo de energia
mente a lista de preços e as condições co elétrica, do tráfego das TCs e até cias
merciais para uso do satélite; e que o uso vendas de PABXs para o mercado pri
conjunto do Brasilsat para comunica Eng. Bernardo Schneiderman (Embratel) que vado (que crescem a 25% ao ano). Assim,
ções regionais, com os países vizinhos, trouxe a SSPI ao Brasil e agora tira, nos EUA, o abaixo da economia, dita oficial, há uma
em complementação ao uso do Intelsat mestrado em gerências e Políticas de TCs e In pujante econom ia paralela que gera, in- I
deve ser estimulado. formática. clusive, tráfego para as TCs.
N a opinião de Del Fiol chegou a hora
do sistem a Telebrás ser mais liberal em
suas atitu d es e m ais criativa na oferta
de seus serviços, com enfoque nos pre
ços. P ara ele, só não ocorre mais libera
lização por que há receio, por parte da
T elebrás, da perda do monopólio ainda
que cooperação entre o Estado e empre
sa privada possa ocorrer sem que, neces
sa ria m e n te , ocorra quebra no mono
pólio das TCs.
O dirigente da Promon sugeriu o uso
c o m p a rtilh a d o de estações terrenas
(como se fosse um mini-Teleport) pelas
em presas de um mesmo prédio com o es
tabelecim ento de um pacote de serviços,
em re g im e de autofinanciam ento (o
usuário investe e recebe ações da Tele- |
b rás). E le cham ou o atual regime de
“p lan ta doada”, em que o usuário paga
tudo e doa o investim ento de graça para
a operadora, um a agressão ao usuário e
voltou a recom endar que se “compati
bilize a política de monopólio, com um
pouco m ais de liberalização por parte da
T elebrás, um a solução em que todos vâo
(E-D) L. Gomes (CPqD), R. dei Fiol (Promon), L. Oswald (Petmbrás), D. Magalhães (AD-RIO), B. g an h ar, a com eçar pelo grande público”.
Himelgryn (Vicom), H. Quevedo (Embratel), A. Tosoni (Unyssis).
C onjuntura
Raul Del Fiol, que já foi diretor da
Embratel e da Telebrás, e está há qua
tro anos na direção da Promon Enge
nharia, explicou que ela atua, desde 79,
nas áreas de redes, sistemas, telefonia
rural e satélites. A Promon é o parceiro
brasileiro da Hughes norte-americana
(leia-se General Motors) como um dos
dois consórcios — o outro é o da Victori,
com a Spar Aerospace — que disputam o
fornecimento à Embratel dos futuros sa
télites Brasilsat III e IV. De quebra, o
grupo Promon tem como braço indus
trial, a PHT (CPAT-s, Compac, automa
ção) baseada em Campinas (SP), que dá
apoio de software para operações com
satélites.
Dentre os serviços prestados pela
Promon figuram o da implantação do
complexo de estações terrenas da Em
bratel, em Guaratiba (RJ), (como uma
subcontratada, à época, da SPAR); o da
implantação de uma rede de 10 estações